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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 30.06.22

7 ideias de lanches saudáveis para os miúdos levarem para a escola

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Todos os dias preparo lanches para os meus três filhos levarem para a escola. E, de todas as coisas que, invariavelmente, vou descurando enquanto mãe e dona de casa, a alimentação é a que se vai salvando.

Continuo a não lhes mandar chocolates, bolachas recheadas ou leite com chocolate. Às vezes trazem na mochila um chocolate que foi oferecido na escola e guardamos para comerem no fim de semana. Acho que tem corrido bem.

Numa ocasião ou outra um dos miúdos diz-me que alguns colegas levam coisas mais interessantes para comer no lanche, como ovos kinder e bolachas oreo e eu volto a explicar as razões das minhas opções. E assim vamos.

Colocada esta introdução, quiçá desnecessária para quem anda por aqui há algum tempo, seguem alguns exemplos do que costumo mandar para os miúdos. Tudo coisas simples e fáceis de preparar, que fazer três lanches todas as manhãs é coisa que não quero demorar mais que alguns minutos  a preparar.

1) Panquecas com manteiga de amendoim + 1 pacote de leite meio gordo + 1 pêra

2) Sandes de pão integral ou papo-seco com queijo + iogurte líquido + nozes

3) Mini bolo lêvedo com manteiga + 1 pacote de leite meio gordo + 1 quivi (já descascado e partido em pedaços caixinha.

4) granola + 1 iogurte natural

5) Bolo caseiro + 1 pacote de leite meio gordo + 1 maçã

6) 2 triângulos de queijo + 2 gressinis grandes ou bolachas de água e sal + 1 laranja (descascadas e cortada em pedaços)

7) 5 bolachas Maria + 1 pêra + 1 iogurte de aroma

Podem encontrar mais ideias para lanches aqui.

Se tiverem sugestões, ideias e dicas, por favor deixem nos comentários.

Notas:
- Às vezes envio alimentos menos saudáveis como bolo lêvedo ou bolachas Maria, mas geralmente é apenas uma vez por semana.
- As panquecas podem demorar um pouco mais a fazer. Eu uso uma máquina que faz 4 panquecas de cada vez em 2 ou 3 minutos o que se torna muito prático e rápido.

Obrigada pela visita. 

Qui | 23.06.22

Eduardo #39

A cura para todos os males

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Enquanto tomava o pequeno-almoço, diz o Eduardo:

"Estou doente. Preciso de ficar em casa a comer."

Ultimamente, notando que quando as irmãs e ele próprio estão doentes, ficam em casa a usufruir de uma série de mimos inexistentes em dias de escola, tenta a sua sorte com frases destas.

Qua | 22.06.22

Férias na ilhaTerceira com três miúdos e muita chuva

Decidimos fazer uma férias curtas numa ilha vizinha: a ilha Terceira. É perto, as viagens são mais baratas e pareceu-nos uma boa ideia conhecer melhor, em família, outra ilha dos Açores. Contávamos com algumas dificuldades logísticas, com algumas vontades para gerir, e com a possibilidade de chuva. Tivemos de tudo. Mas adorámos cada momento!

Para a Maria e para o Eduardo, seria como andar de avião pela primeira vez, porque viajaram muito bebés e não têm qualquer memória disso. Para mim e para o Milton também seria interessante porque conhecemos muito pouca da ilha Terceira.

Otimistas, como sempre, colocámos na mala colete, braçadeiras, fatos de banho e toalhas de praia. Razoáveis, como às vezes nos calha ser, auscultámos a previsão do tempo para aqueles dias e não deixámos de acrescentar aos itens otimistas casacos, t-shirts de manga comprida e calças. No final das contas, usámos mais os artigos de inverno do que os de verão.

Choveu todos os dias. Num deles torrencialmente.

 Mas, estranhamente ou não, divertimo-nos muito e aproveitámos a viagem tanto como pudemos, praia incluída.

Por isso, e muito resumidamente, posso dizer que correu muito bem, mesmo sendo a primeira viagem maior com os meus três filhos e mesmo com a chuva que nos acompanhou praticamente todos os dias.

Faço-vos um resumo muito breve da viagem para dar nota das formas que encontrámos para contornar as dificuldades (que não se resumiram às chuva) e das soluções que encontrámos e que nos permitiram usufruir bastante destas mini férias.

Resumo das nossas férias na Ilha Terceira

Viajámos de tarde o que se revelou uma boa hora. Almoçámos em casa, calmamente, e apanhámos um táxi para o avião, com bastante antecedência.

A viagem de avião foi curta (cerca de 30 minutos) e correu muito bem. O Eduardo adormeceu ainda antes do avião descolar e as miúdas adoraram andar de avião e ver as nuvens de uma perspetiva diferente.

Na Terceira tínhamos um carro alugado à nossa espera e aproveitámos para ir fazer compras de mercearia antes de fazer check-in no Alojamento local que alugámos.

Chegámos à casa ao final da tarde e aproveitámos o resto do dia para nos instalarmos, preparar um jantar rápido e descansar da viagem.

A casa era ótima, com um quintal muito giro, um baloiço de pneu numa árvore e brinquedos para os miúdos. Na casa também existiam muitos brinquedos, jogos e livros para os miúdos. Foi um extra muito bom. Ficámos sempre num só piso (embora existisse um segundo piso com um quarto) que tinha dois quartos,  a cozinha e a sala em open space e a casa de banho. Os miúdos ficaram num quarto com beliche que tinha  TV, um luxo do qual eles nunca tinham usufruído antes.

No segundo dia fomos a Angra do Heroísmo, uma cidade lindíssima, com praças maravilhosas, casas coloridas e flores por todo o lado. Posso afirmar com segurança que é uma das cidades mais bonitas que vi no nosso país e fez-me lembrar Lisboa muitas vezes, numa dimensão reduzida. Entre os chuviscos conseguimos ir ao belíssimo jardim do Duque e provar queijadas de batata doce numa esplanada situada  numa praça muito acolhedora ao lado de uma das coloridas igrejas da cidade.

Durante uma chuvada maior fomos ao Museu de Angra que muito me impressionou pela coleção completa e interessante que alberga. O Eduardo foi difícil de entreter no museu (queria mexer em tudo) e, com a colaboração do Milton que tomou conta dos miúdos o tempo todo, eu pude ver toda a coleção com a atenção possível. Confesso que sou o rato de biblioteca e de museus da família.

No terceiro dia  voltou a chover. Pouco incomodados com isso fomos ao Algar do carvão, ver um vulcão por dentro. Mais um local impressionante, diferente e muito bonito. Fomos todos e, apesar de ter bastantes escadas, o local era seguro para crianças pequenas, como o Eduardo.

De regresso aos Biscoitos, parámos no Bar "Queijo Vaquinha" onde os miúdos comeram gelados e queijos. Depois do lanche ainda passámos, a caminho, na Lagoa das Patas, um espaço muito bonito, com um lago, muitos patos e baloiços para os miúdos.
Para jantar contávamos comer uma boa alcatra num dos restaurantes que nos tinham sido recomendados, mas estavam todos cheios e reservados para os dias seguintes. Sem nos atrapalharmos muito, comprámos três pratos em Take Away e defrutámos dos melhores pratos de carne que já comi na vida, no aconchego da casa que alugámos. Nem consigo descrever como a comida estava saborosa... A alcatra estava deliciosa. Muito boa mesmo. Comprámos no restaurante "O Caneta".

No quarto dia, aproveitámos uma aberta para tomar o pequeno almoço no quintal, mesmo antes de mais uma grande chuvada.
Depois, rumámos à Praia da Vitória com fatos de banho e toalhas na mala. Chegados ao nosso destino, os miúdos foram os três à água e muito se divertiram, apesar da água estar gelada e estar um vento que nos encheu o cabelo e as orelhas de areia. Depois... começou a chover, claro. 

Mas, antes de regressarmos a casa, fomos comer ao Bar da Prainha, um bar muito pitoresco, localizado ao lado de uma praia pequenina onde os miúdos ficaram a brincar na areia, enquanto os pais desfrutavam de algum sossego na esplanada. Aproveitámos cada "aberta" do tempo para fazer o que podíamos.

No quinto dia o tempo melhorou e só apanhámos alguns chuviscos. Decidimos voltar a Angra do Heroísmo e visitar o Monte Brasil. A caminho parámos no miradouro da Serreta onde pudémos apreciar uma vista maravilhosa de um planalto da ilha Terceira. Fiquei impressionada com a beleza daquele campo de retalhos verdes... Muito bonito mesmo.

Almoçámos em Angra e fomos explorar o Monte Brasil, o que gostámos muito de fazer. Entre uma vegetação mais baixa que aquela a que estamos habituados em São Miguel, encontrámos um escorrega enorme que fez as delicias dos miúdos, um veado bebé, à beira do caminho (mas não perdido), um papagaio colorido e  vários pavões, um deles enorme e bastante exibicionista que ficou um bom tempo a abanar-se e a exibir a penugem lindíssima à nossa frente.

Ainda tivemos oportunidade de visitar as piscinas naturais dos biscoitos que são muitas e muito bonitas. As piscinas têm condições excelentes, com vários guarda-sois de palha, casas de banho e parques infantis. Não tomámos banho porque o tempo não o permitiu, mas ficámos com vontade de voltar numa altura de sol e calor.

Regressámos a casa no dia seguinte, pela hora de almoço, depois de um voo tranquilo, apesar de não termos conseguido lugares juntos no avião que já estava cheio. Ficámos perto uns dos outros (embora não juntos) e os miúdos portaram-se ainda melhor. Parece-me que é uma nota mental a fazer para futuras viagens.

E foi isto, pessoas simpáticas. A primavera anda um pouco tímida para estes lados, mas nada que nos impeça de desfrutar de uma ilha bonita como a ilha Terceira.

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Seg | 20.06.22

Adivinham qual é o novo pequeno-almoço preferido dos meus filhos mais novos?

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Nestum mel?
Bolos lêvedos com queijo de São Jorge?
Cereais de chocolate?
Bolachinhas com leite?
Iogurte grego com fruta?

Nada disso. São os novíssimos cereais que apareceram cá em casa, originalmente comprados para mim: farelo de trigo. Sim. aqueles que se assemelham no aspeto e no sabor a tronco de árvore.

Desde que os viram em cima da mesa que a Maria e o Eduardo quiseram provar. Gostaram e agora é o que comem de manhã, com leite. 

Sempre a surpreender, as crianças. 

Sex | 17.06.22

Eduardo #38



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Com três anos, quase quatro, a rotina de dormir do Eduardo acaba com ele na nossa cama, acompanhado por mim ou pelo Milton, até um de nós adormecer (a ideia é que seja ele a adormecer primeiro, mas nem sempre é assim).

Hoje, estava a ler um livro enquanto o Eduardo ia jogando sozinho a um jogo de tabuleiro num livro com vários jogos e dados incorporados. Talvez por, em criança, jogar sempre sozinha, ou com uma boneca a servir de adversário, aquilo comoveu-me.

Pus o livro de parte e perguntei-lhe se lhe podia dar um beijinho. Costumo perguntar porque ele não gosta muito de beijinhos de supresa. Ele disse que sim e eu lá lhe pespeguei um sonoro beijo na bochecha, dizendo-lhe que gostava muito dele. Ao que ele me responde, num pragmatismo desconcertante:

“Obrigado!”. Sem sentimentalismos ou enfado, apenas uma vontade de responder e continuar a jogar.

É isto gente. Um homem prático é outra coisa.

Qui | 09.06.22

10 atividades para fazer ao fim de semana com as crianças


1- Piqueniques

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2- Caminhada por sítios bonitos

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3- Pintar

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4- Panquecas, ou bolos, ou bolachas

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5- Aconchegar-nos no sofá a ler ou a ver um filme

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6- Ler num jardim

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7- Sair para comer um gelado

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8- Fazer puzzles de 500 peças, ou 1000 ou 2000

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9- Conviver com amigos

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10- Ir até um parque infantil

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Mais ideias?  

Qui | 02.06.22

Fomos jantar fora e mandaram os meus filhos calar!

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Jantar num dia de verão, numa esplanada estrategicamente localizada numa rua pitoresca, é uma das minhas atividades preferidas. Se existir uma planta, uma árvore ou alguma verdura por perto, a coisa torna-se quase perfeita!

Com os meus filhos um pouco mais crescidos, achei por bem partilhar esta atividade satisfatória com eles.

Assim, o Milton e eu decidimos ir jantar fora com os miúdos, num dos muitos restaurantes que existem perto da nossa casa, em Ponta Delgada.

Reservámos um lugar na esplanada, uma esplanada simples, junto à rua, onde não passavam carros, o que nos pareceu uma boa opção para os miúdos.

 

Assim, munidos de livros de colorir, cartões brancos e lápis de cor e boa disposição, lá fomos nós jantar fora.

Antes de chegar o jantar, os miúdos estavam entretidos a pintar e a desenhar. Durante o jantar, comeram muito bem e mantiveram-se mais ou menos sossegados. Mas, depois de terem a barriga cheia, ninguém os poderia aguentar nos lugares sossegados. Por isso, naturalmente, deixei-os brincar na rua em frente ao restaurante.

Até que, bem na hora em que o Milton tinha ido pagar, nos chega um sonoro "CHHHHHHHHHHIU!"

Os meus filhos não estavam a brigar, nem a fazer birra, nem a gritar. Brincavam ao macaquinho do chinês e aos autocarros, andando divertidos às cavalitas uns dos outros. Falavam alto e riam, num alvoroço alegre de crianças que brincam na rua. Eu, contagiada pela animação infantil, ora tirava fotos ora falava com eles.

De repente, numa mesa atrás de mim, aquele sonoro e mal humorado "Chiiiiiiiiiiu!"

Olhei para os miúdos e, por gestos, pedi-lhes que falassem mais baixinho. Não ralhei com eles, obviamente. Não se ralha com uma criança por estar a brincar, na rua, com energia e alegria.

Na altura, não me ocorreu fazer mais nada.

Mas penso, à luz da distância, se não deveria ter-me levantado e falado com a pessoa que mandou calar os meus filhos com muito mais educação do que a que "a pessoa" utilizou segundos antes.

Se calhar não deveria. A pessoa estava a jantar com um amigo, era turista e não tinha um ar feliz. Expliquei isso às crianças, quando a Lara insinuou que ela não gostava de crianças. Expliquei-lhe que não era que não gostasse de crianças, era mais porque estava a ter um mau dia, estava aborrecida e isso não era culpa nossa.

A nossa noite continuou amena e alegre, até chegarem as 22h00 e irmos para casa.

Fica a reflexão: quais são os limites da nossa liberdade? O que seria o mais correto nesta situação?

Acho que não há uma resposta única ou correta.

Podia ter levado um telemóvel para cada miúdo, podia ter ameaçado com castigos se eles falassem muito alto, podia ter jantado em casa.

Ou podia ter usufruído do meu direito a jantar com os meus filhos, deixando-os ser crianças, desde que não estivessem claramente a prejudicar alguém.

PS: Por estas, e por outras, sou a favor de restaurantes, hotéis e outros locais só para adultos. 

Posto isto, desejo muito que todas as pessoas possam sentir alegria no riso das crianças.