O consumismo causa-me uma certa aflição. Não foi sempre assim. Tive os meus momentos de consumidora de roupa e sapatos. Ainda hoje tenho os meus vícios consumistas: caixas de plástico, vídeos do Youtube (daqueles que ensinam alguma coisa, de preferência) e lápis de cor. Tenho lápis de cor para 20 anos, calculo. Mas, por alguma razão, associo sempre o consumismo a uma certa inquietude mental, a um certo desassossego. Em relação às crianças associo o consumismo a uma falta (...)
Já repeti este gesto centenas de vezes. Talvez milhares. E, a cada dia que percorro os corredores de uma biblioteca, sinto a felicidade imensa de quem está em casa. Quando subo as escadas para o andar de cima da Biblioteca de Ponta Delgada, é como se me estivesse a preparar para sentar no sofá de casa num dia de chuva, em frente à lareira, onde me espera um copo de vinho e um bom livro. Quando estava nas fases finais da gravidez da Maria e do Eduardo, passava os dias na (...)
Nunca saber com quantas pessoas vou acordar, de manhã, na minha cama. Deito-me sozinha, ou com um, e acordo, na maior parte das noites, com pelo menos mais duas pessoas na cama, para além do Milton. Se no inicio nem eu nem o Milton conseguíamos dormir bem, agora já aprendemos a sentir conforto e a dormir muito bem no estilo "sardinhas em lata". Confesso que até gosto muito de dormir aconchegadinha entre a Maria e o Eduardo. E, em certos dias, até a Lara se junta a nós. Gosto muito.
A professora da Lara, que é a professora mais querida que poderíamos desejar para os nossos filhos, faz uma coisa muito gira no aniversário dos miúdos. Pede a todos os meninos que façam um desenho para o aniversariante. Se quiserem, podem deixar uma pequena mensagem também. Assim, a Lara trouxe para casa um caderno, com as folhas presas com uma bonita fita, com desenhos e mensagens de todos os colegas, e também um da sua professora. Achei a ideia mais amorosa de sempre.
Desafio de escrita criativa "52 semanas de 2022" Felicidade é acordar de manhã com cinco pessoas, apertadas, a dormir numa cama de duas pessoas. Ou sentar-me no sofá, para ler um livro descansada, e em menos de dois segundos, ter os meus três filhos em cima de mim. E o barulho de gritos e corridas pela casa aos fins de semana de manhã.
Este foi o primeiro livro que li, de forma desenfreada, em 7 anos. E foi ótimo! Que sensação boa minha gente. Aproveitar cada momento, cada pausa, cada ida ao WC para ler sem parar. Já tinha lido a autobiografia do Woody Allen, mas demorei bastante tempo a terminar. Entretanto já acabei mais um livro, o "Escrever" do Stephen King e estou a ler a uma velocidade inacreditável "O Filho de Mil Homens" de Valter Hugo Mãe. Ler é uma das atividades que mais me faz feliz e, vejo (...)
1- Visitar uma biblioteca e passar horas a escolher livros; 2- Passar a tarde numa esplanada a ler um livro; 3- Acordar muito cedo e fazer uma hora de Yoga e meditação antes de começar o dia; 4- Conversar sobre assuntos mais filosóficos com conhecidos ou desconhecidos; 5- Organizar gavetas e destralhar; 6- Descobrir musicas novas; 7- Ver vídeos e palestras de pessoas inspiradoras; 8- Estar num sitio onde nunca estive antes; 9- Abraçar as minhas pessoas preferidas; 1 (...)
É de manhã, os miúdos estão na escola e está um lindo dia de sol. Abro as janelas dos quartos para arejar a casa. Ahhhh que ideia genial! Na minha mente forma-se a bonita imagem de um estendal cheio de roupa a secar. Neste sentido, agarro no cesto de roupa que deixei a lavar de noite (para poupar eletricidade) e sinto um calor imenso. Volto a casa para deixar o casaco e, mal ponho os pés fora do apartamento, sinto a porta a fechar-se atrás de mim com estrondo. Do outro lado (...)
Ontem, numa reunião de trabalho onde estavam várias mães de filhos pequenos, uma colega comentou que, se fosse dona de uma empresa, contrataria preferencialmente mães. A sua afirmação, para uma mãe de 3 filhos pequenos como eu, faz todo o sentido. Depois de ter sido mãe de um, dois e três filhos, a minha capacidade de simplificar, organizar, planear, gerir e executar chegou a níveis que nunca imaginei. E esta capacidade de organização não é opcional, é algo que se (...)
Com alguma frequência, a Lara faz “presentinhos” para oferecer aos pais. Geralmente é um desenho mas outras coisas também. Esta semana fez uns cestinhos com rolos de papel higiénico para mim e para o pai. Lá dentro colocou um balão azul, uma cápsula de café (café que ela faz questão de fazer para nós), um caderninho feito e decorado por ela e uma esferográfica. Nem eu nem o Milton somos de fazer surpresas. Isto é uma característica da Lara. Que sorte nós temos de ter (...)