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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Dom | 31.07.22

A festa de 6 anos da Maria

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A Maria quis comemorar os seus 6 anos na escola, numa festa com os amiguinhos da sua turma.

Por causa da pandemia e dos confinamentos, a Maria nunca tinha tido uma festa na escola, e ela estava muito animada.

E foi muito giro. Não conhecia bem a turma da Maria (também por causa da pandemia que nos manteve, a todos, afastados) e adorei conhecer os seus coleguinhas. São uns miúdos muito amorosos e divertidos. Fartam-se de dançar, de pular e de brincar juntos. São mesmo divertidos.

Também gostei de ver a interação da Maria com os amiguinhos. Não era bem o que esperava, mas foi muito positiva. Em principio não se mete em grandes confusões, mas também não se inibe de distribuir uns ralhetes de vez em quando, como se fosse uma senhorita crescida. Enfim... não sei a quem sai esta miúda.

A festinha correu muito bem e creio que todos os meninos se divertiram. falei com todos e achei-os mesmo muito simpáticos e extrovertidos. Amorosos mesmo.

O lanchinho da festa também foi adequado, parece-me: sandes, gelatinas, mousse de chocolate,  brigadeiros, batatas fritas e alguns chocolates. O bolo de aniversário, de chocolate, revelou-se uma decisão acertada. Muitos meninos comeram o bolo e gostaram (o que não é muito comum). Foi um bolo muito simples de chocolate, decorado por mim com imagens de papel. 

Dica extra: Decorámos a festa com balões de bonecas LOL. Não foi uma boa opção porque os miúdos quiseram ficar com os balões e, como eram só 5, os meninos começaram a brigar uns com os outros. Para a próxima levamos balões normais, mas em quantidade suficiente para todos.

Qui | 28.07.22

Eduardo #41

O audaz

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O Eduardo, talvez por ser o terceiro filho e estar habituado a lutar bastante para conseguir levar a sua avante com as irmãs, é um rapaz muito despachado em situações de potencial conflito.

Na feira medieval, colocaram uma fita suspensa entre duas árvores, que creio que servia para fazer equilibrismo e, num instante os miúdos começaram a brincar com aquilo. Outras crianças começaram a aproximar-se e a querer fazer o mesmo, por começaram a fazer fila, para andar na fita.

A determinada altura, um menino já crescido (com uns 9 ou 10 anos) colocou-se em frente ao Eduardo, do outro lado da fita. O Eduardo, receando que o menino se quisesse colocar à sua frente, dirigiu-se a ele e disse, calma mas assertivamente: "A seguir sou eu a andar." Não obtendo responda, voltou a dizer o mesmo, muito seguro.

Quando chegou a vez do Eduardo, não houve nada em contrário e o menino, achando-lhe graça, talvez, até o ajudou a subir para a fita.

Eu, que estava ali mesmo ao lado, achei espantoso que o Eduardo não se lembrasse de virar-se para mim e pedir algum tipo de ajuda ou apoio. Nada. Simplesmente resolveu as suas dúvidas sozinho, falando diretamente com quem precisava de falar.

Nem quatro anos tem e já é muito despachadinho nos seus assuntos. 

Seg | 25.07.22

7 factos (vantajosos) acerca de uma colonoscopia

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Sem ilusões: uma colonoscopia é aquele exame que nos deixa a suar do bigode. Causa a ansiedade normal que um exame causa sempre e a ansiedade adicional de sabermos que nos vão colocar a dormir e depois vão usar um tubo com uma luz para nos inspecionarem, por dentro, todo o intestino grosso. Não é o mesmo que ir a uma festa num sábado à noite pois não? E, para quem está mais familiarizado com o procedimento, como eu que já fiz dois exames destes, há sempre o conhecimento do sabor do líquido que temos de tomar para fazer a preparação para o exame. E isso, garanto-vos, é uma das coisas que mais me põe a suar do bigode.

Posto isto, o que é que uma colonoscopia tem de positivo? Muitas coisas, acreditem.

1- Em primeiro lugar é uma forma de prevenção ótima que nos pode ajudar, e muito, a manter a nossa saúdinha que é tão boa. É um exame chato? É. Mas ainda bem que existe e que o podemos fazer. Eu faço a cada 5 anos, por rotina. Claro que fico bastante nervosa nos dias anteriores, mas tomos uns valdispert (com indicação da enfermeira)

2- Se fizermos com um médico de confiança é muito melhor. Tenho a sorte de ter um médico que é um querido, muito simpático, humano e bom profissional. Tiro todas as minhas dúvidas com ele e sei que estou em boas mãos. Isso já retira metade do stress.

3- A possibilidade de fazer com sedação, que nos deixa a dormir, é excelente. Não se trata de uma anestesia geral, é uma sedação (portanto, mais leve) e a sensação é a de quando adormecemos a ver um filme. A sério! para mim é igual. Até aproveito para descansar.

4- Se tiverem um seguro de saúde podem fazer o exame num hospital ou centro médico particular, por um preço muito simpático. Informem-se sobre isso. Eu tenho o seguro Advance Care e estou bastante satisfeita. Fiz no Hospital Internacional dos Açores e o atendimento foi maravilhoso. Gostei muito.

5- Uma das partes mais chatas é mesmo o líquido que temos que beber desde a véspera do exame, ou no próprio dia de manhã. No meu caso, tinha exame às 15h30 e comecei a tomar o liquído às 6 da manhã, um litro por hora, durante 4 horas (4 litros, portanto). Aquilo é uma espécie de água com sal e algo doce, com uma consistência ligeiramente viscosa. Não é nada gostoso. É mesmo o que custa mais. O exame em si, não custa nada. Dicas para suportar melhor tomar aquilo: fazer o preparado em 4 recipientes diferentes e colocar no frigorifico. Ter sempre um copo com água e algumas gotas de sumo de limão para ir bebendo uns golinhos logo depois de tomar os copos da mistela de penalti (sempre a tapar o nariz, claro). Eu senti que devia ganhar um grande prémio em dinheiro depois de ter bebido os 4 litros. Nem queria acreditar que tinha conseguido. Senti-me uma super mulher. Se quisessem torturar-me, podia bem ser a obrigar-me a beber aquilo. dizia tudo o que sabia e não sabia em menos de nada.

6- A dieta para fazer alguns dias antes não é tão má. Peixe branco, frango ou perú, pão branco, ovos, marmelada, maçã ou pêra cozida, chá claro, café sem leite, gelatinas amarelas ou verdes e sumo de maçã ou de polpa de pêra. Podia ser pior. :)

7- Poucas horas depois do exame, estamos bem. Eu fico com algumas dores abdominais (tipo flatulência), mas nada de especial. Convém não fazermos grandes esforços nas 36 horas depois do exame, mas não ficamos abananados. 

É isso minha gente. Se tiverem este exame para fazer não desesperem. Hoje em dia e com sedação, não é nada de especial.  E é excelente termos esta forma de prevenção. Medicina preventiva é tudo de bom.

Beijos e abraços.


Sex | 22.07.22

Eduardo #40

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Quando cheguei à cozinha estava a Maria a reclamar, com a roupa cheia de sumo. No chão estava um copo de lado e uma poça de sumo.

Resumo dos acontecimentos anteriores: o Eduardo arremessou uma maçã à Maria, que estava do outro lado da mesa, e atingiu o copo de sumo da Maria.

Final da história: o que veem na foto. Limpou o chão todo sem reclamar. E limpou bem.  Limpou a parede a  máquina de lavar a louça por fora sem eu lhe pedir. Vá lá. O rapaz é um bocado levado da breca de vez em quando, mas aceita as consequências com serenidade.

Ter | 19.07.22

Fomos à Feira da Agricultura e os miúdos adoraram!

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Quando era criança, a feira agrícola de Alpiarça - a Alpiagra - era o acontecimento do ano. Era uma semana de pipocas, carroceis, animação, pessoas na rua e a possibilidade de comprar bugigangas nas barraquinhas.

Mais tarde comecei a interessar-me também pelos concertos (cheguei a assistir a um concerto fantástico de um guitarrista muito talentoso, apreciado por apenas meia dúzia de gatos pingados), pelas barraquinhas de comida e bebida, e pela possibilidade de ter ali um ponto de encontro bastante facilitado.

Com os anos, a entrada na idade adulta e as imensas possibilidades que aparecem, as feiras foram perdendo o sentido e graça, a não ser que se localizassem em Londres, São Francisco ou Amesterdão. Aí, tinham uma piada diferente.

Agora, com os três miúdos, dei por mim e a ir à Feira Agrícola dos Açores em família e a divertir-me imenso.  Confesso que a ideia nem me teria ocorrido, mas o Milton esteve lá a trabalhar umas noites e achou que os miúdos haveriam de gostar do ambiente.

No fim de semana lá fomos. E eles adoraram mesmo! Jantámos pelas barraquinhas e, antes disso, estivemos a explorar a feira: a ver os animais, os stands que eram muito interessantes e tinham sempre uma área reservada para crianças com desenhos e lápis para colorir. Também existiam barraquinhas de degustação (o que é sempre algo muito agradável) e um jogo para os miúdos com direito a prémios. 

Havia música, animação com danças tradicionais, pessoas bem dispostas, casas de banho limpinhas (muito importante) e árvores para onde a Lara se apressou a subir.

Foi mesmo giro, é o que vos digo.

Por aí, também são apreciadores de feiras?

Ter | 12.07.22

Vou continuar a comprar manteiga de amendoim da Prozis

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Os meus filhos gostam muito de manteiga de amendoim. Eu também.  E, aqueles frascos enormes de manteiga de amendoim da Prozis são muito práticos para nós. Ainda por cima a manteiga de amendoim é saborosa.

Se concordo com a posição do dono da Prozis sobre o aborto? Não. Não penso como ele. Não concordo com o que ele diz. Todavia, acho que ele tem o direito de o dizer. Sou pela liberdade de expressão, com as devidas exceções. O Miguel Milhão não deve dizer que viu alguém a roubar, se isso não é verdade. Se ele acha que o aborto deve ser ilegal, está no seu direito de expressar a sua opinião.  Não concordo com ele e espero muito que o seu desejo nunca venha a tornar-se realidade, para bem do que eu entendo como mundo livre e civilizado. Mas, não desejo prejudicar a pessoa por não pensar como eu. O facto de haver quem o deseje fazer, deixa-me mais chocada do que a opinião dele.

Por isso sim, vou continuar a comprar os produtos da Prozis, em nome dos valores em que acredito.

Vivo em liberdade e desejo a liberdade para todos, inclusive para os que não pensam como eu.

Uma reflexão extra: as pessoas que apoiam a política de cancelamento de marcas por causa da opinião dos seus proprietários, terão a mesma atitude em relação à origem e forma de produção dos produtos que representam e que usam

Sex | 08.07.22

ASMR na Biblioteca

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Já repeti este gesto centenas de vezes. Talvez milhares. E, a cada dia que percorro os corredores de uma biblioteca, sinto a felicidade imensa de quem está em casa.

Quando subo as escadas para o andar de cima da Biblioteca de Ponta Delgada, é como se me estivesse a preparar para sentar no sofá de casa num dia de chuva, em frente à lareira, onde me espera um copo de vinho e um bom livro. 

Quando estava nas fases finais da gravidez da Maria e do Eduardo, passava os dias na biblioteca. Sentava-me numa das mesas do andar de cima, rodeada de livros. E assim passava o tempo, a fazer uma das coisas que mais gosto.

Mas não é disso que quero falar hoje. Hoje quero falar do ASMR que sinto na biblioteca, quando o bibliotecário (ou a bibliotecária) estão a fazer pesquisas ou a registar livros no computador. 

Para quem não sabe, ASMR, de acordo com a Wikipédia é: "... uma sensação agradável de parestesia ou formigamento, geralmente sentida na região do couro cabeludo, na parte de trás da cabeça ou do pescoço em resposta a algum estímulo sensorial."

Eu sinto ASMR desde pequena em várias situações: quando uma pessoa folheia uma revista muito devagar, quando alguém fala de uma forma muito suave e compassada, quando alguém mexe o chá devagarinho, quando vejo uma pessoa a ser penteada e em muito mais situações.

Hoje, enquanto o senhor da biblioteca procurava  no computador um livro que pedi, ia lendo baixinho as mensagens do computador, como quem tenta perceber o que é que tem que fazer. Ia teclando, mexendo no livro, teclando mais, lendo as indicações do programa baixinho, depois foi buscar uma lupa para ler uma letras pequeninas numa página do livro... Bem... eu devia estar com um olhar vidrado, a olhar para o que o senhor estava a fazer e a tentar ouvir todos os sons (isto está muito relacionado com sons, mais do que com imagem).

Enfim... foi mesmo agradável. É como receber massagens no cérebro. Às tantas comecei a recear estar com uma cara muito estranha, de quem está prestes a adormecer a qualquer momento.

A propósito, para quem tem dificuldade em adormecer, aconselho muito verem vídeos de ASMR no Youtube. Comigo funciona muito bem e é mais prático que tomar chá para dormir.

Em jeito de "ilustração" deste texto, deixo-vos um vídeo de ASMR no ambiente de biblioteca

Algum fã de ASMR por aí?

 

Sab | 02.07.22

Hambúrgueres de lentilhas deliciosos

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Continuo na luta de substituição da sopa ao jantar. 

Cheguei a uma fase em que tudo me parece saber ao mesmo: hambúrguer, pastéis e almôndegas de feijão, grão ou lentilhas. Tudo igual.

Mas não. Com um bocadinho de paciência para pesquisar e experimentar receitas, acabamos por aperfeiçoar receitas e chegar a opções diferentes e saborosas.

Partilho convosco a receita de Hambúrguer de Lentilhas que me pareceu mais saborosa. Continua com os requisitos básicos: simples, rápida e saudável.

Bom apetite!

Hambúrgueres de Lentilhas

  • 2 chávenas de lentilhas cozidas, sem sal
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 1 cenoura
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 1 colher de sopa de farinha de aveia
  • sal
  • pimenta do reino
  • cominhos



    Refogar a cebola picada no azeite, até ficar dourada. Juntar o alho picado e refogar mais um pouco.

    Juntar a cenoura ralada (com casca, de preferência).

    Acrescentar condimentos e continuar a saltear.

    Juntar as lentilhas. Continuar a envolver.

    Tirar do lume.

    Amassar e juntar a farinha de aveia.

    Misturar bem até ficar uma massa sequinha e fácil de moldar.

    Fritar em azeite em forma de hambúrguer.

    Dica: Faço estes hambúrgueres na máquina de panquecas, que também faz hambúrgueres e não uso azeite. basta untar a máquina, de vez em quando, com óleo de coco.