À mesa, durante o jantar, diz o Milton: “Tenho que ver se estudo um pouco hoje para o teste que vou fazer esta semana.” Comenta a Maria: “Então se calhar também devia estudar. Tenho teste de Covid amanhã.” (Teste à saliva realizado na escola.)
A tampa da nossa sanita partiu-se. Comprámos uma tampa nova. O Milton tentou tirar o assento velho. Não teve sucesso. Usou as ferramentas que tinha e até marteladas aquilo levou. Sucesso nulo. No dia seguinte, trouxe uma ferramenta de um amigo. Novas tentativas. Nada. Horas disto. Nada. Tentei ajudar. O sucesso foi igual. O amigo veio ajudar munido de um arsenal de ferramentas. O nosso amigo não só tirou o tampo antigo, como montou o novo em 15 minutos. À noite, ao jantar, a (...)
Apesar de grande parte das convicções que eu tinha sobre educação terem caído por terra depois de eu ter sido mãe e, automaticamente, bafejada com uma avalanche de realidade, algumas mantiveram-se: - Faço um esforço consciente para ensinar os meus filhos a serem tolerantes e a não se sentirem inferiores ou superiores a ninguém; - Tento que se habituem a comer bem e sem excessos; - Ensino-lhes, sempre que surge uma boa oportunidade, as partes da história do mundo e de (...)
Tinha cortado o cabelo à Maria direito. Sem franja, sem escadeado. Direitinho. Depois, reparei que ela parecia ter uma franja. No meio dos afazeres, não pensei mais nisso. Noutro dia, vejo mechas de cabelo no chão da casa de banho... E reparo que a Maria tem o cabelo ligeiramente escadeado. Prometi-lhe que não ralhava e ela contou-me que tinha andado a cortar o cabelo, com a tesoura de cortar o cabelo que guardamos na gaveta da casa de banho, em dias diferentes. Queria (...)
A Maria está numa fase em que adora clementinas (chama-lhes tangerinas) e pede todos os dias para comer uma. Estávamos na cozinha e ela estava a alinhar algumas "tangerinas" na mesa, junto duma laranja. Supostamente a laranja seria a mãe das "tangerinas". Depois a Maria, desenvolvendo toda uma história na sua cabeça em que as frutas eram as personagens, disse: "Lá vão as tangerinas tangerinar por ali."
Conversas das miúdas, enquanto as duas pintam desenhos em livros de pintar: Lara: “Maria, pinta bem.” Maria: “Vou dar o meu melhor.” Lara: “Está bem querida.” Maria, muito calmamente: “Já te disse que não gosto que me chames de querida.”
Na hora de almoço a Maria queixa-se: "Ui. Trinquei a língua." 3 Segundos depois, sou eu. "Ui. Olha... também trinquei a língua!" Diz-me a Maria, com ar muito empático: "Isto hoje não está fácil, mãe."
Costumo fazer exercício físico, seguindo uns vídeos no Youtube. Os vídeos têm músicas animadas e os miúdos acham graça a fazer os exercícios e dançar com eles. Estavam os 3 muito entretidos a abanar o corpo ao som da música, quando o Milton perguntou à Maria o que é que ela estava a fazer. Responde a Maria: "Estou a fazer exercício, para não usar bengala quando for velhinha."
A Maria tem medo do escuro. Só conseguia adormecer com a luz do hall de entrada ligada, para dar alguma luminosidade ao quarto. Nem o facto de dividir o quarto com o irmão e a irmã a deixavam mais descansada. Então decidimos arranjar-lhe um bonequinho com luz, para que pudesse dormir com ele. A Maria escolheu o que queria na Amazon e, agora, ela e o coelhinho colorido são inseparáveis à noite. Já não é necessário ligar nenhuma luz à noite e a Maria também já não se (...)
Neste momento estamos a dar uma grande folga à televisão mas, durante o confinamento, quando fiquei em teletrabalho e com os três miúdos em casa, que o Eduardo andava viciadíssimo no Panda e os Caricas. Fazia um grande estrondo para tentar ver o "Didi" (como lhe chama). Eu fazia o que podia para o manter afastado da televisão, mas era mesmo complicado. Ele arranjava qualquer oportunidade para me apanhar o comando e, ele próprio, ligar a televisão e desenrascar-se. Nem dois anos (...)