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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 09.05.25

Como transformar o estudo de português numa experiência criativa

Purpurina
A minha filha de 11 anos sempre demonstrou algumas dificuldades na disciplina de Português. A par do Inglês, é a área onde mais precisa de apoio. Apesar de, felizmente, manter boas notas, sei que por detrás delas existem desafios reais — especialmente na construção de texto, na ortografia e na interpretação de textos que não sejam narrativos ou descritivos. Durante algum tempo, a estratégia que encontrei para a ajudar foi simples, mas eficaz: os ditados. Cada vez que surgia (...)
Sex | 02.05.25

Um livro - O melhor presente de todos

Purpurina
Lembro-me bem do primeiro livro que me ofereceram: “A Bela Adormecida”. Acho que já não tenho esse livro, mas lembro-me muito bem da sensação que foi tê-lo nas mãos, de como o achava bonito, especial e perfeito. Ter um livro só meu, comprado para mim, que podia ler e reler sempre que me apetecesse, foi uma sensação mesmo especial. Já não me lembro quantos anos tinha quando mo ofereceram — foi um tio de quem gostava muito que mo deu — mas creio que uns 9 anos. Durante (...)
Seg | 21.04.25

O nosso coelho da Páscoa traz livros em vez de chocolates

Purpurina
Já não me lembro bem quando começou esta tradição cá em casa, mas existe desde que a Lara, a nossa filha mais velha (hoje com 11 anos), era pequena. A ideia surgiu da nossa vontade de reduzir o consumo excessivo de doces (que acabavam sempre por ser comidos mais pelos pais do que pelos miúdos) e de promover algo que valorizamos muito: o gosto pela leitura. Claro que não queremos que os nossos filhos passem a Páscoa sem chocolates ou doces — mas a verdade é que os chocolates (...)
Qui | 17.04.25

Sou mãe de uma pré-adolescente

Purpurina
A Lara tem 11 anos. Em teoria, acho que sou mãe de uma pré-adolescente há dois anos, mas nunca o notei. A Lara, para mim, é ainda uma criança. É assim que a vejo e é assim que ela se vê. Parece-me pouco interessada na adolescência e em crescer, assumindo as mudanças que se avizinham com uma resignação despreocupada — típica da sua personalidade. Continua a dar-se muito bem com meninos mais novos do que ela e a gostar, acima de tudo, de brincar, criar coisas e divertir-se. Se (...)
Seg | 14.04.25

Sobre estes dias que voam...

Purpurina
Lembro-me bem de ter 5 anos. Lembro-me de ter a cabeça cheia de dúvidas existenciais, questões filosóficas tão grandes e abrangentes que ainda hoje vivem na minha mente. Curiosamente, o Eduardo, agora com 6 anos, parece ser o meu filho que herdou essa veia filosófica da mãe. Entre as suas muitas perguntas de caráter mais prático, como: “Como é que os peixes respiram?” ou “Como é que vou ganhar dinheiro quando for crescido?”, surgem outras como: “Existe um espírito no (...)
Qua | 09.04.25

Crescer sem Internet: uma infância rica em tédio e imaginação

Purpurina
Quando eu tinha 13 ou 14 anos, ainda não era verdadeiramente uma adolescente. Cresci mais tarde — talvez só a partir dos 15. Durante toda a minha infância, até essa idade, tive poucos estímulos exteriores. Tínhamos apenas dois canais de televisão, com uma programação limitada e pouco variada. Não havia internet, nem redes sociais, nem dispositivos móveis. Não frequentava qualquer atividade extracurricular — tirando uma breve passagem pelas danças de salão, aos 13 — e (...)
Qua | 26.03.25

Série “Adolescência”: Onde é que os pais e a sociedade estão a errar?

Purpurina
Esta é a pergunta que parece importar no fim. Provavelmente, já todos ouviram falar da série “do momento”: Adolescência. Muito resumidamente, trata-se de uma série de quatro episódios sobre os motivos que levaram um adolescente de 13 anos a matar uma colega da escola. É um drama que se centra no impacto psicológico desta tragédia sobre a família e, principalmente, sobre o pai do rapaz que comete o crime. “Onde é que errei como pai?” é a pergunta duríssima que fica no ar. (...)
Seg | 24.03.25

Preparar a estrada para os filhos ou preparar os filhos para a estrada?

Purpurina
Não sei de quem é esta expressão. Não é minha, mas concordo inteiramente com ela. Na prática, no entanto, é difícil aplicá-la. Sinto que, com a minha filha mais velha, a Lara, muitas vezes caio na tentação de lhe preparar a estrada. Com os outros filhos também, mas acredito que, com a experiência, vou conseguindo evitar fazê-lo. O que tento, à medida que os meus filhos crescem, é preparar cada vez menos a estrada para eles e ajudá-los a ganhar as ferramentas de que (...)
Qua | 19.02.25

Eduardo, a História de Portugal e o gabinete da diretora

Purpurina
  Estávamos os três na cozinha: eu, o Eduardo e a Lara. Tinha acabado de estudar com a Lara sobre a formação de Portugal, quando o Eduardo, curioso como sempre, fez uma pergunta qualquer. Respondi sem pensar muito: — Eduardo, Portugal existe porque D. Afonso Henriques brigou com a mãe. Ele franziu a testa, pensou um pouco e, com toda a seriedade, concluiu: — Então isso quer dizer que foram os dois para o gabinete. Claramente estava a lembrar-se do que acontece na escola quando (...)
Qui | 06.02.25

Educar com valores: doar com consciência

Purpurina
Ao longo dos meus 43 anos de vida, sempre tive a sorte de nunca me faltar o essencial. Nunca passei dificuldades em termos materiais e, acima de tudo, sempre tive comida na mesa. Contudo, desde pequena, aprendi um valor fundamental: a importância de não desperdiçar alimentos. Creio que isso se deve ao fato de ter sido criada pela minha avó, uma mulher simples e amorosa, que começou a trabalhar ainda criança, durante a ditadura, e que viveu de perto as dificuldades da escassez. (...)