Bom... O seu nome, o nome da irmã, pai, mãe ... e cocó (cada um com os seus interesses).
Também me pede para soletrar o nome dos amigos e vai escrevendo num papel, com maiúsculas cada vez mais bem desenhadas. Conhece todas as letras há muito tempo mas não me tinha apercebido que já as desenhava tão bem.
Fiquei surpreendida na última vez que vi o que escreveu e perguntei-lhe se estão a ensinar na escola. Ela disse que não, que estão a ensinar os números. A professora, quando fui buscar a avaliação da Lara também me tinha dito que não estavam a ensinar a escrever. Estavam a aprender as vogais.
Uma vez que eu também não a ensino (exceto pelas vezes em que é a Lara que me pede para escrever qualquer coisa para ela copiar) fiquei mesmo curiosa com esta vontade dela de aprender a escrever.
O facto é que tem 4 anos e eu não tenho pressa nenhuma em ensinar-lhe "matéria escolar". Tem muito tempo para isso. Agora tem mais é que brincar. Mas, se ela gosta, também não vou contrariar.
Aos 6 meses o Eduardo continua um fofinho sorridente e bem disposto, embora um pouco mais refilão.
Alimentação Já come duas sopas por dia, uma delas com carne de frango ou peru e fruta. Ainda só lhe demos puré de pera crua. Come bem a sopa mas tem preferência por puré de cenoura e de brócolos (sempre com batata doce). Não gosta muito de curgete nem de couve flor. Por conselho da pediatra optamos por não lhe dar papa. Para além da sopa tem o leite materno.
Personalidade Continua muito simpático e sorridente mas não quer de maneira nenhuma estar sozinho no parque ou na espreguiçadeira. Basicamente gosta é de estar ao colinho e se for em movimento, melhor. Às vezes por ter necessidade de fazer outra coisa ou mesmo por cansaço, deixo-o no parque a rabujar e ao fim de pouco tempo já está entretido a brincar com os seus brinquedos. Claro que se me vê desata logo num berreiro. Está a ficar um safadão, portanto.
Sono Acorda um pouco menos para mamar de noite numa média de duas vezes por noite. Já nos fez a gentileza de dormir 6 horas seguidas duas vezes. :) Neste momento já não cabe confortavelmente na alcofa e está a dormir no parque (com um colchão da dimensão do parque).
Desenvolvimento Tem dois dentinhos a espreitar e mantem-se comprido mas mais magro. Está perto do percentil 85 de comprimento e desceu para o percentil 50 de peso. Neste momento veste 6-9 meses.
O que notamos de diferente neste mês é a atenção com que olha para tudo. Fica muito sério e compenetrado a ver o pai e a mãe a lavar a loiça ou as irmãs a brincar. Ri-se imenso com as manas e já se mete com elas.
Para estar com ele ao colo é preciso amarrar o cabelo ou arriscamo-nos a uma boa dose de tortura mexicana e muitos cabelos a menos.
Descobri esta família nas sugestões do Youtube e fiquei logo viciada nos vídeos. Sempre que tenho uma oportunidade (normalmente enquanto dou de mamar ao Eduardo) vejo os vídeos que a mãe, Taina, coloca no seu canal.
São finlandeses (mas a mãe cresceu na Austrália) e vivem com os filhos (têm 10) numa casa maravilhosa numa zona rural da Finlândia. Na verdade vivem com 9 filhos (que têm idades que vão do bebé de 1 ano a uma rapariga de 18 anos) porque o filho mais velho, de 20 anos, é casado e já não vive em casa dos pais.
Entre as muitas peculiaridades desta família está o nome dos seus filhos: Leonardo, Cleópatra, Jerusalém, Romeu, D'Artagnan, Shakespear, Nefertiti, King James, Afrodite e Omega.
Mas o que me prende ao ecrã é mesmo o estilo de vida desta família: são minimalistas, têm uma alimentação vegan, ensinam os filhos em casa e os miúdos são extremamente independentes e bem comportados. É evidente que só mostram nos vídeos o que pretendem e a realidade é algo que não podemos saber ao certo mas, com certeza, que muito do que é mostrado é impressionante.
Passo a enumerar os motivos que me prendem a atenção nesta família:
A primeira coisa que me fascina é a casa. Identifico-me totalmente com o estilo daquela casa de família: muito minimalista, impecavelmente limpa (queria eu que a minha estivesse assim), com muito poucos brinquedos visíveis, e bastante funcional. Parece que ali nada está a mais e tudo o que existe é útil diariamente.
Depois as roupas deles (com exceção do pai, que se veste de preto) que são quase todas brancas e azuis. A maior parte dos membros da família veste jeans azuis e t-shirts brancas. Estou a pensar seriamente em adotar esta ideia cá para casa ou pelo menos para mim e para as miúdas por uma questão prática. Com 3 filhos é muito complicado arranjar tempo seja para o que for e se puder agilizar algumas coisas, como o tratamento e a seleção de roupa, facilito muito as coisas. Se vestirmos essencialmente duas cores não só fica facilitada a lavagem da roupa como não tenho que passar muito tempo a decidir o que vestir de manhã. Esta ideia encaixa-se perfeitamente no meu estilo de vida e na forma como encaro estas coisas da moda. Para mim, quanto mais simples melhor.
Alimentação
Aqui é que fico completamente boquiaberta. Vi miúdos de 2 anos a comerem folhas de espinafre cruas como as minhas filhas comeriam bolachas. Fiquei fascinada com isto. Creio que todos são vegans e comem muitos alimentos crus. Para além disso são todos lindíssimos e parecem bastante saudáveis (não que o facto de serem bonitos esteja de alguma forma relacionado com o facto de serem vegans, acho eu mas nunca se sabe). A mãe, com 41 anos e depois de passar por 10 partos, está fantástica, parece uma miúda.
Comportamento e educação
A Taina (mãe) já disse num vídeo que nunca teve empregada e ensina os filhos em casa (pelo menos durante algum tempo). O que vejo nos vídeos é uma família em que todos dividem tarefas e todos contribuem para o bem estar geral. Os mais velhos (a partir dos 10 anos) ajudam a cuidar dos irmãos e ajudam nas tarefas da casa com total desembaraço. Dá mesmo gosto de ver. E os pequeninos parecem ser todo muito bem comportados (claro que, fora das câmaras, não se sabe). Todos tocam instrumentos e muito parecem praticar desportos e break dance. Falam pelo menos duas línguas fluentemente desde pequenos.
Brinquedos
Adoro os brinquedos dos miúdos e muito me apraz verificar que temos muitos em comum. O que mais se vê são peças de Lego e jogos de lógica e construção ou que apelem à criatividade.
Curiosidades
Pelo que percebi, nenhum dos membros do casal trabalha, mas não o posso dizer com certeza.
Consta que são muito religiosos mas isso não é algo que se note nos vídeos com clareza.
Praticamente todos têm o cabelo comprido (rapazes e raparigas) e dois deles têm rastas (um com 11 anos e outro com 17). A mãe e a filha mais velha têm piercings. Têm um excelente aspeto (viva a genética).
Vale muito a pena conhecer este canal quanto mais não seja para ver como funciona uma família numerosa nos dias de hoje.
Já tinha dito aqui que são totalmente diferentes: física e psicologicamente.
E, à medida que crescem e as suas personalidades se vão definindo, essa diferença é ainda mais notória.
Acho isso maravilhoso com todos os desafios que proporciona, tal como estar sempre um pouco impreparada para os 2 anos da Maria, apesar de já ter passado por isso com a Lara.
Não as vou comparar, até porque ando a tentar evita-lo de forma consciente, mas vou tentar resumir a personalidade de cada uma delas nesta fase. :)
Lara (4 anos e meio)
Continua muito meiga, enérgica e bem humorada.
Para ela tudo é uma brincadeira e ainda é muito difícil concentrar-se numa única tarefa. Brinca a comer, quando se está a vestir, quando está parada... está sempre a inventar qualquer coisa.
Anda com a mania de nos agarrar nas pernas. Abraça-se à perna e não a larga mais. A peculiaridade é que não só faz isto com os pais como o faz com qualquer pessoa com quem sinta confiança: os nossos amigos e até os pais dos amiguinhos dela da escola, desde que sejam simpáticos e brinquem com ela. A Lara é muito tímida no inicio mas, se gosta das pessoas e elas lhe dão atenção, é toda beijos e abraços em menos de nada.
Está sempre sorridente e inventa muitas brincadeiras e piadas para nos fazer rir. Oferece-nos desenhos e inventa muitas histórias.
Tem feito muitas birras quando disputa a atenção dos pais com a Maria. Grita, diz que a magoaram e faz de tudo para ter a atenção para si. É esgotante!
Por outro lado, se estiver sozinha é extremamente bem comportada. É capaz de passar o dia comigo a brincar sozinha e a arrumar a casa toda sem ninguém lhe pedir. Nestas alturas mostra ser uma menina muito sensível, altruísta e amorosa. É capaz de se oferecer para me fazer uma massagem se me vê cansada ou oferecer-me parte do seu lanche se eu disser que tenho fome (ou mesmo sem eu dizer nada).
Gosta de dormir connosco e eu adoro dormir com ela, é tão fofinha!
Claramente tem muita imaginação e adora criar e inventar "coisas malucas".
Maria (2 anos e meio)
Continua com uma personalidade fortíssima.
Se está chateada, cuidado com ela: grita, esperneia, bate os pés e bate-nos a nós se puder. Se não quer comer a sopa, só lá vai com muita distração. Ela dá-nos mesmo muito trabalho para "lhe dar a volta".
Mas não se chateia à toa e toda a sua chatice pode ser evitada se lhe explicarmos as coisas devidamente. É preciso é haver paciência e discernimento para isso.
É muito atenta e percebe tudo o que lhe dizemos.
Tem muita compostura e, a maior parte do tempo, parece uma adulta em ponto pequeno. Garantidamente parece muito mais ajuizada que eu. :) Deve sair toda ao pai.
É muito independente e quer fazer tudo sozinha.
É bastante atinada e já consegue comer muito bem sem se sujar muito (desde que a comida não seja muito líquida).
Faz uma conversação como gente grande. Sou capaz de me sentar com ela no sofá e manter uma conversa completamente percetível sobre uma série de coisas. Isto surpreende-me sempre porque já é assim há vários meses.
A Maria brinca muito sozinha mas às vezes pede a nossa companhia ou a nossa colaboração para jogos em que é necessário mais do que uma pessoa ou para fazer coisas que ainda não consegue fazer sozinha.
Desde os 2 anos que é muito mais carinhosa e já nos dá beijinhos e abraços com vontade.
Não é propriamente extrovertida mas ganha confiança rapidamente com quem lhe dá atenção.
Não gosta de dormir connosco.
Sabe sempre muito bem o quer. Explica por palavras tudo o que quer com imensos detalhes.
É muito interessada por tudo o que a rodeia e gosta de saber como funcionam as coisas. Não tem muita tendência para inventar preferindo executar tudo o melhor possível.
É um jovem que está a participar na Eurovisão com uma música pouco consensual. Nas suas atuações faz-se acompanhar por um bailarino cuja performance também é pouco consensual.
Podemos considerar o Canan Osíris uma personagem daquelas se geram emoções muito fortes: ou se ama ou se odeia.
Há quem o compare ao António Variações, há quem considere a sua música inovadora e muito "à frente no tempo", há quem considere a sua música apenas engraçada e há quem a considere um lixo.
Feita esta singela introdução, sinto-me em condições de dizer as tais 5 coisas sobre o Conan Osíris:
- Estou do lado dos que gostam dele, claro. Não acho a música fenomenal mas acho-a suficientemente intrigante para já a ter ouvido muitas vezes. Na verdade gosto mesmo é de ver os vídeos dos espetáculos em que ele se apresenta com o bailarino. Adoro a performance dos dois. Gosto mesmo.
- Gosto do rapaz. Gosto da "cena" dele e gosto muito do facto dele estar a fazer a sua "cena". É muito difícil ver alguém a ter coragem de ser tão genuíno e de o mostrar ao mundo. Só por isso já tem todo o meu respeito.
- Li, num comentário no Youtube, que o Conan Osíris tinha inventado o "Fado Psicadélico". Genial. Não sei bem porquê mas esta ideia deixa-me de muito bom humor.
- A minha música preferida até agora é o QMD. É proceder à especulação.
- No jornal Público diz-se dele: "Nunca ouvimos nada assim." E isso é um facto.
Quando a Lara soube que a Maria ia nascer ficou muito feliz. Apesar de ter apenas 2 anos quando lhe dissemos posso dizer com clareza que ficou feliz e entusiasmada. Ela sempre foi muito sensível e percebia quando lhe dizia que a irmã ia crescer e ser muito amiga dela.
A Maria nasceu e a Lara desde o primeiro dia que era carinhosa e cuidadosa com ela. Correu tão bem que eu senti, mesmo, que era mais fácil ter duas filhas que apenas uma.
Até que a Maria cresceu mais, começou a mexer as mãos, depois a andar, a falar e a "aborrecer" um bocadito a Lara. Mexia nas coisas dela e começou a disputar o espaço, os brinquedos e a atenção dos pais. E foi aqui minha gente que começou o grande desafio da maternidade para mim: lidar com as brigas diárias da Lara e da Maria.
A primeira coisa que caiu por terra foi a minha ideia romântica de irmãos que se adoram e nunca brigam. Que inocente que eu fui! Claramente não percebo nada disto de ter irmãos! As minhas filhas não só gritam uma com a outra como se empurram, batem e têm outras atitudes pouco simpáticas variadas. Todos os dias. Que choque para mim!
E há cerca de um ano que tem sido assim. Existem momentos de brincadeira e cumplicidade mas também existem muitos de gritos e brigas. Tem sido extenuante emocionalmente.
Até que, desde há umas semanas atrás, algo mudou.
As duas passaram a brincar juntas pacificamente, têm atitudes cada vez mais cúmplices e vejo que se preocupam verdadeiramente com a outra.
Comecei a notar a Lara mais paciente com a irmã e os gritos entre as duas passaram a ser trocados por segredos e gargalhadas. A minha alma ficou pasmadíssima.
Não quis fazer logo uma grande festa por isso fui apenas observando o que se estava a passar. Ouvia atrás das portas quando elas ficavam no quarto, depois de as ir deitar e durante o dia observava-as a brincar sem ser vista.
De noite ficam a cantar juntas ou a conversar sobre o dia e sobre as coisas que gostam de fazer. Às vezes a Lara conta à Maria como foi o seu dia na escola e as brincadeiras que ela e os amigos fizeram. Outras vezes ensina-lhe brincadeiras. Durante o dia a Lara chama a Maria para junto dela e vê-se que já a vê como uma companhia "válida" para todo o tipo de brincadeiras. Quando a Maria se magoa, a Lara pega-lhe na mão e dá-lhe beijinhos, consolando-a. Se a Maria magoa a Lara sem querer, também lhe dá beijinhos e fica consternada se a Lara se mostra triste. Também já começam a ter as suas piadas privadas e a preferir brincar juntas em vez de nos pedirem para brincar.
O menos interessante desta situação é que também se juntam para fazer disparates e para desafiar os pais, mas creio que "faz parte do pacote" e até fico feliz quando se juntam contra nós. Prefiro que briguem connosco do que briguem uma com a outra.
Acho que esta mudança se deve ao facto da Maria, com 2 anos e meio, já ter maturidade suficiente para brincar com a Lara sem estar simplesmente a destruir as suas brincadeiras. Já se conseguem entender para gerir uma brincadeira pacífica e interessante entre as duas e assim conseguem divertir-se em conjunto.
Esta situação é praticamente a realização de um sonho. Vejo agora nas minhas filhas a infância que sempre quis ter: uma infância partilhada com alguém que crescesse comigo e estivesse comigo em todas as situações. Alguém com quem partilhar todos os momentos e todas as alegrias.
Quando vejo as minhas filhas super felizes uma com a outra quando estão à espera de um gelado, e a dar gritinhos de alegria, sinto-me mais feliz que nunca.
E quando pergunto à Lara se gosta de ter irmãos e ela me diz que sim e que gostava de ter uns 40 sinto mesmo que alguma coisa devemos estar a fazer bem.
Já conhecem o meu (pouco) jeito para fazer as coisas artísticas que pedem na escola dos miúdos. Claro que quando os educadores e professores pedem para fazermos as tais "artes" não nos pedem nada fenomenal ou digno de um prémio, mas nenhum pai que se preze quer deixar os filhos "ficar mal".
De modo que eu faço sempre um esforço para fazer coisas giras (o que mete sempre glitter e cor de rosa ao barulho, já se sabe).
Mas, na última vez que pediram algo, fui apanhada desprevenida e só soube no dia antes que tinha que fazer um chapéu criativo (no meu caso dois) para as miúdas levarem num desfile na escola.
Fiquei em pânico porque não tinha mesmo ideia nenhuma.
Vai daí, no trabalho, olhei para o lado e eis que mirei muito seriamente as duas colegas (e amigas) que tinha à frente e calham a ser designers. Ora ora...
E em menos de um minuto elas fizeram um plano de chapéu giríssimo. A ideia era reproduzir "A noite Estrelada" de Van Gogh mas eu levei uma cartolina cor de rosa para casa e, claro, já não tive hipótese de usar a azul escura (que representaria a noite).
A caminho de casa comprei o material necessário (cartolinas, agrafador e limpa cachimbos) e executei a ideia em pouco mais de 15 minutos. Fantástico! Nunca conseguiria fazer uns chapéus destes de um dia para o outro sem ajuda. :D
Fiquei mesmo feliz e muito aliviada! As miúdas foram todas contentes com os chapéus e umas varinhas a condizer (que também vieram no pacote da ideia) a espalhar purpurina por todo o lado. :D
Sempre gostei de sobremesas lácteas mas nunca liguei especialmente a gelados.
Lembro-me que a primeira vez que gostei mesmo de comer um gelado foi em Itália mas, mesmo depois disso, nunca comi muitos gelados apesar de passar a preferir os artesanais italianos.
Quando engravidei da Maria e depois de perceber que não tinha diabetes gestacional, passei a comer quase um Magnum amêndoa por dia. E, a partir daí, como gelados sempre que posso (mas não todos os dias, claro).
Já instalei uma tradição por aqui, que é a de irmos todos comer um gelado ao domingo, mesmo no inverno. Eu e a Lara já fomos procurar gelados ao domingo, debaixo de chuva (devidamente agasalhadas).
Agora estou numa fase de gelado de pistácio (apesar de não gostar de pistácio adoro os gelados) e já passei pela fase de coco, chocolate preto e tiramissu.
Bom... não são bem TPC mas também não deixam de ser, uma vez que são feitos em casa e a pedido da escola.
O que se passa é que aqui nos Açores comemora-se o "dia dos amigos" e o "dia das amigas" que é um dia em que se celebra a amizade (entre pessoas do mesmo sexo) através de jantares e convívios.
As escolas aderem à festividade e a das minhas filhas pediu que levássemos um chapéu criativo no dia dos amigos e um avental criativo no dia das amigas.
Isto seria tudo muito interessante se cá em casa não tivéssemos o tempo todo contado e espremido entre cuidar dos miúdos e fazer todos os afazeres domésticos. Para não falar da minha falta de jeito para tudo o que diz respeito a trabalhos manuais. O Milton, por sua vez, tem o mesmo jeito que eu para estas coisas ou seja, nenhum.
De modo que, durante todo o tempo em que estive a fazer os chapéus e os aventais (mais os aventais do que os chapéus), fui barafustando com estas coisas que roubam tempo aos pais e aos filhos.
Até percebo que peçam aos pais para fazerem estas coisas para as fazerem com os miúdos e tal mas convenhamos: se não existir vontade dos pais para fazerem este tipo de coisas com as crianças ou oportunidade de passarem muito tempo com eles, acham que é mesmo estes TPC que vão mudar alguma coisa? Não me parece.
Por outro lado, para quem efetivamente não tem muito tempo livre e até costuma passar tempo de qualidade com os filhos a fazer outras coisas no tempo que vai arranjando (ir à biblioteca, ir a museus, passear no jardim, fazer desporto, etc) estes trabalhos só roubam ainda mais tempo de qualidade entre pais e filhos.
Por aqui até tentámos fazer os aventais com as miúdas mas acabou por não ser proveitoso. A Maria pinta-se a ela e à casa toda em 3 segundos e a Lara, apesar de pintar muito bem, tem que o fazer às escondidas da Maria e o processo leva tanto tempo que eu acabo por decidir fazer tudo sozinha para agilizar as coisas. Por isso acho que estas atividades deveriam ser feitas na escola, à semelhança de muitas outras que vão fazendo durante o ano.
Cá em casa já fazemos várias coisas giras com os miúdos sempre que podemos e fazemos questão de passar tempo de qualidade com eles todos os dias. Mas, minha gente, tenho 3 filhos pequenos e uma casa para administrar, muitas máquinas de roupa para lavar, estender e arrumar (porque nem passo a ferro), comida para fazer, um bebé para amamentar, loiça para lavar e todas as outras coisas que é necessário fazer numa casa, a bem da sanidade mental de toda uma família, por isso dispenso bem fazer chapéus e pintar aventais ao fim de semana ou à noite.
Pronto. Era isto.
Ainda assim, deixo aqui o resultado dos aventais (as miúdas é que escolheram os temas dos desenhos). :P
