Não sei bem, mas vou saber e vou-vos contar. Faço disto um objetivo de vida (um dos vários, entenda-se).
Li recentemente um livro sobre conflitos entre irmãos: "Irmãos sem ciúmes" e não gostei muito da forma como o tema foi abordado.
Esperava uma abordagem mais positiva e com mais exemplos do que corre bem em vez de soluções para o que corre mal (que também são muito importantes mas, na minha opinião, poderiam não ser o único foco do livro).
É por isso que estou bastante motivada para fazer aqui uma coisa diferente e falar-vos mais daquilo que corre bem e que tem funcionado comigo.
É evidente que as minhas filhas brigam. Brigam todos os dias e pelos motivos mais caricatos. Ainda assim também têm momentos muito interessantes de grande amor e cumplicidade e, apesar de procurar resolver sempre os conflitos, quero valorizar mais aquilo que corre bem.
Sendo assim vou fazer por vos trazer exemplos do que corre bem cá em casa e que pode ajudar a desenvolver uma relação mais próxima entre irmãos.
Acredito muito na resolução das coisas através de uma abordagem mais positiva. Não é a que utilizo sempre, muito longe disso. Mas quero aprender a fazer melhor e, principalmente melhorar todos os dias.
Vou gostar muito que partilhem também a forma como resolvem os conflitos aí em casa e os casos que correm mesmo bem.
Vamos lá ver se conseguimos encontrar aqui uma abordagem positiva.
A Maria está numa fase maravilhosa em que passa o dia a cantar. E sabe as letras todas das músicas!
Também decora as músicas num instante. Temos visto vídeos com músicas diferentes antes das miúdas dormirem e ela já decorou as letras.
No outro dia, estava a cantar uma das músicas do Vitinho enquanto brincava com uma boneca, deitando-a na caminha. Até fiquei emocionada a vê-la cantar assim a música do Vitinho. :D
Outras vezes, acorda a meio da noite e põe-se a cantar os parabéns! :)
O que vale é que a Lara tem o sono pesado e não acorda com a Maria a cantar ali ao lado.
O fim de semana passado foi especialmente agradável: esteve bom tempo, tivemos eventos giros, as miúdas estiveram bem dispostas, o miúdo manteve a boa disposição do costume, os pais também andaram contentes (apesar das noites mal dormidas), fomos ao parque, fizemos pizza e bolo, fizemos yoga em família, pintamos com aguarelas, fomos a um aniversário onde nos divertimos todos muito e a Lara comeu 2 gomas pequeninas depois do jantar.
No domingo à noite, quando estava com as miúdas no quarto depois de as deitar, perguntei à Lara do que tinha gostado menos e mais no fim de semana (começo sempre com o menos quando faço isto). Responde ela que não havia nada de que não tivesse gostado.
E, no meio de todas as coisas boas do fim de semana, adivinhem lá do que é que ela gostou mais?
a) da festa do amiguinho onde brincou e se divertiu imenso;
Ainda hoje tenho uma boneca só minha e consolo-me a fazer roupinhas para ela e para as Barbies das minhas filhas.
Mas depressa percebi que a Lara não ligava nada a bonecas. Recebeu várias mas sempre preferiu brincar com carrinhos, bolas, livros e Lego. Claro que não insisti nas bonecas mas fiquei um pouco aborrecida com o facto de não ter grande desculpa para encher a casa de bonecas, casinhas de bonecas e acessórios de todo o tipo.
Ainda hoje fico a babar à frente de montras com casas de bonecas. Não daquelas da Frozen e de outras princesas, metade plástico e metade desenhos de papel e caríssimas, ainda por cima. Gosto daquelas de madeira, com miniatura exatas dos móveis, das vassouras, dos produtos de cozinha, com cortinas pequeninas, tapetes e até cestos de dormir para um cãozinho ou um gatinho.
Um destes dias vi uma assim numa montra e fiquei ali colada ao vidro, a tentar absorver com o olhar cada pormenor. A casa era de uma coleção particular que tinha sido emprestada à loja (assim estava escrito num papel, na montra).
Estava eu praticamente hipnotizada a ver a casa quando a Lara, que estava comigo, me puxa pelo braço para irmos embora, já aborrecida com o tempo dedicado à visualização daquela geringonça que pouco lhe interessava.
Todavia a Maria parece ter o mesmo gosto que eu por bonecada. Desde que tinha pouco mais de um ano que brincava a fazer de conta que estava a dar a comida aos bonecos, ou a embalá-los, ou a deitá-los na caminha deles, a dar-lhes banho, a pô-los a fazer chichi, a mudar-lhes a fralda... enfim, a imitar tudo o que nos via a fazer. Recentemente também ralha com eles (o que me faz alguma impressão, pela sensação de espelho).
Adoro vê-la a brincar com bonecas e, sendo que ela gosta tanto, já tem (dentro das nossas opções minimalistas) uma bela coleção de brinquedos para Nenuco e Barbies.
Para a Lara vamos arranjando diferentes jogos de construção, microscópios, comboios, carros e qualquer coisa que sirva para ela usar a imaginação e criar coisas novas. Nesta área é mais o pai que tem a vantagem e brinca mais.
O facto de existirem pessoas que cumprem prazos e fazem um esforço por cumprirem o que prometem ou simplesmente afirmam. Prezo e respeito muito alguém que age comigo dessa forma porque esforço-me bastante para fazer o mesmo.
Às vezes penso que é só a mim que estas coisas acontecem. Mas, e daí, se calhar não.
Estou em casa, de manhã, com imensas coisas para fazer (como de costume): casa caótica, louça para lavar, camas para fazer, comida para fazer, banho para tomar e ainda é dia de fazer compras e levar dois dos meus três filhos ao pediatra para as consultas de rotina.
De repente, tenho uma ideia e apetece-me muito escrever no blogue sobre isso.
Encaminho-me para o computador antes que a ideia se desvaneça.
Paro no Hall de entrada e desisto. Viro-me para a cozinha novamente e para a loiça que tenho para lavar.
Enfim... preciso urgentemente que inventem uma aplicação para o telemóvel que registe as nossas ideias só pelo pensamento. Já tentei gravação de voz mas, para mim, não dá muito certo. Distraío-me assim que coeço a ouvir a minha voz e os pensamento não saem tão fluídos.
O filme sobre o António Variações que estará nos cinemas este ano. Estou mesmo muito expectante para ver este filme e tenho muita esperança de que seja mesmo muito bom. Adoro o António Variações e fazer um filme sobre ele deve ser uma experiência fantástica!
O sentido de humor. O meu e o de outros. Sobretudo o meu. Acho que me sinto grata, todos os dias, por ter sentido de humor e capacidade de me rir de mim própria.
Temos alguns conjuntos de Lego Duplo e tenho reparado que as miúdas há algum tempo que não brincavam tanto como era costume.
Os Legos são dos brinquedos mais fantásticos de sempre, por isso, são os únicos que nunca são sazonais. Ou seja, nunca desaparecem da vista para a arrecadação, como acontece com parte dos brinquedos delas, sempre que deixam de brincar, sendo substituídos por outros que vou buscar à arrecadação.
Então, lembrei-me de ir buscar imagens de possibilidades de construção com os Legos que temos, à Internet, e fazer cartões plastificados com eles.
E foi uma excelente ideia (modéstia muito à parte).
Elas ficaram entusiasmadíssimas e, desde então, têm brincado imenso com os Legos.
A Maria fixou-se no comboio e pede-me sempre para a ajudar a fazer, ficando depois a brincar com ele pelo chão da sala durante um bom bocado.
A Lara gosta mais de construir as formas das imagens, destruir e voltar a fazer.
Mando imprimir e plastificar num quiosque onde fazem fotocópias, impressão em canecas e essas coisas (não sei mesmo o nome deste tipo de estabelecimento) e fica a cerca de 2€ por folha A4 (dá-me para 2 cartões).
Com certeza que me vou repetir mas a música, sempre a música (mas não mais do que tudo). Música é vida, é sonho, é recomeço, é expansão da consciência, é realização, é materialização do que temos de mais divino dentro de nós. A música é capaz de ser a coisa mais comovente que existe.