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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 08.04.19

Coisas de irmãs #6

As miúdas ainda acordam relativamente cedo (pelas 7h00) mas há dias em que são 8h00 e eu e o Milton ainda conseguimos estar na cama sem ouvir ninguém a chamar-nos.

Num desses dias, já passava das 8h00 quando vou ao quarto das miúdas ver se ainda estavam a dormir.

Estavam acordadíssimas. A Maria estava em pé no berço e a Lara estava ao pé dela, fora do berço, a contar-lhe uma história.

Coisas mais boas. :)

Dom | 07.04.19

As conversas da Maria #2

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De manhã, a coloca-la na cadeirinha de passeio para a levar para a escola.

Eu: "Então Maria, vamos para a escola ter com a C (educadora)?"

Maria: " A C está contente comigo?"

Eu: "Está, Maria. A C está contente contigo."

Maria: "E a mãe? E o pai? E a Lara?"

Eu: "Estamos todos muito contentes contigo."

Maria (muito séria, como quem vai dizer uma coisa muito importante):

"A Maria hoje não bateu na Lara, nem no pai, nem na mãe..." (Vai dizendo isto como se fosse um grande feito.)

E continua ela:

"Devemos dar beijinhos e festinhas e abraços". (como quem demonstra que aprendeu bem a lição)

Eu: "Isso mesmo Maria."

Depois olho para ela nos olhos e digo: "Maria, a mãe gosta muito de ti."

Ao que ela responde com um ar despachado:

"Mãe, vamos lá (para escola)".

E é isto, aos 2 anos. :)

 

 

Qui | 04.04.19

Esperei muito por este momento!

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E, finalmente, chegou.

O dia em que as minhas filhas passaram a ser verdadeiras cúmplices, amigas e companheiras.

No início, quando a Maria nasceu, a Lara ainda era um bebé com 2 aninhos. Nunca senti que existissem ciúmes nessa altura e, mesmo tão pequenina, a Lara sempre foi muito cuidadosa e meiguinha com a irmã.

Quando a Maria começou a crescer e a impor-se (mais ou menos a partir de um ano e meio) começaram os conflitos entre as duas, que se agudizaram cada vez mais até há uns tempos atrás. Aqui já comecei a sentir que existiam muitos ciúmes da parte da Lara e muita tentativas de chamar a atenção quer de uma, quer de outra. Viviam o tempo quase todo como rivais.

De há uns tempos para trás, tudo parece ter mudado. Não foi de repente, mas tem acompanhado, parece-me, um certo amadurecimento da Maria.

E o que é que tem acontecido de diferente e de maravilhoso? 

Entre muitas coisas, estas:

- Em vez de passarem o tempo todo aos gritos e a baterem uma na outra (acontecia muitas vezes) agora conversam e resolvem as coisas entre si, sem necessidade constante da intervenção dos pais.

- Ao fim de semana, quando acordam mais cedo que nós, em vez de vir ter connosco, a Lara fica a contar histórias à Maria, a conversar ou a brincar com ela. É delicioso ficar a ouvi-las a conversar e a inventar brincadeiras.

- A Lara está muito mais colaborativa e ajuda a irmã muitas vezes. A Maria, por sua vez, pede ajuda à irmã para uma série de coisas em vez de vir ter com os pais.

- Na festa do seu aniversário com a turma, a Lara incluiu sempre a irmã nas brincadeiras e passou muito tempo a brincar com ela e a dar-lhe atenção, não obstante ter muitos dos seus melhores amigos ali. Eu falei com ela antes da festa e pedi-lhe para dar atenção à irmã mas não esperava que ela o fizesse com tanto empenho e carinho.

Atualmente, existem muito mais momentos de cumplicidade do que de rivalidade entre a Lara e a Maria e tenho muita esperança de que, com o crescimento, a cumplicidade se acentue cada vez mais. Elas fazem muita companhia uma à outra e brincam juntas de manhã à noite. 

A Maria anda muito mais solta, bem disposta e alegre. Faz brincadeiras e gracinhas de propósito e todos nos rimos imenso com ela, e a Lara mais que todos.

Estamos a adorar esta fase, principalmente eu que, confesso, esperava que esta cumplicidade entre irmãs fosse algo natural e que existisse desde sempre e não estava nada preparada para os conflitos que também fazem parte das relações entre irmãos. É o que dá ser filha única e idealizar demasiado uma relação que sempre quis ter.

Por aí, como e dão os irmãos?

Seg | 01.04.19

Elas contam histórias uma à outra

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Passam metade do tempo a implicar uma com a outra, a gritar uma com a outra e até a pregar rasteiras uma à outra (quando vi nem queria acreditar!).

Mas, depois, têm momentos de tanta cumplicidade, de tanta harmonia, que me custa a acreditar que são as mesmas pessoas. Enfim... estou agora a aprender o que é ter irmãos e nunca será com conhecimento de causa. Serei sempre um agente externo a observar uma relação de irmãos.

De modo que ainda me sinto chocada com a violência das suas brigas mas não deixo de me sentir surpreendida, também, pela forma querida, divertida e até "adulta" com que se relacionam quando estão bem dispostas.

A Lara já conta histórias aos irmãos há muito tempo e a Maria já vai vendo os livros sozinha e contando as histórias à sua maneira.

Mas só muito recentemente vi a Lara a pedir à Maria para lhe contar uma história. Que coisa mais fofa!

Sentam-se as duas no chão, ao pé da estante com os livros delas (e da biblioteca) e ficam as duas a ler um livro. É impressionante a memória que as crianças têm! A Lara decora as histórias do inicio ao fim, mesmo que as tenhamos lido poucas vezes.

Hoje estiveram a "ler" juntas a História "Monstro Rosa", um dos nossos preferidos dos últimos meses. Os desenhos são lindos e a história também. É a história de um monstro que é muito diferente dos outros e não se consegue adaptar no seu país. Então parte pelo mundo em buscar de outras realidades até que encontra um país onde existem muitos seres diferentes e onde todos são aceites como são. Ali há lugar para todos e todos são amigos.

É bonito. Mesmo muito.

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