Projetar os nossos desejos nos filhos
Por vezes, tentamos proporcionar às pessoas que mais amamos aquilo que gostaríamos de ter tido. Não é um raciocínio muito correto, pois nem sempre as pessoas precisam ou querem o mesmo que nós. Ainda assim, e apesar de ter esta ideia na consciência, dou aos meus filhos aquilo que a criança que fui mais desejava: livros, aulas de artes e desporto, experiências diferentes e irmãos.
Não lhes compro muitos brinquedos ou coisas em geral e, muito menos, tudo o que me pedem. Na verdade, grande parte do que têm resulta tanto da sorte como do esforço dos pais: bons professores, bons amigos, aulas de pintura, desporto e música. Desfrutam de um quintal, têm acesso a uma variedade de livros e, acima de tudo, contam com irmãos com os quais podem desenvolver muitas competências sociais que, com certeza, serão valiosas no futuro.
Espero que se sintam felizes, apesar das minhas projeções.