Como tirar os miúdos da frente dos ecrãs?
Com uma grande dose de paciência e alguma convicção.
Por aqui, temos fases. Nas fases de cansaço extremo, em que queremos só mais 10 minutos para dormir de manhã, o Milton, em modo semi-automático, liga a televisão aos miúdos.
Nos dias em que estamos mais convictos e capazes de ouvir umas reclamações mais ou menos agudas, indicamos que não vai haver televisão e que devem entreter-se de uma forma mais rudimentar, que é como quem diz: brincando.
A regra costuma ser sempre a mesma: durante a semana, não há televisão, de todo, nem de manhã, nem ao fim do dia. Ao fim de semana, podem ver televisão. Eles escolhem o que querem ver, de um conjunto de desenhos animados pré-selecionados por nós. Às vezes, vemos filmes de animação todos juntos.
O facto é que, sem televisão, eles acabam por arranjar uma série de coisas para fazer e, na loucura, até percebem que é vantajoso ter irmãos com idades semelhantes, para brincar.
Esta manhã estiveram todos a pintar. Às vezes exploram livros juntos. Também brincam com disfarces ou com os brinquedos.
Se quisermos assegurar-nos de que tudo corre bem, podemos preparar umas brincadeiras com antecedência. Quando veem tudo montado e preparadinho para brincar, ficam logo mais interessados. Mas, sinceramente, acho que os pais não têm que estar sempre a providenciar o entretenimento dos filhos. Eles, melhor que ninguém, sabem faze-lo.
O melhor mesmo é manter uma rotina bem definida, pelo menos para os dias de semana. Assim, eles já sabem o que vai acontecer e o que não vai acontecer. Levamos com umas reclamações nos primeiros tempos e depois cria-se o hábito.
Por aí, como fazem com os ecrãs?