Hoje vou falar do Eduardo, mas o mesmo se aplica à Lara e à Maria, aos seus professores, auxiliares e a todos os que trabalham na escola que eles frequentam. Faço referência a apenas três episódios (de muitos mais que existem, todos os dias), porque são os mais recentes. Apenas por isso. Muitos são bastante privados e não tenho a certeza de que possa mencioná-los aqui, por isso não o faço. 1- O Eduardo esteve uma semana em casa com gripe A. No dia em que voltou à escola (...)
O livro que veem na foto: "Dicionário por imagens Vamos Aprender" foi requisitado por mim, na Biblioteca de Ponta Delgada, vezes sem conta. Trouxe-o para a Lara, depois para a Maria e, agora, para o Eduardo. É um livro muito antigo, com mais de 20 anos, que já não consigo encontrar à venda nas livrarias, mesmo online. O livro é giro porque é feito de jogos didáticos, uma espécie de passatempos, e os miúdos vão aprendendo coisas de uma forma que parece ser muito divertida. (...)
Com um fim de semana prolongado em vista, já que o dia 25 de abril calhava numa segunda-feira, o Milton sugeriu que fizéssemos com os 3 miúdos (Lara de 8 anos, Maria de 5 anos e Eduardo de 3 anos) uma caminhada num trilho de que ouvira falar: O trilho do Moinho do Félix. Não sei se percebi o que quis perceber ou se o Milton não se explicou bem, mas o que entendi (...)
Gosto de desligar os écrãs em dias de semana, mas confesso que, às vezes, já não sei bem o que fazer para evitar que eles trepem às paredes ou se ponham a brincar aos indios e aos monstros, fazendo, já se sabe, uma barulheira descomunal. Para solucionar esta problemática tenho-me debruçado sobre brincadeiras mais antigas. Num destes dias, as miúdas estiveram entretidas a fazer as atividades de uma revista do Batatoon, que a avó lhes trouxe. As revistas, com mais de 20 anos, (...)
Depois duma sessão de estudo de inglês com o pai, diz-me a Lara, com toda a calma: - Sabes mãe, gostei muito de estudar com o pai. Gosto muito mais de estudar com ele do que contigo porque tu gritas muito. Acho que devo estudar todas as disciplinas com ele. Eu, que não me ofendo com a opinião livre e não tenho qualquer ilusão quanto ao meu (inexistente) talento para o ensino, concordei pronta alegremente com a minha filha de 8 anos. Nota:Cá em casa os miúdos dizem (...)
A professora da Lara, que é a professora mais querida que poderíamos desejar para os nossos filhos, faz uma coisa muito gira no aniversário dos miúdos. Pede a todos os meninos que façam um desenho para o aniversariante. Se quiserem, podem deixar uma pequena mensagem também. Assim, a Lara trouxe para casa um caderno, com as folhas presas com uma bonita fita, com desenhos e mensagens de todos os colegas, e também um da sua professora. Achei a ideia mais amorosa de sempre.
Com uma grande dose de paciência e alguma convicção. Por aqui, temos fases. Nas fases de cansaço extremo, em que queremos só mais 10 minutos para dormir de manhã, o Milton, em modo semi-automático, liga a televisão aos miúdos. Nos dias em que estamos mais convictos e capazes de ouvir umas reclamações mais ou menos agudas, indicamos que não vai haver televisão e que devem entreter-se de uma forma mais rudimentar, que é como quem diz: brincando. A regra costuma ser sempre (...)
Quando a Lara nasceu, tinha muitas expetativas. Não sabia nada. Ainda sei pouco. Primeiro esperei que se mexesse, que sorrisse, que pegasse em alguma coisa com as mãos. Estava ansiosa para que brincasse e muito ansiosa para que falasse e começasse a conversar comigo (hoje em dia não é muito conversadora, gosta mais de criar coisas). Esperei que adorasse a irmã, depois o irmão e brincasse muito com eles, tanto quanto eu desejei fazer com um irmão ou irmã que nunca tive. So (...)
Apesar de grande parte das convicções que eu tinha sobre educação terem caído por terra depois de eu ter sido mãe e, automaticamente, bafejada com uma avalanche de realidade, algumas mantiveram-se: - Faço um esforço consciente para ensinar os meus filhos a serem tolerantes e a não se sentirem inferiores ou superiores a ninguém; - Tento que se habituem a comer bem e sem excessos; - Ensino-lhes, sempre que surge uma boa oportunidade, as partes da história do mundo e de (...)
Também poderia ser: "O dia em que a minha filha mais velha me envergonhou". Só que não. Tudo começou (ou acabou, conforme o ponto de vista) com um telefonema que recebi da Educadora do Eduardo. Assim que uma Educadora se identifica como tal, fico logo cheia de nervos. Quem é mãe, saberá do que falo. Digo logo, sem cerimónia: "Sim, sim, Diga, diga, por favor." Querida e perspicaz como é, ou pressentindo o pânico da minha voz, a primeira coisa que a Educadora disse foi que o (...)