Como acontece com alguma frequência, o Milton estava a reter o Eduardo para ele não ir aborrecer as irmãs que é como dizer, correr na direção delas e abalroá-las sem qualquer contenção. Qual acham que foi a reação do gaiato, com 4 anos: a) gritar e mandar-se para o chão, exigindo que o pai o largasse imediatamente. b) espernear como um maluco, a tentar soltar-se sozinho. c) fingir que aceitava a situação à espera de uma brecha para fugir. Nenhuma das três, já se sabe. (...)
Naturalmente, vamos passar aos nossos filhos meia dúzia de valores, que são realmente importantes para nós, e negligenciar outros tantos. A minha filha mais velha, por exemplo, não usa dispositivos eletrónicos quando está com outras pessoas, sabe que deve comer de forma saudável, investe mais tempo a ler do que a ver televisão e nem sabe bem o que são Redes Sociais. Mas, num restaurante, é capaz de se comportar como uma selvagem, comendo de boca aberta e fazendo (...)
- Aceder ao pedido das filhas para ir andar de carrinhos de choque no Dia do Pai. - Comprar uma data de fichas porque eles são 3 e porque não se pensou bem nisso. - Andar nos carrinhos de choque, à vez, com os 3 filhos, porque a mãe não se mete nessas coisas. - Deixá-los conduzir a eles, mesmo se um deles tiver apenas 3 anos. - Protegê-los sempre com quantas forças se tem, porque os implantes dentários estão caros. - Ficar com dores nos ossos todos durante uma semana, por (...)
Sim, isto é sobre o tal anúncio de Natal, aquele em que uma menina se aborrece com todas as tentativas dos pais para lhe construir um boneco de neve, até que chega a salvação: uns óculos de realidade virtual que podem, finalmente, oferecer-lhe a realidade com que sonha. Chorei copiosamente a ver este anúncio. Eu e, felizmente e de acordo com os comentários que tenho visto no sítio do costume, metade dos pais deste país. Foram uns óculos de realidade virtual, mas podia ser (...)
Há algum tempo, pedi que vocês me dissessem o que gostariam de ler por aqui e a Anita mencionou as dificuldades do dia a dia com 3 crianças pequenas. Achei um tema excelente, até porque às vezes acho que não falo muito das dificuldades quotidianas que sinto. Parece que nas alturas mais desafiadoras acabo por escrever menos. Na verdade gosto mais de trazer soluções do que problemas, mas falar dos (...)
O Eduardo ganhou recentemente uma cama nova. Deitado, à noite, pergunta ao pai: "Pai foste tu que fizeste a cama?" Responde o Milton: "Fui eu que montei a cama, sim." Nisto, o Eduardo dá-lhe um grande abraço e diz: "Obrigado Pai!"
Na quarta-feira de manhã, a Maria estava mais preguiçosa para se levantar e fui acordá-la com uns beijinhos. Entretanto fiquei a conversar um bocadinho com ela na cama. O Eduardo, que já tinha tomado o pequeno-almoço, veio atrás de mim, e começou a chamar a minha atenção e a falar comigo. A Maria, claro, ressentiu-se com o desvio da atenção da sua pessoa e começou a barafustar com o Eduardo. Nisto, o Eduardo começou também a barafustar, da sua forma preferida: batendo (...)
Todos temos convicções, valores e formas de educar diferentes. Mas, numa coisa todos os pais são iguais: todos queremos ver os nossos filhos felizes. Mas, na correria dos dias, com a vida a acontecer a cada segundo, às vezes não temos tão presente este nosso objetivo maior. Por isso, partilho convosco, algumas dicas que escrevi sobretudo para mim, para me lembrar a cada momento, do que verdadeiramente importa. 1- Passear em parques com eles. Neste momento evitamos os parques (...)
Os gritos eram meus pelo que, em princípio, não deveria ser difícil acabar com eles. Bastava que deixasse de exprimir a minha exaltação gritando. Mas não é tão simples assim. Na terceira semana em teletrabalho, em casa, com três filhos pequenos, dei por mim com os nervos todos escangalhados. O facto é que passava boa tarde do dia a gritar com os miúdos, com os miúdos agarrados a mim durante as reuniões e sempre com a sensação de manta curta, sem conseguir fazer nada bem. (...)
A Lara apanhou uma infeção bacteriana, comum em crianças da idade dela, mas que implicou a tomada de um antibiótico específico que não existe em xarope. Assim, ela tinha umas cápsulas enormes para tomar, de 8 em 8 horas, durante uma semana. A solução da pediatra foi desfazer o conteúdo da cápsula numa colher com água para a Lara conseguir tomar. Acontece que o sabor daquele pó é intragável (o Milton confirmou) e a Lara recusava-se a tomar aquilo. Na primeira vez cuspiu o (...)