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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

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Ter | 16.03.21

As surpresas da Lara

 

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Numa manhã de sábado, fui dar umas voltas à baixa da cidade com a Lara. Fui buscar lentes de contacto, fazer umas compras rápidas e comprar um livro para ela. Na livraria, deram-me um bloco com listas de compras muito giro.

A caminho de casa parámos numa esplanada para beber café e um sumo, e para explorarmos as nossas mais recentes aquisições.

Aproveito sempre estes momentos em que estou sozinha com um dos meus filhos para conversar sobre os seus pensamentos e também para lhes contar coisas sobre mim. Desta vez disse à Lara que gostava muito de fazer listas (na verdade é uma espécie de vicio gostoso) e, por isso, estava muito satisfeita com a oferta daquele bloco de listas.

A Lara pareceu achar aquele facto curioso, mas não voltámos a falar sobre isso.

Um ou dois dias depois, quando a Lara veio da escola, disse que tinha uma surpresa para mim e mostrou- me um caderninho de listas, personalizado, que ela tinha feito na escola, depois das aulas.

Opá, fiquei emocionadíssima. Minha rica filha!

Agora vou ter mesmo que usar aquelas listas, mas a minha vontade é emoldurar aquele caderninho tão fofo e especial.

A Lara é mesmo assim... Está sempre a lembrar-se de fazer coisas para as outras pessoas, mas fico sempre muito emocionada quando ela me brinda com algum presente ao qual dedicou tempo e trabalho.

Sinto sempre que não sou totalmente merecedora destas atenções por parte da minha filha.

Mas, depois, afasto do pensamento todas as vezes em que sou chata e ralho com a Lara, exigindo tanto dela, e lembro-me de todas as vezes em a surpreendi com jogos e brinquedos feitos por mim quando estava de baixa de maternidade, para que ela tivesse sempre uma surpresa quando chegasse a casa; das vezes em que compro coisas para os miúdos, mesmo que tenha saído de casa para comprar algo que precisasse mesmo; dos livros novos que encontram todas as semanas vindos da biblioteca; das papas de aveia feitas às 6h00 da manhã para não comerem papas cheias de açúcar; dos bolos adoçados com pasta de tâmaras ou açúcar de côco nos primeiros anos deles e da decisão de colocarmos a educação deles sempre no topo das nossas prioridades, e decido aceitar com toda a alegria e satisfação as prendas carinhosas da minha filha mais crescida.

Tenho mesmo muita sorte. Os miúdos são fantásticos!

E, às vezes, quando me perguntam como me aguento com os 3 tão pequenos, eu penso que eles é que me aguentam, que são eles que me dão boa parte da energia que tenho e são eles, sem dúvida, que me inspiram a tentar ser melhor todos os dias.

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