Amamentação: a subida do leite não é sempre dolorosa
Amamentei a Lara até aos 18 meses e a Maria até aos 11 meses.
Com a Lara foi tudo mais difícil (falo disso aqui): eu era inexperiente, tive imensas dores, mamilos feridos durante um mês e meio e a Lara chegou a perder peso durante o processo. A subida de leite também foi muito dolorosa, com o peito enorme e pesado como se fosse feito de pedra. Não cheguei a ter febre ou outros incómodos mas as dores e o desconforto foram imensos.
Com a Maria a amamentação foi mais simples e muito menos dolorosa mas julgo que a subida de leite foi semelhante à experiência que tive com a Lara. Lembro-me de lhe dar de mamar e sair leite por todo o lado se ela largasse a mama por algum motivo. A Maria ainda levou uns banhos de leite nos primeiros tempos logo depois da subida de leite em que, claramente, produzia mais leite do que o que ela mamava.
Agora com o Eduardo foi muito diferente. Eu cheguei a pensar que não teria o leite suficiente e que não tinha tido subida de leite.
Geralmente a subida de leite dá-se 3 a 5 dias depois do parto e, no quinto dia depois do parto, ainda não tinha sentido nada que se parecesse com a subida de leite. Notei que as mamas estavam um pouco maiores e mais duras mas nada comparado com o que tinha acontecido nas minhas experiências anteriores. E nada de leite a jorrar como se não houvesse amanhã. A maior diferença que vi foi o facto de ouvir o barulho do leite quando ele mamava. Fora isso, nada indicava que o leite tive subido.
Ainda não tinha feito a primeira pesagem do Eduardo desde que tínhamos saído do hospital por isso estava um pouco apreensiva, ainda por cima porque ele tinha perdido 10% do peso logo no segundo dia.
Mas quando o fui pesar ele não só tinha recuperado o peso com que tinha nascido como estava a aumentar muito bem, mais do que a média.
Fiquei descansada e admirada. Afinal o leite tinha subido e não tinha dado por nada porque tinha sido completamente indolor.
Não sei muito bem porque é que foi assim desta vez mas talvez esteja relacionado com o facto de eu amamentar o Eduardo sempre que ele quer o que é de 1h30 em 1h30 e às vezes com intervalos ainda menores. Creio que isso faz com que as mamas nunca fiquem demasiado cheias e daí não surjam dores. É só uma teoria porque, de facto, não sei.
Entretanto falei com uma amiga que também tem uma menina recém nascida e um menino de 3 anos e também ela nunca teve subida de leite dolorosa. Por isso, para quem estiver prestes a amamentar, aconselho a dar de mamar em livre demanda, sempre que o bebé quiser, e pode ser que consiga evitar uma subida de leite dolorosa.
Por aí, alguém com uma experiência semelhante? Ou com dicas de como evitar uma subida de leite dolorosa?