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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 12.01.18

Uma tradição cá de casa

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Adoro pequenos almoços de hotel, brunches e todo o tipo de lanches.

Claro que também adoro bons almoços e jantares mas perco-me mesmo é por um bom petisco.

Para minha desilusão este apetite não vem associado ao gosto pela cozinha. Cozinhar é mesmo algo que faço por necessidade. Não tenho grande criatividade nem "mão" para a cozinha. Tudo o que faço bem feito é com esforço e dedicação e por querer fazer refeições saudáveis e saborosas. 

De modo que ando sempre à procura de "truques" simples e rápidos para fazer petiscos gostosos. Às vezes sou bem sucedida, outras nem por isso.

Uma das coisas em que andamos a apostar cá por casa é nos almoços de fim de semana. Por mim, agarrava em todos e íamos fazer o pequeno-almoço a um hotel ou a um daqueles estabelecimentos que servem brunches maravilhosos e saudáveis. E, aqui nos Açores, o que não faltam é locais desses e comida deliciosa!

Mas como o orçamento não permite essas excentricidades todas as semanas e também porque gostamos de ficar no conforto da nossa cozinha, de pijamas, a conviver uns com os outros, instituímos a tradição de comer crepes ao pequeno almoço.

A ideia é o Milton fazer os crepes (o que faz muitíssimo bem) e depois recheamos com o que houver em casa (isto faço eu muito bem): compota sem açúcar, mel e canela, ovos, rúcula e queijo de São Jorge, fiambre de peru e queijo, atum e milho ou qualquer outra coisa que nos pareça bem.

É sempre um sucesso. Somos todos fãs de crepes, até a Maria. :D

O da imagem é de queijo e fiambre e estava uma delícia. A imagem não faz justiça nenhuma ao sabor do crepe. :D

 

Mal posso esperar pelos próximos crepes do fim de semana!


Ter | 09.01.18

Bolachas de ameixa e noz sem açúcar

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Ora bem, isto é um momento histórico na minha vida: criei uma receita de bolachas. 

O que aconteceu, na verdade, foi que agarrei no que encontrei na cozinha, pensei um bocadinho sobre os sabores e se iriam ficam bem uns com os outros, mandei tudo para a bimby, moldei umas bolachas e coloquei-as no forno.

Provei-as assim que arrefeceram e... ficaram ótimas! 

Confesso que não sabia bem se iam ficar saborosas mas ficaram mesmo. Muito boas. E não levaram 1 grama de açúcar.

Estou mesmo satisfeita com esta receita, mais uma que pretende fazer com que as bolachas Maria deixem de ser usadas nesta casa de uma vez por todas. :)

Segue a receita:

Ingredientes

- 1 chávena de chá de farinha integral
- 1 chávena de chá de ameixas secas sem caroço
- 1/2 chávena de chá de nozes moídas grosseiramente
- 1 ovo
- 1 colher de sopa de óleo de coco (ou manteiga)
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1 colher de chá de essência de bauninha
- 1 colher de chá de fermento


Desfazer as ameixas na bimby até ficarem em papa. Juntar os restantes ingredientes e bater na velocidade 5 durante cerca de 40 segundos.

Moldar as bolachas e levar a forno pré- aquecido a 180º durante 15 minutos.


Nota: Eu faço as bolachas altas (mais ou menos 0,7 mm de altura) para as tirar molinhas do forno. Até arrefecer endurecem mais um pouco e eu não gosto delas muito duras. Assim ficam com a consistência de biscoito.

Bom apetite!

 

Seg | 08.01.18

Ensaio sobre os saldos #1 Vou passar a usar apenas vestidos.

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Nos últimos anos não tenho tido uma relação muito chegada com os saldos.

Isso prende-se com vários motivos: a minha falta de paciência para andar a procurar roupa em sítios apinhados de gente, a minha falta de disponibilidade e vontade de gastar dinheiro e a minha resolusão minimalista de ter o minimo de roupa possível.

Todavia tenho olhado para o meu roupeiro com olhos mais críticos que o costume. Já não compro roupa há tanto tempo que me parece que tenho o roupeiro cheio de coisas gastas e demasiado "grunge". E, espantem-se, acho-o demasiado monocromático.

Vai daí (pronto, vou pedir emprestada esta "expressão" tão usada na blogosfera) decidi que vou aproveitar os saldos e a minha loucura repentina para comprar umas coisas mais coloridas.

E essas coisas serão vestidos. Decidi que estou farta de ter no armário calças que não me servem. Engordo e emagreço muito facilmente(oscilando entre 3 e 5 quilos a mais ou a menos) e é muito frequente ter calças que me caem ou calças que não consigo vestir de tão apertadas. As calças de ganga são uma peça de vestuário que considero muito interessante mas muito chata para quem tem oscilações de peso, por pequenas que sejam.

E as calças implicam mais uma camisolinha, mais um top se a camisola for transparente e mais um casaquinho.


Como tenho pouca pachorra para andar a fazer conjuntos e a vestir camadas de roupa vou optar por dar preferência a vestidos na minha indumentária, seja no verão ou no inverno. São bonitos, ficam sempre bem e aguentam as oscilações de peso na perfeição (desde que não sejam muito justos, claro).

Tenho investido algum tempo a observar vestidos (online que não tenho mesmo disponibilidade mental para as lojas e a escolha online é muito maior) e deixo-vos aqui uma primeira seleção. E nenhum dos vestidos é preto. :D

Vamos lá a aproveitar os saldos que estão até 70% na La Redoute.

 

Clicar nas imagens para ver os preços de cada vestido.

 

Sab | 06.01.18

Lara #20

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Estavamos todos na sala e, depois de ler uma história à Lara, pedi-lhe que arrumasse o livro para ir dormir.

Ela diz que está muito cansada das mãos. Insisto que deve arrumar o livro, que isso é a sua tarefa de todos os dias.

Entretanto a minha mãe liga-me e a Lara pede para falar com a avó.

Dou o telefone à Lara e ela começa num discurso enérgico (e um pouco inesperado):

"Estou zangada com a mãe. Estou muito cansada porque cansei-me muito na escola e a mãe quer que eu arrume o livro. Estou muito cansada para isso e se arrumar o livro vou ficar ainda mais cansada."

E foi isso.

Um grande pedido de socorro em relação à tirana da mãe que faz a filha trabalhar em condições esgotantes.

Bom... fico contente com a capacidade da minha filha de identificar uma boa oportunidade de pedir socooro.

Temos que ver as coisas pelo lado positivo, não é?

 

Sex | 05.01.18

Como mãe sei que estou a errar mas quero muito fazer melhor

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Tento fazer, todos os dias, o melhor que consigo em relação às minhas filhas.

Estou presente, brinco com elas, dou-lhes atenção, mostro caminhos e coloco-as à frente de qualquer outra coisa na minha vida. Nada é mais importante que as minhas filhas.

Sei que tenho que lhes dar muito amor, tempo, atenção, educação e cuidados. Também sei que é nos primeiros anos de vida que desenvolvem competências e traços de personalidade que serão muito importantes toda a sua vida.

É aqui que encontro um senão na mãe que eu sou. 

Sinto que não lhes dou toda a liberdade que devia dar para se tornarem independentes e confiantes como gostava que fossem.

Com a Lara isto é mais acentuado. A Lara foi adormecida ao colo até ter quase 2 anos. Aos 3 anos e meio, ainda ando atrás dela para ver se não tropeça, se não cai e se não anda a fazer acrobacias pela casa.

A Maria, com 18 meses acabados de fazer, já anda sozinha pela casa há imenso tempo. Eu estou numa divisão e ela noutra, sem stress.

Elas são muito diferentes. A Maria é muito cautelosa, experimenta muito antes de arriscar e mexe-se com 1000 cuidados.

A Lara é uma aventureira. Começou a andar muito cedo e a trepar a tudo o que podia, a dar cambalhotas, saltos, a empoleirar-se nos móveis e em tudo o que apanhasse à frente. E eu sempre atrás dela a tentar evitar as quedas.

Uma vez fui até ao recreio da escola dela e fiquei chocada com a forma como ela se pendurava em brinquedos que me pareceram muito exdrúxulos (provavelmente nem eram assim tanto). Depois percebi que ela estava muito à vontade ali e que se estava a divertir. Claro que saí da escola cheia de nervos. :)

De modo que, aos 3 anos e meio, está mais do que na hora de dar mais independência à minha filha mais velha e mostrar-lhe que confio nela e nas suas capacidades.

Quero dizer que sim sempre que ela quiser ajudar, deixa-la comer sem babete mesmo que se suje um pouco, tenho que a deixar lavar os dentes, cozinhar algumas coisas e fazer uma série de coisas que não a deixo fazer por achar que é "muito pequena ainda".

Claro que tudo o que for despropositado e um risco para a sua segurança não faz parte desta resolução mas certamente que existem muitas possibilidades de independência e responsabilidade que tenho negado à Lara.

Umas das coisas que mais me custa é deixar que ela coma apenas o que lhe apetece. Sei que se insistir ou lhe der à boca ela come tudo. Mas tenho feito um esforço para não a obrigar a comer e ela chega a ir dormir apenas com umas colheres de sopa. Confesso que me custa muito.

Por outro lado respeito a opinião dela em relação à roupa, em relação às atividades que quer fazer, aos desenhos animados que quer ver (dentro de uma seleção feita por nós), aos livros que quer trazer da biblioteca, entre outras coisas.

Foi ela que decidiu largar a chucha, decidiu largar a fralda de noite e depois quis colocar de novo e nós assentimos. Peço-lhe a opinião em relação a muitas coisas e torno-a parte das decisões do dia a dia da casa e da nossa rotina.

Mas sei que ainda tenho que melhorar muito na cedência de autonomia. Aos poucos, devagarinho, vou chegando lá.

Ontem, a Lara chegou a casa e quis despir a roupa quase toda, como sempre. Desta vez deixei. Não a deixo andar descalça no inverno mas deixei-a andar de collans e uma camisolinha até ir dormir. E ela não teve frio e manteve-se sempre confortável e quentinha. 

Também não a obriguei a comer a sopa toda. Não comeu nem metade. De manhã, comeu a papa toda sozinha, num instante. 

Sei que não vai ser de um momento para o outro mas estou comprometida com isto: dar mais liberdade e autonomia às minhas filhas para fazerem aquilo que efetivamente já podem e conseguem fazer. Sempre comigo colada a elas já se sabe. :)

 

 

Qua | 03.01.18

Lara, a despertadora

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7h00 da manhã.

Ainda é de noite lá fora.

Sim, já devíamos estar a acordar mas está-se muito bem na cama com o frio que faz.


E também temos sono, muito sono.


Começo a ouvir passos rápidos e leves à volta da cama. 

Fecho mais os olhos e finjo que estou a dormir.

Ela vai para o lado da cama do pai.

"Acorda! É hora de acordar! Já é de dia."

O pai: "Ainda não é de dia."

A miúda: "É quase. Vamos acordar. É hora de acordar."

É o nosso despertador. E, pelos vistos, gosta muito da tarefa.

Ter | 02.01.18

3 sobremesas de 3 ingredientes deliciosas e saudáveis

Bolachas de banana e aveia

 

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Esta receita é perfeita.

Tem tudo o que aprecio numa receita: é saudável, rápida de fazer, simples e deliciosa.

Leva apenas aveia, banana e côco ralado.

Tão simples quanto isto:

– 3 bananas bem maduras (usei 5 dos Açores porque são pequenas)
– 150 g de flocos de aveia
– 50 g de côco ralado

Amassam-se as bananas com um garfo e coloca-se numa taça grande.
Junta-se a aveia e o côco e envolve-se bem.
Fazem-se pequenas bolinhas com a massa e coloca-se num tabuleiro com papel vegetal. Achatam-se as bolinhas para ficarem com o formato de bolachas.

Vai ao forno pre aquecido a 180º durante uns 15 minutos.

Eu deixei-as mesmo só os 15 minutos e ficaram molinhas por dentro, como eu gosto.


Folhado de pêra e canela

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- massa folhada
- 4 pêras grandes e bem maduras
- canela em pó


Preencher um quadrado de massa folhada com pedaços de pêra polvilhados de canela.
Enrolar.
Levar uns minutos ao forno. E voilá.
Fica uma delícia!

Eu optei por enrolar no formato de torta e acabei por fazer um folhado comprido.
Deixei foi tempo a mais no forno e ficou demasiado dourado (ou castanhinho vá).
Basta deixar uns 10 minutos – dependendo do forno – mas o melhor mesmo é ir vigiando sempre para não deixar queimar.

Ficou delicioso!


Mousse de chocolate sem açúcar

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- 2 abacates
- 2 colheres de sopa (rasas) de mel
- 2 colheres de sopa (bem cheias) de cacao

Misturar tudo com liquidificador ou varinha mágica (usei varinha mágica) até ficar com a consistência de mousse.

Ficou uma maravilha! Um espanto de tão boa que estava.

Posso-vos dizer que foi a primeira vez que consegui usar o abacate, com sucesso, numa receita.

Nota: Por causa do mel, será melhor dar apenas a crianças a partir dos 2 anos  ou de acordo com indicações do médico assistemnte ou pediatra.

Seg | 01.01.18

Maria #9

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A última obsessão da Maria são lápis de cor e lápis de cera. Chama-os de "Pá". Deu-lhes este carinhoso nome e recusa-se a usar a palavra lápis para se referir a eles.

Por mim tudo bem. Aceito esta teimosia.
Digo que é teimosia porque ela diz quase tudo o que ouve. Ainda não fez 18 meses e diz: elefante, macaco, colo, sentar, pintar, caminha, nariz, fralda, livro, amarelo, verde, sapato, casaco. Mas decidiu que os lápis são "Pá". 

Quando chega da escola pede os lápis, pede um livro, pede para a ajudarmos a sentar à mesa pequena e fica ali montes de tempo a rabiscar nos livros e nas folhas de pintar.

Logo de manhã, assim que acorda, é a mesma coisa. Ouvimo-la a falar no quarto e a gritar: "Pá! Pá! Pá!"

Muitas vezes fica a pintar com a Lara e, regra geral, matêm-se sem brigar um bom bocado. Depois acaba por surgir um conflito qualquer e, se a coisa não ficar resolvida a bem, os lápis fazem uma pausa durante umas horas.

Isto já dura há dias e dias e achamos muito engraçada esta fixação da Maria. Se calhar é normal mas como ela ainda nos parece tão bebé, parece-nos ainda mais cómico.

Por aí, também existe esta fixação? 
 

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