Ainda há pouco falei neste post das birras que a minha filha não fazia.
Até que teve varicela e ficou mais sensível (ainda mais do que já é) e chorava e berrava por tudo e por nada. E, como é típico (cá por casa), depois de ter estado doente durante algum tempo, espera as mesmas abébias que teve durante dias: comer na sala, comer mais coisas e menos outras, comida dada à boca, etc.
O pior tem sido a sopa. Decidiu que não gosta de sopa. E, para comer a sopa, exige que sejamos nós a dar-lhe à boca.
Por vários motivos, entre os quais a logística que implica ter dois filhos pequenos e o facto da Lara já ter 3 anos, decidimos que não vamos mais dar-lhe comida à boca.
O que tem resultado em grandes braços de ferro. E gritos da Lara.
A culpa é nossa, claramente.
O que fazemos mal:
- Implorar-lhe que coma.
- Fazer jogos e brincadeiras sem fim para que ela coma (se isso é pertinente com 12 ou 18 meses, com 3 anos já não é).
- Tirar-lhe a comida da frente e voltar atrás vezes sem conta.
- Mostrar-nos zangados e frustrados por ela não comer a sopa.
- Dizer-lhe que se não comer a sopa vai ter um castigo.
- Dizer-lhe que se comer a sopa vai ter uma recompensa.
E, sabendo que isto é errado porque o fazemos?
Bom, só posso falar por mim, mas quem é que consegue, de ânimo leve, colocar os filhos na cama sem jantar? O meu novo eu consegue. :D Que remédio.
Cansei-me de tanta luta por causa da sopa. É uma questão de cansaço e de princípio.
Então o que é que fazemos por aqui agora:
- Colocamos algo na sopa de que sabemos que a Lara gosta: massinhas de letras, quadradinhos de pão, bocadinhos de queijo ou bocadinhos de ovo.
- Colocamos a sopa à frente da Lara e não damos muita importância ao facto de ela comer ou não.
- O ideal é comermos todos juntos.
- Estipulamos uma hora para durar a refeição. Acabada essa hora, a comida é retirada da mesa (isto é o que custa mais).
- Não mostramos qualquer zanga ou frustração se a Lara não come a sopa. Simplesmente dizemos que se não comer a sopa não come mais nada, falando sempre tranquilamente e com empatia. É óbvio que a Lara tem direito a não gostar de alguma sopa ou algum ingrediente. Só insistimos nas sopas que ela já comeu e que sabemos ser do seu agrado (tanto quanto uma sopa pode ser do agrado de uma criança de 3 anos).
- Se ela não comer, concluímos que é porque não tem fome e, à hora estipulada, retiramos a comida da mesa, mesmo que ela chore e grite que tem fome (o que acontece cá por casa, acreditem).
Ainda estamos no processo inicial de aplicação destes princípios mas acredito firmente que é isto que vai resultar.
No início custava-me sobretudo vê-la a gritar que tinha fome, depois de eu lhe tirar e devolver a sopa 10 vezes e ela não fazer mais que abraçar o prato, enfiar as mãos lá dentro ou fazer outra brincadeira qualquer que nada tinham a ver com fome ou vontade de comer.
Julgo que o segredo é não mostrar muita preocupação com o facto das crianças comerem ou não comerem a sopa, para não transformarmos a sopa num objeto de poder. Eles sentem que podem atingir-nos por ali e vão utilizar isso com mestria (é o trabalho deles). :)
Creio que, se formos firmes, passados uns dias vamos ver bons resultados.
Ainda estamos no início mas posso dizer que já vi a Lara a comer a sopa maravilhosamente, sem se sujar nada e sem reclamar. Quando não quer mais diz e pronto. Sem stresses. Já sabe é que não come sobremesa se não comer a sopa toda. Aos bocadinhos havemos de chegar lá.
Hoje é dia de tag, que é como quem diz, perguntas e respostas.
Como falo bastante de comida neste blogue, achei que fazia sentido fazer um tag de compras de supermercado.
Vamos lá. :P
1- O que colocas primeiro no carrinho?
Pão, fruta e legumes. Por algum motivo é sempre por aí que começo as compras (talvez tenha a ver com a disposição de secções no supermercado).
2- Escolhes as melhores marcas ou as mais baratas?
Depende dos produtos. Por princípio compro marcas brancas mas existem produtos em que opto por uma marca específica como champôs e condicionadores, manteiga, óleo de côco, vinho, cerveja, alguns produtos de limpeza, carne, compotas e mel.
3- Preferes comprar as frutas no supermercado ou na praça?
Compro nos dois locais. Tenho os meus supermercados e frutarias preferidos e vou sempre a esses.
4- Como escolhes a carne para comprar?
Geralmente só consumimos frango e perú e compro quase sempre no mesmo supermercado, onde já sei que os produtos são de qualidade.
5- Compras alimentos congelados?
Sim. Peixe e legumes: couves de bruxelas, espinafres, feijão-verde, curgetes, bróculos, couve-flor, ervilhas. Às vezes também compro frutos vermelhos congelados porque não é fácil encontrá-los frescos.
6- Na parte de produtos de limpeza, o que costumas levar?
Lava- chão para mosaico e outro para madeiras, creme de limpeza para casa de banho, tira-gorduras, limpa-vidros, tolahitas para limpar móveis, produto para limpar o forno, detergente e amaciador para lavar roupa e um específico para roupa de bebé, sabão, detergente para lavar a loiça e lixívia.
7- Preferes supermercados grandes ou a mercearia do bairro?
Supermercados grandes para comprar tudo de uma vez.
À noite, quando vou deitar a Lara, depois de lhe ler duas histórias, costumamos inventar uma história as duas.
Minto. Ela é que conta a história toda, eu limito-me a dar as deixas e a perguntar: "E depois?"
Então a história de uma destas noites foi assim:
O chichi foi dar uma volta até à praia. Depois encontrou lá o cocó e disse-lhe: "Olá cocó, vamos passear?" O cocó disse que sim e decidiram ir passear até à sanita.
Que nas suas vidas, na vida de todas as crianças, haja sempre amor, um lar, um porto seguro na pessoas dos pais e dos amigos, que sintam sempre que são amadas, que tenham acesso à saúde, à educação e a uma vida digna.
Que tenham acesso a uma boa educação onde aprendam, também, a ser boas com todas as pessoas, a ser boas com os animais, com o planeta e sobretudo com elas próprias.
Que possam aprender o sentido da justiça, da empatia e da tolerância.
Que vivam em paz e liberdade.
Que ganhem mais gosto por se superar todos os dias, do que por superar o próximo.
Que aprendam a partilhar, não só os objetos, mas também os conhecimentos.
Primeiro que eu gaste dinheiro é preciso pensar e repensar, e planear, e precisar mesmo muito de comprar algo.
Geralmente vou fazendo listas do que preciso para a estação seguinte e aguardo por uma época de promoções para comprar.
Foi isso que fiz hoje. Aproveitei o dia da criança para comprar uma série de coisas que precisava para a Maria. Na La Redoute, apenas hoje que é o dia da criança, todas as roupinhas de criança estão a metade do preço... e ainda oferecem uma prendinha.
É aproveitar! Mas com juizinho. Comprem só aquilo de que efectivamente precisam.
Basta usarem o código 1544.
Deixo algumas sugestões para menina abaixo.
Se clicarem nas imagens vão diretamente para o site onde podem ver os preços dos artigos e muito mais artigos.
É a minha terceira de bolo de alfarroba e, de acordo com o pessoal cá de casa, a melhor.
Fiz o bolo para aproveitar 4 claras, depois de ter feito a sopa da Maria (que ainda leva apenas gemas) e acrescentei mais leite.
O resultado foi um bolo delicioso, mais enqueijadinho, e com o sabor maravilhoso de sempre!
O problema cá em casa é sempre o mesmo: o bolo não dura nada. É muito complicado parar de comer. :P
Bolo de alfarroba nº 3
4 claras 100g farinha de alfarroba 50g farinha trigo integral 2c. chá fermento 150g açúcar mascavado (daquele castanho e melado) 3 c.sopa azeite 2 c. chá canela 150ml leite
Bater as claras com o açúcar amarelo e o azeite na bimby, velocidade 6, durante 2 minutos.
Misturar a farinha de alfarroba, a farinha de trigo com o fermento e a canela e voltar a bater na bimby, velocidade 6, durante 1 minuto.
Acrescentar o leite e bater, na velocidade 6 durante 2 minutos.
Colocar o bolo numa forma de silicone (não é preciso untar).
Levar a forno pré-aquecido a 180º e deixar cozer durante cerca de 30 minutos (ir vendo se o bolo está bom com um palito porque a velocidade de cozedura depende dos fornos).