Estava no 9º ano, com os meus 13 anos, no inicio do que começava a ser a revolução da minha personalidade. Até então pouco conhecia da vida. Tinha os meus pensamentos, começava a meditar com o auxilio de livros da secção mais esotérica da biblioteca de Alpiarça e ainda não tinha travado conhecimento com o poder revolucionário da música. Já era uma inadaptada, alvo fácil das colegas que gostam de fazer terapia à custa dos outros (aka bullies) e não sabia bem o que (...)
Todos conhecem a realidade que estamos a viver. Muito se tem dito, escrito e opinado sobre a situação na Ucrânia. Felizmente, parece haver uma onda mundial de solidariedade para com este povo que nos comove, todos os dias, com a sua coragem e com a sua dignidade. Estou com eles. Choro com eles. Sou contra qualquer tipo de guerra, contra qualquer tipo de violência e de atentado à integridade física e psicológica das pessoas. Sou contra o incentivo ao ódio. Sou pela paz e (...)
Cumprimentarem-me, pelo nome, quando me cruzo com pessoas em locais fechados e estamos todos de máscara. Acho o máximo e até fico emocionada. Por vezes fico um pouco a olhar para a pessoa que me disse olá para tentar perceber quem é, mas nunca me enganei. Calculo que não seja muito difícil reconhecerem-me pelo olhos mas, mesmo assim, acho adorável que consigamos identificar as pessoas pelo jeito de andar, pelos gestos, pelo olhar e por uma série de coisas que nos diferenciam. (...)
Há uns tempos a Lara pediu-me um lápis cor de pele para pintar o desenho de uma menina num livro de colorir. Fiquei bastante surpreendida porque, tanto quanto me podia lembrar, nunca tinha ouvido tal coisa. Nem em criança, nem em adulta. Expliquei-lhe porque não era correto chamar cor de pele a um lápis. Hoje foi a vez da Maria. Pega num lápis bege e refere-se a ele como cor de pele. "Maria, esse lápis não é cor de pele." Diz ela: "Claro que é." Pego num lápis azul e (...)
Todos, sem exceção. De repente, percebemos o valor dos médicos. Mas não só. Percebemos o valor de quem transporta as mercadorias, de quem faz a reposição dos supermercados, de quem nos atende numa caixa de supermercado. Percebemos o valor dos agricultores, dos carteiros, dos estafetas, dos operários fabris, dos polícias, dos professores, dos educadores de infância, dos enfermeiros. Percebemos que, às vezes, as pessoas que lutam muito por melhores condições de trabalho (...)
Quando o Coronavirus apareceu na China (e nas notícias) comecei logo a sentir umas comichões mentais, ou não fosse eu um bom mix de paranoia com hipocondria. Quando começou a aparecer na Europa já me sentia apavorada com a ideia de que alguém perto de mim estivesse infetado sem saber. Comecei a levar isto muito a sério. Sou aquela pessoa que ouve espirrar na China e já começa a comprar anti gripais para 4 meses. Calma. Não ando a açambarcar papel higiénico e gel (...)
Há mais de 15 anos atrás, havia no grupo de pessoas com quem eu andava uma rapariga de quem eu não gostava. Os motivos eram passionais. Estão a ver não é? Eu era a forasteira do grupo e, na altura, também era um bocado ciumenta e insegura. A rapariga não era muito simpática comigo, nem eu com ela, e daí resultava uma "guerra fria" tão parva e tola como podem imaginar. Já nem me lembro bem do que pensava da rapariga mas recordo bem que não nutria por ela sentimentos de (...)
Ora muito boa tarde! O Eduardo e Maria dormem a sesta, a Lara faz atividades aqui ao meu lado, o Milton está a fazer compras e eu aproveito e tempo livre para opinar sobre as opiniões acerca da nova coleção de roupa da Zippy. Passo a contextualizar a questão: A Zippy lançou uma coleção de roupa sem género, ou seja, é para menino e menina. Diz a Zippy: "Nesta cápsula, as cores assumem total protagonismo. Cada cor procura representar uma personalidade e cada peça a (...)
Eu compro roupa como toda a gente. Eu falo de roupa neste espaço, de peças de que gosto, de peças que compro, de promoções que estão a decorrer, entre outros. Há uns anos, quando vivia em Lisboa e trabalhava no Centro Comercial Colombo, fui uma grande consumista de roupa e sapatos. Tinha acesso rápido às primeiras peças de todas as coleções e todas as semanas comprava alguma coisa. Era raro sair e não sentir uma necessidade enorme de comprar algo novo para vestir. Na (...)