Uma história de verão da minha infância e a lei da atração
A infância é acompanhada por uma crença maravilhosa de que tudo o que desejamos - brincar - é permitido e bem visto. Nenhuma criança se preocupa muito com a pertinência das suas brincadeiras e muito menos se são "bem vistas" pelas outras pessoas.
Creio que ainda sou muito infantil e claramente com 13 anos ainda acreditava que podia brincar como quisesse sem grandes constrangimentos. Não era bem assim.
Num domingo de verão eu (com cerca de 13 anos), os meus pais e a minha melhor amiga fomos passar o dia à Costa da Caparica. Eu, que adorava ir à praia mais que tudo, estava entusiasmadíssima porque levava um colchão insuflável grande em forma de tartaruga (ou de crocodilo, não me lembro) para brincar na água.
Assim que chegámos de manhã, eu e a minha amiga começámos logo a enchê-lo (à antiga, soprando para o colchão até ficarmos à beira do desmaio) e eu não via a hora de poder ir com ele para a água.
Nisto instala-se à nossa frente um grupo de jovens rapazes e raparigas muito bem parecidos (com uns 16 ou 18 anos) e repararam imediatamente na nossa atividade (não deviam ter outras coisas giras para fazer?).
Começaram imediatamente a gozar connosco e a rir-se de nós.
Claro que isso não tem importância nenhuma mas lembro-me de me ter sentido muito mal e ridícula, e ter sentido como uma bofetada mental a consciência de que já não teria idade para estar na praia a encher boias em forma de crocodilo. Pela primeira vez, percebi que não era muito pertinente para as outras pessoas duas raparigas de 13 anos brincarem com colchões de ar na praia.
Não fui capaz de continuar a encher a boia e todas as horas que íamos passar na praia, em frente àquele grupo de jovens, soou-me a tortura.
Estava eu neste sentido de humor mal amanhado quando aparece um cão enorme (tipo labrador) a correr pela praia. Àquela hora da manhã não havia muita gente na praia por isso o cão poderia correr mais ou menos livremente. O cão corre à nossa frente e passa por cima de uma das raparigas que estava do grupo de que falei, que estava a apanhar sol de costas para cima. O cão continuou a correr pela praia sem importunar mais ninguém mas parece ter magoado a rapariga porque ela estava a queixar-se e o grupo acabou por ir logo embora (talvez tenham ido ao hospital ou para casa).
Eu e a minha amiga, como num filme, ficamos incrédulas e meio aparvalhadas a olhar para aquilo. Nem sequer estávamos contentes (lamentamos pela rapariga, apesar dela ter gozado connosco não lhe desejámos nunca mal nenhum), estavamos simplesmente atordoadas de espanto.
Creio que voltámos a encher a boia, divertimos-nos muito com ela e não me lembro de mais alguém se ter metido connosco. Também não estava na disposição de reparar nisso, queria era divertir-me na praia, como a criança que ainda era.
Hoje já não encho boias em forma de crocodilo na praia mas em breve voltarei a fazê-lo com os meus filhos. Espero conseguir ensinar-lhes a divertirem-se, respeitando sempre os outros, mas relevando para último plano as opiniões alheias sobre a forma como se devem ou não divertir.
Hoje já me preocupo mais com os meus comportamentos e com os apetrechos com que me apresento na praia, inclusive o que visto. Se tiver que levar boias para a praia levo na mesma mas é bem claro que me interesso mais por levar uma indumentária gira e umas cervejas frescas para a areia do que uma boia XXL.
Não o faço pelos outros, faço-o por mim porque gosto de me sentir bem e bonita. Gosto de biquínis simples e com modelos que me favoreçam (sendo que tenho o peito pequeno). Tenho alguns biquínis mas uso essencialmente dois, com modelos como estes aqui em baixo. Na minha opinião são mesmo muito giros e ficam muito bem a quem tem peito pequeno. Os que tenho também são em preto e azul (as minhas cores preferidas para biquínis).
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