Uma família de cinco num momento ternurento antes de dormir
Eram 10 horas da noite, e estávamos todos cansados e prontos para dormir.
Como de costume, a disposição pelas camas era variada. Desta vez, a Lara estava na sua cama, já a dormir após um dia cheio com escola, atividades e karaté. A Maria, na sua cama, ainda acordada. Eu e o Milton estávamos na nossa cama, com o Eduardo, que, aos 6 anos, ainda não adormece sozinho.
A certa altura, o Eduardo começou a contar-me que tinha tido uma briga com um menino dois anos mais velho.
Disse ele:
"Ele deu-me um pontapé nas partes íntimas."
Respondi:
"É preciso ter cuidado, Eduardo. Não deves brigar com outros meninos, nem mesmo de brincadeira. E lembra-te de proteger sempre as tuas partes íntimas, que são muito sensíveis."
Ele, agora mais preocupado, perguntou:
"E agora? Será que as minhas bolas vão ficar bem?"
O pai, quase a dormir e com vontade de encerrar a conversa, respondeu:
"Olha, Eduardo, sabes o que faz com que as bolas fiquem sempre fortes? Dormir."
Nesse momento, a Maria apareceu, saltou para a cama e aconchegou-se ao lado do pai, querendo ficar connosco por mais um bocadinho.
O Eduardo, alarmado, virou-se para ela e exclamou:
"Maria, tens de sair da cama! O pai precisa dormir melhor porque anda a dormir pouco, e assim as bolas dele ficam muito fracas. Vai para a tua cama, senão vais fazer com que as bolas do pai fiquem ainda mais fracas!"