Um pensamento para partilhar com todas as mães de hoje
Tenho três filhos com idades próximas. Não passa um dia sem que eu pense que poderia e deveria ser uma mãe melhor e uma pessoa melhor.
Deveria gritar menos, ser menos controladora, dar-lhes mais doces, brincar mais com eles, ensiná-los mais coisas, estar mais bem-disposta, mais bonita, mais penteada. Deveria esforçar-me mais para cozinhar melhor, tirar melhor as nódoas das t-shirts brancas, lembrar-me sempre do protetor solar e deixá-los arriscar mais…
Mas, às vezes, opto por me lembrar de outras coisas:
- Quando quero comprar algo para mim, acabo por comprar algo para eles na maioria das vezes.
- Digo-lhes o quanto gosto deles e o quanto são importantes, praticamente todos os dias.
- Dou-lhes beijos e abraços sempre que posso.
- Durmo toda torcida muitas vezes, mas nunca os mando para a cama deles quando têm pesadelos.
- Sei do que cada um gosta, mesmo que às vezes me esqueça de quem pediu um copo de água e acabe por dar ao outro.
- Obrigo-os a arrumar a roupa e a fazer as camas, mesmo quando seria muito mais fácil, rápido e tranquilo eu mesma fazer isso.
- Peço-lhes desculpa quando erro.
- Reconheço que são melhores do que eu em muitas coisas e me orgulho muito disso.
- Ensino-lhes a nunca maltratar ninguém, mas junto com o pai faço tudo o que puder para impedi-los de serem maltratados.
- Ensino-os a lidar com as diferenças, sendo acolhedores com todos e abraçando as suas próprias diferenças.
- Ensino que, às vezes, mesmo que todas as pessoas ajam de certa forma, isso não torna essa atitude correta.
- Ensino-os a lidar com situações em que são chamados de pobres por não terem telemóvel, ou quando dizem que os lanches não são bons ou riem-se deles por lavarem os dentes. Não tenho medo da diferença e tento educar os meus filhos para terem a mesma atitude.
Há dias em que, em vez de abraçar a culpa e focar nos meus erros, opto por valorizar o meu esforço e trato-me como trataria uma amiga.
É algo a experimentar fazer com mais frequência.