Tomate-de-capucho da nossa horta
Physalis peruviana, ou tomate-de-capucho, é o nome da cultura mais produtiva da nossa horta.
No supermercado, custa, no mínimo, cerca de 17 euros por quilo, o que me deixa ainda mais satisfeita com o meu quintal — e com o amigo que, muito gentilmente, nos ofereceu plantas de Physalis.
A Lara é a maior fã deste fruto, mas eu também o como com entusiasmo.
Plantar, no entanto, não foi tarefa fácil. Na minha ingénua pretensão de agricultora, acreditava que cultivar um alimento era pouco mais do que o colocar na terra e regá-lo de vez em quando. Mas não.
Pelo que fui percebendo, é necessário um solo adequado, a quantidade certa de água, sol e sombra nas doses certas, e podar regularmente as folhas mais rebeldes. Para além disso, é essencial proteger as plantas de todos os tipos de predadores, desde pássaros a lagartas.
Não é, de todo, fácil.
A nossa primeira tentativa de fazer o Physalis prosperar foi aniquilada por um engano. O Milton, ao arrancar as ervas do quintal, confundiu a planta com uma erva daninha e arrancou-a.
A Lara ficou inconsolável, mas o nosso amigo, num gesto de gentileza, trouxe-nos mais duas plantas.
Plantei-as num local que me parecia apropriado, mas, curiosamente, uma das plantas crescia a olhos vistos, enquanto a outra não passava dos 15 centímetros.
Decidi mudar as plantas de sítio. Infelizmente, a maior não resistiu e, um dia, encontrei-a completamente murcha, como se tivesse desmaiado sobre a terra. Não houve salvação.
Sobrou a mais pequena, que então já tinha 20 centímetros. Ao ver-se sozinha num grande bocado de terra, começou a prosperar. Hoje, é uma planta robusta, com cerca de um metro de altura e largura, que todos os dias oferece frutos que a Lara se habituou a colher e saborear todas as manhãs.
Este arbusto dá-me uma alegria imensa. É uma planta de personalidade forte, que precisa de espaço para se expandir. Decidimos não plantar mais nada por perto, para que possa crescer à vontade e, quem sabe, reproduzir-se.
Para já, é a rainha da horta.