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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 17.06.25

Pequena reflexão sobre manifestações da natureza

Purpurina
Cresci sem outras crianças por perto, mas rodeada de campo, flores, uma horta grande e até um pequeno pomar. Passava muito tempo a observar as flores e as suas alterações ao longo do dia, das semanas e dos meses. Observava, intrigada, as que se abriam de dia e se fechavam durante a noite. Gostava de ver os botões a dar origem a flores de todas as cores. Adorava o cheiro das cravinas e das rosas, mas encontrava no perfume dos junquilhos amarelos e brancos uma magia transcendente. À (...)
Qui | 29.05.25

As cores das minhas memórias

Purpurina
A minha mente está constantemente povoada por uma série de narrativas, mais ou menos com vida própria. Às vezes, paro um pouco para as analisar e refletir sobre as memórias mais vívidas que tenho. Sabem, aquelas que nos permitem sentir o perfume dos sítios, a textura dos tecidos e até o calor de um dia de sol. Sinto que não tenho escolha quanto a estes pensamentos, mas a verdade é que — tenha ou não escolha — gosto deles. Habituei-me a eles e, se não os posso evitar, (...)
Sex | 02.05.25

Um livro - O melhor presente de todos

Purpurina
Lembro-me bem do primeiro livro que me ofereceram: “A Bela Adormecida”. Acho que já não tenho esse livro, mas lembro-me muito bem da sensação que foi tê-lo nas mãos, de como o achava bonito, especial e perfeito. Ter um livro só meu, comprado para mim, que podia ler e reler sempre que me apetecesse, foi uma sensação mesmo especial. Já não me lembro quantos anos tinha quando mo ofereceram — foi um tio de quem gostava muito que mo deu — mas creio que uns 9 anos. Durante (...)
Seg | 14.04.25

Sobre estes dias que voam...

Purpurina
Lembro-me bem de ter 5 anos. Lembro-me de ter a cabeça cheia de dúvidas existenciais, questões filosóficas tão grandes e abrangentes que ainda hoje vivem na minha mente. Curiosamente, o Eduardo, agora com 6 anos, parece ser o meu filho que herdou essa veia filosófica da mãe. Entre as suas muitas perguntas de caráter mais prático, como: “Como é que os peixes respiram?” ou “Como é que vou ganhar dinheiro quando for crescido?”, surgem outras como: “Existe um espírito no (...)
Seg | 31.03.25

Um momento muito especial de uma viagem a Paris

Purpurina
  No dia 7 de dezembro de 2001, eu fazia 20 anos, e o filme Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain estreava em Portugal. Com 20 anos, passava por uma fase estranha da minha vida. Não lhe chamaria uma adolescência tardia, mas antes uma entrada na idade adulta confusa e vazia de objetivos. Estudava Comunicação Social em Santarém, num curso de que gostava, mas que não me entusiasmava especialmente. Não tinha ninguém especial na minha vida além da minha melhor amiga, que sempre foi (...)
Ter | 25.03.25

Tesouros dos anos 90: as danças de salão

Purpurina
Tinha 13 anos - e uma disposição muito alegre, como se pode ver na foto-  quando decidi, com uma amiga, experimentar danças de salão. Olhando para trás, não sei bem se gostava ou não das aulas. Acho que, mais do que entusiasmo, era uma forma de ocupar o tempo para além da escola. Talvez já naquela altura tivesse a tendência de me colocar em situações desconfortáveis só para testar os meus próprios limites emocionais. A verdade é que não me identificava com os outros (...)
Ter | 18.02.25

Memórias de infância: A minha ama

Purpurina
Quando era pequena, antes de entrar para a escola primária, tinha uma “ama”, que era, na verdade, uma vizinha que não trabalhava e tomava conta da sua neta, que tinha a mesma idade que eu. Quando me lembrava dela, costumava pensar que não era muito simpática, porque ajudava a neta a ganhar-me em jogos de cartas e, em conversa com outras vizinhas, comentava — mesmo à minha frente — que eu era uma “Maria Rapaz”: muito irrequieta e sempre toda suja de andar a trepar árvores (...)