Uma das coisas que mais apreciava em Lisboa era o conforto que sentia entre desconhecidos. Sabem aquela expressão que se usa para descrever um sentimento de tristeza profunda que é estar só no meio de uma grande família ou de muitos conhecidos? Em Lisboa, eu sentia o oposto disso. Sentia-me muito confortável entre desconhecidos. Sentia isso ao percorrer a Avenida São Jorge Sozinha, ao ir ao cinema, ao passar a noite no apartamento que dividia com raparigas de quem nem me lembro o nome. Nin (...)
Foto daqui. Escrever, seja o que for, sobre a revolução de 25 de abril é, para mim, muito difícil. Sinto que tenho muito pouca autoridade para falar sobre uma data tão importante para Portugal e para a vida de todos os portugueses. Nasci depois do 25 de abril e se tive uma vida mais fácil e leve foi, com certeza, porque esse dia existiu. E ter uma vida leve, alegre e feliz pode (...)
(Imagem daqui) Por muitas razões. Tantas que seria preciso muito mais do que umas dezenas de linhas para as descrever de forma resumida. Por isso vou falar apenas de uma delas, a que a minha família, igual a tantas outras, viveu. Nasci depois do 25 de abril. Nunca me faltou comida, acesso à saúde e à educação. Estudei em escolas públicas (...)
Os meus filhos gostam muito de manteiga de amendoim. Eu também. E, aqueles frascos enormes de manteiga de amendoim da Prozis são muito práticos para nós. Ainda por cima a manteiga de amendoim é saborosa. Se concordo com a posição do dono da Prozis sobre o aborto? Não. Não penso como ele. Não concordo com o que ele diz. Todavia, acho que ele tem o direito de o dizer. Sou pela liberdade de expressão, com as devidas exceções. O Miguel Milhão não deve dizer que viu alguém (...)
Como é que eu posso começar isto? Nem sei. Bom... posso começar por dizer que, se fosse bater em todas as pessoas que oiço dizerem coisas escusadas, levava uma boa parte do dia nisso. Ou, pelo menos, a parte do dia em que não estivesse a esquivar-me de algumas bofetadas dirigidas à minha face. O que vi ontem a acontecer foi algo que considero absurdo. Vi um homem que trabalha com o humor, essa argamassa tão complexa e subjetiva, dar uma bofetada a um colega, que estava no (...)