Demorei meses a ler Anna Karenina. Não por falta de interesse—pelo contrário. Mas tenho o hábito de ler vários livros ao mesmo tempo, e este, com a sua densidade e profundidade, exigia outro tipo de atenção. Não era um livro para ser devorado, mas para ser vivido, absorvido, sentido. Havia páginas que me obrigavam a parar, refletir, voltar atrás e reler um parágrafo que, com uma simplicidade enganadora, desmontava a complexidade da alma humana. Se Tolstói tem um talento (...)
Primeiro veio a música - Elephant Gun, de Beirut -, por sugestão do Youtube. Andava a ouvir "Beach House" há dias, ou semanas, e Beirut aparecia sempre nas sugestões. Um dia ouvi. Elephant Gun, uma das primeiras. Depois East Harlem, Postcards from Italy e outras. Como é meu hábito quando oiço músicas de que gosto, fui procurar a descrição de emoções semelhantes às minhas nos comentários do Youtube. Foi aqui que encontrei Capitu, a série que tem Elephant Gun na banda sonora. Depois de Capitu foi fácil chegar ao livro de Machado de Assis: