Como começar a falar do livro Tudo É Rio, da brasileira Carla Madeira? Li o livro em três dias, mas poderia tê-lo lido facilmente em meia dúzia de horas. O livro espantou-me, intrigou-me, e depois puxou-me para dentro daquela realidade de uma forma incontornável. Peguei no livro por acaso. Estava a "fazer zapping" nos livros que tenho no Kobo e parei neste, que já tinha visto aqui e ali pelas redes sociais. Se soubesse dos temas que ali encontraria, não o teria lido. Não teria (...)
No dia 7 de dezembro de 2001, eu fazia 20 anos, e o filme Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain estreava em Portugal. Com 20 anos, passava por uma fase estranha da minha vida. Não lhe chamaria uma adolescência tardia, mas antes uma entrada na idade adulta confusa e vazia de objetivos. Estudava Comunicação Social em Santarém, num curso de que gostava, mas que não me entusiasmava especialmente. Não tinha ninguém especial na minha vida além da minha melhor amiga, que sempre foi (...)
A minha avó paterna foi a única pessoa minimalista que conheci antes de saber o que significava a palavra "minimalismo". Ela vivia de forma tranquila e calma, possuindo muito poucas coisas. Valorizava imenso tudo o que tinha e, quando me oferecia algo, era sempre especial. Hoje, ao procurar ter cada vez menos coisas, percebo como, para além das redes sociais e de toda a informação que procuro na internet, a minha avó foi uma grande influência positiva na minha vida. Atualmente, (...)
A Lara e a Maria têm frequentado um curso de pintura nas férias. O atelier ficava perto do nosso apartamento, e a Lara, que sempre gostou de pintar e desenhar, começou a ir ao curso durante as férias de verão. Mais tarde, a Maria juntou-se a ela, e este ano, a Maria já foi sozinha. Do curso, resultam sempre cerca de quatro quadros feitos pelas miúdas e, entre oferecer aos avós e a amigos, os quadros começaram a acumular-se cá em casa. Até que um dia, duas talentosas designers, (...)
Quando está sem saber o que fazer, num intervalo entre uma brincadeira e outra, a Lara começa a construir todo o tipo de coisas. Já perdi a conta de tudo o que ela tem criado, mas, de vez em quando, lembro-me de fotografar as suas obras, para que possamos recordá-las mais tarde. Este bichinho, segundo as palavras da Lara, serve para fazer companhia quando nos sentimos sozinhos e para apertarmos. Ela fez o bichinho ontem, mas hoje acrescentou-lhe uma varinha mágica, feita com um (...)
Este ano, a Maria participou pela segunda vez num curso de pintura. Foram 10 manhãs de agosto, muita tinta espalhada e 5 quadros incríveis. O melhor de tudo foi ver como ela se entusiasmu para o curso, mesmo sem a irmã Lara por perto. Para uma menina tão ansiosa, essa coragem foi uma grande vitória! O curso foi uma experiência fantástica para a Maria, assim como já tinha sido para a Lara em anos anteriores. Este ano, a Lara escolheu um campo de férias que adora, por isso (...)
Gosto de arte. Não sou grande conhecedora. Sou uma apreciadora, modesta, de coisas bonitas, bem-feitas e capazes de mexer com as emoções. A minha forma de arte preferida é a música, seguida pelo cinema e depois pela literatura. Gosto de todas as outras, mas um bocadinho menos. Vou classificando estas coisas de acordo com a forma mais ou menos intensa de mexerem com a minha mente e as minhas emoções. Também gosto de séries, mais para entreter. Dentro das séries, a minha (...)
A Lara está sempre a fazer coisas para nos oferecer. No outro dia ofereceu-me um pinguim de papel, uma espécie de origami matrioska de onde iam saindo pinguins de papel mais pequenos. Acho incrível como uma miúda de 8 anos tem a capacidade de nos fazer tão felizes!
O Milton já queria inscrever a Lara num Workshop de pintura lecionado pelo Martim Cymbron há 2 anos. O workshop era para crianças maiores por isso não foi nesse ano. Inscrevemo-la nas últimas férias de Páscoa. A Lara sempre gostou muito de pintar e desenhar, e está sempre a inventar coisas. Copia os quadros que temos cá em casa e, no nosso olhar muito pouco objetivo de pais, achamos que o faz (...)