Lembro-me bem de ter 5 anos. Lembro-me de ter a cabeça cheia de dúvidas existenciais, questões filosóficas tão grandes e abrangentes que ainda hoje vivem na minha mente. Curiosamente, o Eduardo, agora com 6 anos, parece ser o meu filho que herdou essa veia filosófica da mãe. Entre as suas muitas perguntas de caráter mais prático, como: “Como é que os peixes respiram?” ou “Como é que vou ganhar dinheiro quando for crescido?”, surgem outras como: “Existe um espírito no (...)
Tinha 13 anos - e uma disposição muito alegre, como se pode ver na foto- quando decidi, com uma amiga, experimentar danças de salão. Olhando para trás, não sei bem se gostava ou não das aulas. Acho que, mais do que entusiasmo, era uma forma de ocupar o tempo para além da escola. Talvez já naquela altura tivesse a tendência de me colocar em situações desconfortáveis só para testar os meus próprios limites emocionais. A verdade é que não me identificava com os outros (...)
Estávamos os três na cozinha: eu, o Eduardo e a Lara. Tinha acabado de estudar com a Lara sobre a formação de Portugal, quando o Eduardo, curioso como sempre, fez uma pergunta qualquer. Respondi sem pensar muito: — Eduardo, Portugal existe porque D. Afonso Henriques brigou com a mãe. Ele franziu a testa, pensou um pouco e, com toda a seriedade, concluiu: — Então isso quer dizer que foram os dois para o gabinete. Claramente estava a lembrar-se do que acontece na escola quando (...)
Tenho um problema de foco desde que me conheço. Se algum assunto não me interessa especialmente ou se estou mesmo aborrecida com alguma situação ou conversa, os meus olhos simplesmente começam a desfocar. E a mente também. Lembro-me, quando era criança, de sentir dificuldade em voltar a focar os olhos quando estavam a falar comigo. Era um esforço físico. A minha mente está sempre em forte atividade e salta de um assunto para outro de uma forma caótica. Perante uma situação (...)
As novas tecnologias e a Internet têm sido fundamentais para a minha felicidade. Utilizo quase tudo, exceto os shorts e o TikTok, para me manter organizada, monitorizar a minha saúde com uma pulseira e procurar receitas e dicas de organização. Além disso, aprendo diariamente através de podcasts. A Internet encurta distâncias e abre um mundo de possibilidades infinitas, e eu adoro isso. No entanto, não deixo os meus filhos usarem a Internet sem uma supervisão rigorosa. Atualmente, (...)