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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 17.04.25

Sou mãe de uma pré-adolescente

A Lara tem 11 anos. Em teoria, acho que sou mãe de uma pré-adolescente há dois anos, mas nunca o notei.

A Lara, para mim, é ainda uma criança. É assim que a vejo e é assim que ela se vê. Parece-me pouco interessada na adolescência e em crescer, assumindo as mudanças que se avizinham com uma resignação despreocupada — típica da sua personalidade.

Continua a dar-se muito bem com meninos mais novos do que ela e a gostar, acima de tudo, de brincar, criar coisas e divertir-se.

Sendo que, com 15 anos, eu ainda brincava com bonecas, estou perfeitamente bem com esta postura da Lara.

A única preocupação que ela já demonstrou é com o facto de ter de deixar de brincar. Disse-lhe que pode brincar toda a vida — há muita gente assim — e que essa é uma forma de estar na vida tão boa como qualquer outra.

Na verdade, alegra-me que ela consiga manter sempre a leveza e a alegria que a caracterizam. A única coisa que temos de praticar mais é a disciplina para estudar. Pela Lara, a vida seria só brincadeira e diversão.

Neste momento, está de um lado para o outro, a construir um relógio do Super Mario em papel, animadíssima e a saltar pela casa.

Converso muito com ela sempre que vejo oportunidade. Vou-lhe explicando que devemos cuidar bem de nós, sem deixarmos de olhar para o lado e de ter sensibilidade para os sentimentos dos outros. Acho que tento ensinar-lhe coisas que eu própria ainda ando a aprender — mas que acredito que a vão ajudar a crescer de forma mais saudável, mental e socialmente.

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Sinto que tenho de começar a ler mais sobre a adolescência, porque os desafios de hoje são bem diferentes dos desafios dos anos 90, quando eu era adolescente.

Por outro lado, não quero ter medo desta fase. A adolescência é uma fase maravilhosa de descoberta e crescimento — é quando começamos a perceber-nos como pessoas, a descobrir quem somos. Para mim, foi uma fase maravilhosa, apesar dos muitos desafios que tive.

A adolescência pode — e deve — ser uma fase muito feliz. E, no que depender de mim, pelo menos as explicações teóricas, a Lara vai tê-las todas.

E por aí? Alguém nessa fase?