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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 27.02.16

Socorro! A minha família não dorme há duas semanas!

birras

 

Ok. Não é que não durma nada nada. Dormimos uma hora seguida de vez em quando e, nos melhores dias, umas três horas seguidas.

 

O que se passa é que a minha filha esteve doente, o que origina noites em que acorda 10 vezes e em que ficamos com ela, a embalá-la, a dormir com ela e a fazer 30 por uma linha para ela se acalmar.

 

Resultado disso: vícios quase irreparáveis. Mesmo quando já não está doente, acorda várias vezes durante a noite, à espera dos mimos e da atenção que lhe damos quando está doente.

 

O cenário é mais ou menos o seguinte: ela acorda a chorar, um de nós vai ter com ela, tenta acalmá-la, embala-a, abraça-a, às vezes dá-lhe leite, bolachas, volta a embalá-la, reza para ela dormir, e acaba por deitar-se ao lado dela até ela adormecer, o que não acontece sem muita contestação e tentativa de se levantar.

 

Temos a certeza que ela não tem dores e que está mesmo só a fazer birra para não dormir. Se lhe desviamos a atenção, de repente, para qualquer coisa o berreiro pára tão rapidamente como começa. Quando a tentamos deitar novamente manda-se para trás, esperneia e grita a plenos pulmões como se quisesse mandar a casa abaixo.Estamos nisto há duas semanas: a acordar às 2h00, 3h00, 4h00, 5h00, 6h00…

 

Hoje tentei uma técnica diferente. Deixá-la chorar mas não a deixar sair da cama, não a embalar e não me deitar ao lado dela.Lamento muito pelos ouvidos dos vizinhos mas é pelo melhor de todos, da Lara, dos pais e também dos vizinhos que, a médio prazo poderão ter noites mais descansadas.

 

O procedimento é o seguinte: a Lara acorda, vou até ao quarto e falo com ela, faço-lhe festinhas e tento que volte a deitar-se. Ela grita e esperneia e eu não a deixo sair da cama. Digo-lhe que se está aborrecida pode exprimir-se, pode chorar, no entanto vai ter que dormir na mesma, porque ainda é de noite e ela precisa de descansar, assim como os pais, cada um na sua cama.

 

Ela continua a chorar até parar. Volto a deitá-la. Eventualmente tira o edredão de cima de si, senta-se na cama e recomeça a chorar. Digo-lhe a mesma conversa. As vezes que for preciso.

 

Da última vez ela deitou-se, agarrou no coelhinho e até puxou o edredão para cima de si. Eu fiquei sentada ao lado da cama (não na cama) até sentir a sua respiração regular e poder sair do quarto.Creio que estou a chegar a um método mais ou menos acertado. O tempo o dirá.

 

Neste momento considero importante criar condições para que a minha filha perceba que as birras não a levam a lado nenhum e que é importante adormecer sozinha, sem a embalarmos e sem estarmos na cama com ela. Ela já tem quase dois anos e dentro de alguns meses teremos mais um bebé em casa. Temos mesmo que trabalhar na independência dela quanto antes.

 

A Lara acabou por acordar uma ou duas horas depois e o pai foi lá e deitou-se ao lado dela (não tive tempo de lhe explicar a minha nova técnica).

 

Hoje teremos uma conversa e vamos (espero eu) alinhar o nosso comportamento quando ela acordar a meio da noite.

 

Vou-vos mantendo ao corrente das evoluções mas estou confiante.

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