Preciso mesmo de descontrair um bocado... ou de desabafar
Nesta fase de regresso às aulas tenho lido imensos relatos de mães que se encontram de coração apertado com o regresso dos filhos às escolas ou com a ida pela primeira vez para a creche.Comecei logo a sentir-me um ET, até que li este magnífico texto.
Afinal não deveria ser a única que ficava feliz com o regresso às aulas.Não me interpretem mal. A maior parte das vezes em que fico mais tempo com a Lara, a minha filha de 2 anos, custa-me imenso ver chegar a segunda-feira e saber que já não vou passar tantas horas com ela.
E, se por algum motivo a deixasse na creche e ela estivesse a chorar copiosamente, eu não conseguia deixá-la lá se tivesse essa opção, não sem desatar a chorar também. Quem é que consegue?Felizmente ela adora a creche. Diverte-se muito lá e eu sei que está muito bem entregue. E eu sou daquelas mães bem chatas com essas coisas... Ela chega a mandar-se para os braços de algumas auxiliares e educadoras. Sei perfeitamente de quem é que a Lara gosta mais e com quem não tem tanta empatia. Sei, sobretudo, que ela está feliz.
O que se passa é que tenho andado cheia de stress... Para além de ter ficado alguns dias sozinha com as duas (o que nem é assim tão difícil) tenho querido fazer uma série de coisas que acabo por não conseguir fazer... o que me deixa muito frustrada. Isso deve passar de alguma forma para as miúdas e acabamos todos cheios de nervos cá em casa.Sinto, sobretudo, que grito mais, que tenho menos paciência, que estou mais intolerante.Depois fico a sentir-me péssima por não estar a ser uma mãe tão maravilhosa como gostava de ser. O que também é parvo.
A Lara é teimosa, testa-nos todos os dias, estica a corda constantemente. É o trabalho dela, é normal. É normal que não fique quieta só porque eu lhe digo.
Mas, nos últimos dias fico mais nervosa quando ela bate com a cabeça no chão durante uma brincadeira, quando ela tropeça, quando entorna (quase todos os dias) o leite ou o batido de fruta em cima de si (depois de eu lhe dizer várias vezes para não brincar com a comida), quando arranca as mantas do sofá para fazer uma tenda, quando insiste em fazer tudo sozinha e demoramos horas a sair de casa, quando não percebemos bem o que ela quer e ela desata numa gritaria e choradeira de partir vidros e esmigalhar nervos alheios...
Dou por mim sem saber bem o que fazer e a questionar a minha eficácia como educadora. Enfim... Deve ser uma fase passageira.O facto é que, quando estou mais descontraída tudo corre melhor.
Às vezes conseguimos sair com as duas sem qualquer stress ou problema de maior ou conseguimos passar dias inteiros sem uma única birra da Lara. A Maria, felizmente, está sempre na maior. Se tiver colinho e mama à vontade, nem damos por ela.
O problema é que ela gosta muito de silêncio e calmaria e, enquanto a irmã está por perto, não consegue dormir. Elas são tão diferentes que chega a ser divertido observá-las. São praticamente o oposto. E gosto muito que seja assim. :P
Isto para dizer que a calma é tudo. Se conseguir manter a calma tudo se resolve melhor e mais rapidamente.
A praia como terapia
No fim de semana passado, não conseguimos fazer as coisas como tinhamos planeado: queríamos ir à praia com a Lara durante a manhã, deixando a Maria com a avó.Acontece que tive que fazer as análises para a avaliar a minha intolerância à glicose (que levaram 2 h30 a fazer e já chegaríamos à praia pelas 11h30... Fomos na mesma. Não esperámos que se reunissem as condições perfeitas e fizemos o melhor com o que tinhamos. E foi muito bom.
Foi a primeira vez este ano que consegui estar na praia mais do que 5 minutos. Dei alguns mergulhos e não me importei com os quilos a mais, nem com a areia, nem com nada que não fosse passar um momentos bem agradáveis com o Milton e a Lara.
Como estava na hora de mais calor, estivemos quase sempre debaixo de chapéu e com muito protetor. Só saíamos para ir a banhos. mesmo assim foi fantástico!Eu e a Lara brincámos muito na areia e na água, o pai teve oportunidade de beber uma cerveja na esplanada e, pelas 2h00 fomos todos almoçar com direito a vista para o mar.
Antes disso, ainda consegui tomar um banhinho com a Lara nos balneários. Com água fria. Foi uma aventura mas conseguimos. :PPreciso é de descontrair... um bom bocado. Sem recorrer a xanax de preferência.
Parece que estamos a tentar saltar por cima das ondas sem tocas na água. :D Ainda por cima tenho uma "boia natural" à volta da cintura.
O meu almoço: wrap de frango. Estava razoável.
O pai a mostrar à Lara o doidoi que fez na língua.