Os animais da quinta são mesmo nossos amigos
Cresci com mais animais do que pessoas à minha volta.
A minha avó, com quem fui criada, tinha galinhas e coelhos. Chegámos a ter patos porque eu pedi num dia em que fomos à feira de Almeirim. Os meus vizinhos criavam porcos, ovelhas, cabras, galinhas e pombos. Os meus avós de Ansião tinham muitas cabrinhas.
Eu dava nome às galinhas e andava com os coelhos pequenos ao colo como se fossem gatos.
Adorava os animais!
Às vezes tinha gatos, quando aparecia algum sem dono, pelo quintal. Lembro-me de seguir os gatos pelo quintal, escondida atrás de barracões, a brincar aos "detetives".
Sofria imenso quando os coelhos eram transformados em "almoço ou jantar", mesmo que tivesse crescido com essa realidade, e recusava-me a comer os meus amigos mais chegados. Até hoje não consigo comer coelhos.
Quando fomos visitar a "Quinta da Paródia", pude ver os meus filhos a experienciarem um pouco do que eu tive a sorte de experienciar em criança.
Alimentaram as galinhas e as cabrinhas, deram biberão às cabrinhas bebés e até andaram com galinhas ao colo. Fizeram festinhas em coelhinhos, póneis e ovelhas. Fizeram amizade com um cão amoroso e foi difícil tirá-los da quinta. Por eles, ficavam por ali o dia todo e mais ainda. Não admira, até eu ficava.
No fim, puderam brincar com tratores pequenos e saltar em trampolins e a Lara até encontrou uma "manequim vaca", onde podíamos treinar, a ordenha, com muito realismo.
Pessoas de São Miguel, ou visitantes com crianças, não deixem de visitar a Quinta da Paródia ou outra quinta com o mesmo tipo de oferta. É uma experiência fantástica!