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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qua | 25.01.17

“O silêncio é, por vezes, a melhor resposta.”

Existiram alturas na minha vida em que respondia a provocações. Sentia-me zangada, queria ser a última a falar e tentava, com algum humor, deixar o meu interlocutor numa posição apertada, principalmente se essa provocação acontecia online.

 

Creio que nunca fui mal educada nem ofensiva. Se me chamavam chata ou insinuavam coisas que, claramente, não eram verdade, eu rebatia as afirmações e argumentava de uma forma racional e serena (mas sempre com algum humor).

 

Mas, depressa verifiquei que as pessoas que provocam as outras, online ou na vida “real”, estão pouco interessadas em argumentos ou na procura de uma verdade qualquer. Querem lá elas saber. Querem ir para ali destilar um bocadinho de ódio na esperança de tornar a vida dos outros um bocadinho miserável, para não se sentirem tão sozinhas.

 

Então deixei de responder a provocações. Olhei para as minhas próprias atitudes e analisei o que sentia quando respondia a provocações com outras provocações (mesmo que fossem educadas). Quando fazia isso estava, invariavelmente, chateada e frustrada com alguma coisa. Quando fazia isso estava certamente a ser mais pequenina e mais mesquinha do que queria e do que podia. Esta certeza ajudou-me a adotar a atitude que passei a ter.

 

Já há vários meses que respondo a provocações e tolices com silêncio. E nem penso mais nisso.

 

Sempre que possível nem leio coisas que me possam aborrecer (mesmo que já não me aborreçam grande coisa).  Deixei completamente de ler os “Hate blogues” e leio cada vez menos blogues que aceitam comentários ofensivos para os leitores. Nem é por nada, simplesmente não me interessam, não tornam o meu dia melhor e certamente não acrescentam nada à minha vida. A conversa até pode começar bem, com bons artigos mas se os comentários começam a entrar num nível mais baixo, desligo as notificações e dou a “conversa por encerrada”.

 

 Se estiver a falar com as pessoas ao telefone ou pessoalmente, não desenvolvo muito mas também não sou mal educada. Livro-me da situação logo que possa e pronto. Não estou mesmo para me chatear e, de facto, o silêncio é mesmo, muitas vezes, a única resposta e a que menos possibilidade de contra-argumentação tem.

 

E assim se acrescenta tempo de qualidade à nossa vida para aproveitar a fazer coisas giras com a família e amigos, para ler, ver filmes, ter conversas sobre coisas interessantes com os amigos e tantas coisas mais.

 

 

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