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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 07.04.25

O melhor e o pior que comi em Paris

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Acredito que a gastronomia é uma das melhores formas de conhecer um destino. Por isso, sempre que viajo, tento experimentar a comida local. Em Paris, essa era a intenção, e até já tínhamos alguns locais em mente, mas, como muitas vezes acontece, acabámos por adaptar-nos ao momento, escolhendo os restaurantes conforme a zona onde estávamos ou a disponibilidade dos espaços.

As experiências menos boas

A primeira zona onde ficámos foi o Trocadéro, uma área bastante turística. Aqui, não tivemos grandes experiências gastronómicas. A comida era de rápida confeção e, apesar de os preços serem semelhantes aos praticados em Ponta Delgada, onde vivo, a qualidade deixou a desejar. Também é verdade que, sendo cinco pessoas, não procurámos restaurantes mais sofisticados.

Logo na primeira noite, pedi uma perna de pato confitada, que, mais tarde, descobri que se vendia em lata. Não vos vou mentir, fiquei desiludida.

Outro momento menos positivo foi um cachorro-quente que comemos numa feirinha encantadora perto do Aquário de Paris. O ambiente estava muito bonito, cheio de luzes e com um ar acolhedor, mas a comida era, infelizmente, péssima.

Para os pequenos-almoços optámos por comprar pão, iogurtes e fruta em mercearias e frutarias perto do apartamento. Os frutos vermelhos eram maravilhosos!

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Comer na Disneyland Paris

Na Disneyland, a experiência gastronómica também não foi a melhor. A maior parte das opções baseia-se em fast food, e só se come realmente bem nos restaurantes à carta, que são significativamente mais caros. Como tínhamos uma refeição incluída num desses restaurantes, conseguimos experimentar um pouco melhor a oferta gastronómica.

Dos restaurantes que visitámos, recomendo:

  • Captain Jack’s – A comida não é extraordinária, mas o ambiente, inspirado nos Piratas das Caraíbas, é incrível.

  • Green’s Garden – Restaurante buffet com comida muito saborosa e variada.

  • Chez Rémy – Além de um ambiente lindíssimo inspirado no filme Ratatouille, aqui também comemos bem.

As melhores refeições

Foi em Montmartre que tivemos as melhores experiências gastronómicas, e a preços bastante simpáticos. A única exceção foi o famoso Café des Deux Moulins, cenário do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Adorei estar lá e provar o famoso crème brûlée, que estava delicioso, mas os preços eram elevados.

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Nos dias seguintes, jantámos em alguns restaurantes no centro de Montmatre e tivemos boas surpresas. A comida parecia-se bastante com a gastronomia regional a que estou habituada, mas numa versão francesa, que, felizmente, adoro. Os preços eram razoáveis e, apesar de simples, os pratos eram saborosos.

Mas o verdadeiro destaque vai para as sobremesas. A minha preferida foi, sem dúvida, o café gourmand, que consiste num café expresso acompanhado por quatro pequenas sobremesas diferentes, como um bolinho, mousse, crème brûlée e biscoito. Tudo delicioso! Já sabia que gostava da culinária francesa por ser fã do restaurante La Brasserie de L’Entrecôte em Lisboa, mas foi uma feliz surpresa perceber que também se destacam nas sobremesas.

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A melhor refeição da viagem

O único local da minha lista de desejos onde realmente conseguimos ir foi a Crêperie Rozell, uma pequena creperia no coração de Montmartre, perto do Muro Je T’aime. Pedimos um crêpe salgado e um crêpe doce, e posso dizer, sem hesitar, que foram os melhores crêpes que já comi: leves, deliciosos, com uma consistência e sabor perfeitos.

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Outro pequeno achado foi um café maravilhoso que o Milton comprou ao lado do nosso apartamento em Montmartre. Foi um verdadeiro golpe de sorte, porque não tínhamos ideia da qualidade, mas revelou-se excelente.

Conclusão

A minha zona preferida para comer em Paris foi, sem dúvida, Montmartre. Para além da comida saborosa e bem confecionada, o atendimento foi muito simpático. As pessoas eram acolhedoras, bem-humoradas, faziam conversa e perguntavam  de onde éramos. Adorei a forma como falavam, as expressões francesas, o ambiente descontraído… tudo! Talvez por serem locais frequentados por residentes e menos turísticos, tinham um encanto especial.

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Desta vez, por ser inverno e pela falta de oportunidade, não experimentámos comprar baguetes numa padaria e fazer um piquenique – mas há sempre uma próxima viagem!

Se já visitaste Paris, o que achaste da comida? Conta-me nos comentários! 😊