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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 12.01.17

Manual de Educação Intemporal

Encontrei este poema de Dorothy Law Nolte nos dois livros que li do pediatra Mário Cordeiro e fez-me logo todo o sentido. Nem podia ser de outra forma.

 

Por mais que pesquisemos e nos informemos sobre vários modelos e teorias de educação, nenhum conhecimento teórico vai superar os efeitos do nosso exemplo na educação e desenvolvimento da personalidade dos nossos filhos.

 

Eles aprendem o que nos virem fazer. Eles confiam em nós mais do que em qualquer outra pessoa e o que somos, para os nossos filhos, é de uma responsabilidade avassaladora.

 

É por isso que considero, muitas vezes, que os nossos filhos nos obrigam a ser melhores pessoas. Falo por mim.

 

Claro que não vou poder (nem querer) mudar de personalidade. Ainda é mais óbvio que não vou fingir ser uma pessoa diferente ao pé das minhas filhas. Mas, depois de ser mãe, tornei-me muito mais ponderada e refleti muito sobre a minha forma de estar na vida.

 

Mantenho os meus valores e a minha personalidade mas penso muito mais em temas como o tempo, a solidariedade, a bondade, o altruísmo, a ansiedade...

 

Tento, todos os dias, tornar-me uma pessoa um pouco mais atenta e menos nervosa. Tento fazer menos fretes e usar o meu tempo em coisas que me deixam mesmo feliz, guardando os fretes para situações em que é necessário ajudar alguém, fazer algo por outra pessoa e não apenas "parecer bem" ou "ficar bem no filme".

 

Tento, todos os dias, aproximar-me mais de ser o tipo de pessoa que gostaria de encontrar pelo mundo. Tento ser um exemplo para as minhas filhas fazendo, acima de tudo, aquilo que acredito ser o melhor possível.Segue o poema mencionado que reflete, de uma forma maravilhosa, o que acredito ser o princípio básico da educação.

 

As crianças aprendem o que vivenciam

 

Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.

 

Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.

 

Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.

 

Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.

 

Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.

 

Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.

 

Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.

 

Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.

 

Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.

 

Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.

 

Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.

 

Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.

 

Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.

 

Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.

 

Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.

 

Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.

 

Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.

 

Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que as cercam.

 

Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver. 

 

Dorothy Law Nolte

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