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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 23.04.18

Há dias em que me falta a paciência

 

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Até esperava ter mais dias desses, tendo em consideração a minha personalidade ansiosa mas creio que não são tantos assim.

 

Há dias que ando mais cansada ou mais nervosa e a minha tolerância encolhe bastante. Nesses dias o tom de voz sobe rapidamente e os gestos tornam-se mais bruscos e impacientes.

 

As situações que me causam mais stress e reações mais exageradas são quando a Lara me desobedece, como quando temos que sair de um parque por exemplo, e ela se recusa. Mesmo depois de a ter avisado com antecedência que teríamos que ir embora dali a uns minutos e o porquê. Não é nada eu sei mas às vezes é o suficiente para a agarrar por um braço de forma algo brusca e falar com ela com uma expressão de que me arrependo logo.

 

Tenho perfeita consciência de que não é a atitude mais correta, de que deveria ter mais paciência e de que nada temos a ganhar com gritos ou gestos mais “antipáticos”. Mas há dias em que é difícil controlar as minhas próprias frustrações que, na maior parte das vezes, estão relacionadas apenas com cansaço ou preocupações menores.

 

Nessas alturas explico à Lara a verdade, que tenho andado mais nervosa e que não devia ter gritado com ela. Peço-lhe desculpa e dou-lhe um abraço. Sublinho que ela deve ser obediente mas que eu não devia ter gritado com ela. Ela é uma querida e diz-me logo que não está chateada. E faz uma carinha tão engraçada e crescida, de quem está bem com a situação (e com o meu pedido de desculpa) que eu sinto que tenho muito a aprender com ela.

 

Faço questão de pedir desculpa às minhas filhas quando percebo que errei. Não fico a remoer sentimentos de culpa porque vejo estas situações como oportunidades de aprendizagem para mim e para elas.

 

Aprendemos que ninguém é perfeito, nem mesmo os pais e que é bom pedir desculpa, ser humilde e mostrar que os sentimentos dos outros nos importam.

 

Não gosto de perder a paciência, principalmente com as minhas filhas. Elas merecem toda a minha paciência, amor e atenção. Mas permito-me desculpar- me a mim mesma, aprender qualquer coisa com as situações e esforçar-me por fazer melhor para a próxima.