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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

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Dom | 27.08.17

Fazer férias com várias crianças pequenas - Santa Maria 2017 #4

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Quando surgiu a oportunidade de fazer férias com os nossos amigos que têm dois filhos pequenos achei logo a ideia maravilhosa. 

 

Gosto de pequenos ajuntamentos de pessoas e as melhores memórias que guardo da infância são os momentos em que me juntava com os meus primos e fazíamos uma pequena bagunça todos os dias. São memórias que guardo na mente com muito carinho e que, sem dúvida, me fazem desejar muito proporcionar às minhas filhas uma infância com muito convívio com outras crianças nos mais variados contextos.

 

Infelizmente, apesar de ter uma família grande e repleta de gente boa e muitas crianças, vivo a milhares de quilómetros de todos eles e encontramo-nos muito menos vezes do que gostaria.

Por outro lado e para colmatar um bocadinho esta situação, temos daqueles amigos que são a nossa família por afinidade e com quem convivemos regularmente. Fazemos churrascos, vamos para casa uns dos outros ao fim de semana, vamos à praia, a festas, e aproveitamos todas as oportunidades para juntar as crianças que, por feliz coincidência ou pela ordem natural das coisas, todos temos com idades semelhantes.

Este ano pudemos ir de férias com um casal de amigos e passar muitos dias, 24 horas por dia, juntos. Quatro adultos e quatro miúdos: o Henrique de 4 anos, a Lara de 3, a Maria de 1 ano e o Tiago de 3 meses.

Não sei se isto é o efeito do tempo (e das saudades) mas parece-me que correu tudo muito bem. O bebé é uma coisa doce que passava o tempo a sorrir e a exercer uma fofice extrema. A Maria reclamava o tempo todo como é próprio da sua personalidade (hei-de falar disso num outro texto) mas é engraçada até a reclamar e adorou estar dentro de água, dormiu sempre a noite toda e comeu bem. Com um ano, o que se pode pedir mais?

A Lara e o Henrique, amigos desde que se conhecem por gente, consolaram-se a brincar o dia todo. Discutiram, claro, normalmente pela posse de um brinquedo qualquer, fizeram algumas birras em conjunto mas, pensando com racionalidade, se não o fizessem seria caso de ir com eles ao psicólogo. Agiram normalmente portanto.

E proporcionaram-nos os momentos mais queridos de todos: a ver estrelas deitados numa mantinha no quintal, a chamarem pelo outro a todo o momento, a conversarem imenso (de que falariam eles tanto?), a brincarem juntos de uma forma tão madura que me espantou ver a Lara tão crescida, a tomarem banho juntos, a nadarem juntos na "piscina grande", a fazerem brincadeiras com água no quintal como eu fazia quando era pequena... a serem crianças felizes.

Juntos percorreram "o calhau", pegaram em estrelas do mar e em búzios, viram peixinhos, molharam as roupas e o cabelo durante os passeios, viram os Minions e o Frozen vezes sem fim, adormeceram junto ao outro, brincaram com a gatinha Manteiga e tantas outras coisas boas que contribuirão para fazer deles um dia adultos felizes, empáticos e com valores humanistas.

Pode parecer exagero mas acredito mesmo que crescer convivendo com várias pessoas regularmente molda a personalidade no melhor sentido, tornando as crianças mais sensíveis ao próximo, mais capacitadas para a entre-ajuda e para contríbuirem para tornar este mundo um local mais bonito e habitável para todos.

É nestes convívios, também, que quero basear a educação das minhas filhas. 

 

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