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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qua | 08.02.23

Encontro pessoas gentis em todo o lado

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Provavelmente é porque devo apresentar um ar confuso e ligeiramente perdido em muitas situações, mas acho impressionante o número de vezes que encontro pessoas dispostas a oferecer-me a sua ajuda mesmo sem pedir.

Lembro-me de ter 18 anos e a carta de condução há pouco tempo e, enquanto fazia umas macacadas sem sentido com o carro, uns jovens noutro carro me ajudarem, sorridentes e gesticulando, a orientar o meu carro na direção correta. E garanto que os gestos não eram daqueles obscenos que encontramos muito no trânsito, eram mesmo de  simpatia (terei visto dos outros também, com certeza).

No outro dia, enquanto levava as minhas filhas ao karaté (o que nunca sou eu a fazer), um dos pais informou-me de que o local de recolha dos miúdos era num sítio diferente. O senhor percebeu que não era meu costume ir e talvez não tivesse visto a notificação do professor (que não vi, de facto). Se não fosse isso, teria dado com uma porta fechada e ficaria sem saber o que fazer durante um bom tempo, de noite e com o Eduardo atrás. Foi muito bom ter alguém a ajudar-me mesmo quando eu não sabia que precisava de ajuda.

Já fui abordada em São Francisco por uma senhora chinesa que estava a fazer uma prática de meditação e desenvolvimento chamada Falun Dafa, para me falar da prática (que é gratuita em todos os sentidos da palavra). Posso dizer que o pratico até hoje.

No outro dia, estava na rua a enviar uma mensagem a uma amiga com quem tinha combinado encontrar-me. Devia estar com um ar apreensivo porque o sitio onde íamos tomar uma bebida estava fechado. Fui imediatamente abordada por um simpático senhor, que,  achando que era uma turista, se ofereceu para me dar indicações. Ri-me e agradeci, dizendo que não estava perdida, mas achei  maravilhoso a disponibilidade para ajudar.

Também já aconteceu ir a uma roulote com o Milton para beber uma cerveja e, estando o local cheio de senhores (que não conhecíamos de lado nenhum)a ver um jogo de não nos deixaram sair de lá sem nos oferecerem uma cerveja.

Por outro lado, as minhas amigas emprestam-me roupa para os meus filhos, emprestam-me livros e dão-me conselhos imensamente valiosos.

A minha família, mesmo ao longe, está sempre disponível quando é preciso.

Podia dar exemplos sem fim da gentileza que testemunho todos os dias. Da minha parte, tento fazer uma gentileza por dia, se possível. Se não puder fazer mais nada, ganhei o hábito de sorrir para as pessoas. Eventualmente poderão achar que tenho um problema qualquer, mas pronto, há coisas mais aborrecidas. 

E por aí, que atos de gentileza têm testemunhado (ou efetivado)?

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