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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 09.10.20

Eduardo #7

Açúcar e Pimenta

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É um rapazinho muito maroto, enérgico e alegre.

Vem da escola quase todos os dias com um arranhão, uma dentada ou uma nódoa negra nova. Muito mais do que as irmãs.

A julgar pelo que vejo em casa, é fácil adivinhar o que acontece mas, pelo sim pelo não, confirmei com a educadora e auxiliares da escola. O Eduardo gosta de se mandar para cima das outras crianças, roubar brinquedos e, eventualmente, aplicar-lhes uns carolos na cabeça.

Eu explico-lhe todos os dias que não se bate, que só se dá beijinhos e mimos e, se o faz em casa, repreendemo-lo. 

É um desafio. Nem a Lara nem a Maria me colocaram questões destas. 

O Eduardo é muito alegre e brincalhão mas, por levar muitos carolos e empurrões da Maria, aprendeu a tentar obter o que quer à força. É o mais novo de três e vai-se safando como pode. 

Espero francamente que esta fase passe rápido, a de ser mais "brusco", porque as outras são magníficas.

O Eduardo está naquela fase em que se ri de tudo e se mete connosco para nos fazer rir. Dá abraços e beijos espontaneamente e é especialmente chegado à Lara.
Sempre que o vou buscar com a Lara, ele abraça-a primeiro e só depois a mim. 
De manhã, se a Lara não se despede dele convenientemente antes de ir para a sua sala, fica muito ofendido.

Imita as irmãs em tudo e, por isso, está a tornar-se muito independente. Já não quer comer na cadeira de bebé, come sozinho à mesa com as irmãs (numa mesinha pequena) e leva sempre a sua mochila às costas para a escola.

Continua a aprender mais palavras, sem grandes pressas. 

Apanhamo-lo a tentar subir para a cama da Lara montes de vezes. 

Já quase não cabe no berço, mas continua a dormir muito bem, a noite toda.

Fizemos uma tentativa de desfralde e desistimos logo. Ele não nos parece preparado ainda e, com a experiência que temos, acreditamos que não existe vantagem nenhuma em apressar as coisas.

É, portanto, um furacãozinho que nos enche a casa de alegria.