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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 03.11.20

E, de repente, senti-me uma boa mãe

Lara Natal.jpg


Um dia uma amiga disse-me que os resultados do nosso trabalho na educação dos filhos demoram a chegar mas, quando chegam, são muito compensadores.

A verdade é que, se um dia pensei que educar pessoas era fácil e até divertido, rapidamente me desfiz dessa ilusão.

É desafiante! Muito mesmo. E, educar três criaturas fofas ao mesmo tempo, tem questões muito peculiares. Eles unem-me para nos desafiar, fazem mais confusão, pedem mais atenção, entre muitas outras coisas. 

Claro que o amor e todas as alegrias também se multiplicam. A minha vida nunca foi tão feliz como no presente.

Ainda assim, são muitas as vezes em que questiono a minha competência como mãe e educadora.

Às vezes tenho medo de estar a causar traumas aos meus filhos quando ralho com eles e os ponho de castigo. Outras vezes, acho que sou tão mole com eles que estou a criar selvagens.

O mais recorrente é sentir que não faço ideia do que estou a fazer!

Posto isto, ontem fui falar com a professora da Lara pela primeira vez.

Fui com o Milton e, apesar de não esperar nada de muito grave, estava um pouco apreensiva.

Na minha cabeça já tinha ensaiado conversas para explicar porque é que a Lara era tão distraída, porque é que podia ser desobediente às vezes, porque é que talvez parecesse desatenta e desinteressada... Em todas as conversas eu diria que ela era parecida comigo e  talvez tivesse algumas peculiaridades de personalidade que a tornavam mais tímida, reservada e pouco participativa.

Bom... a professora apresentou-me ali uma menina interessada, arrumada, participativa, boa aluna, bem comportada, muito dada a abraçar a professora e... um pouco tagarela. Basicamente a professora descreveu uma miúda exemplar. Quase que me afoguei na minha própria baba mental (desculpem a descrição).

Falámos sobre várias coisas mais relacionadas com a educação comportamental do que com a matéria escolar e saí dali a pensar que tenho mesmo sorte por a miúda ser atinada.

Depois, parei para pensar mais um bocado e decidi dar a mim própria (e ao Milton, claro) algum crédito. Caramba, a miúda não se está a educar sozinha. Alguma coisa estamos a fazer bem. 

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