Dos momentos de televisão mais bonitos que já vi
Amar num mundo apocaliptico
Gosto de arte. Não sou grande conhecedora. Sou uma apreciadora, modesta, de coisas bonitas, bem-feitas e capazes de mexer com as emoções.
A minha forma de arte preferida é a música, seguida pelo cinema e depois pela literatura. Gosto de todas as outras, mas um bocadinho menos.
Vou classificando estas coisas de acordo com a forma mais ou menos intensa de mexerem com a minha mente e as minhas emoções.
Também gosto de séries, mais para entreter. Dentro das séries, a minha preferida é a “Breaking Bad”, mas já vi muita coisa diferente.
Dentro dos temas para séries (ou filmes) gosto de zombies e mundos pós-apocalípticos em geral. Às vezes enjoo um bocadinho destes temas mas, de tempos em tempos, gosto de voltar a eles.
Eis que comecei a ver a série “The Last of Us”, baseada num jogo com o mesmo nome onde um contrabandista e uma adolescente, atravessam os Estados Unidos num cenário apocalíptico, em que o mundo foi assolado por um surto causado por um fungo que transforma os homens em “monstros canibais” semelhantes a zombies. Estes ingredientes têm tudo o que é preciso para confecionar episódios sensacionalistas, violentos e gore.
Esta série tem tudo para ser “mais uma série de zombies”. Mas, curiosamente, não é.
O escritor Craig Mazin pega em todos os clichés que existem e transforma-os em obras de arte de uma beleza e sensibilidade comoventes. Foi o que senti quando vi o terceiro episódio da série: “Long, Long Time”.
Foi, com certeza, um dos episódios mais bonitos que já vi em séries. O enredo, as interpretações, a direção… tudo parecia ter sido pensado ao pormenor para passar uma maravilhosa mensagem de amor, otimismo e beleza. Que grande momento de televisão! Que obra de arte sublime!
Este episódio fala-nos de amor, de vulnerabilidade, de beleza, de otimismo, de humanidade e de esperança, num cenário rodeado de caos, miséria e incerteza. É maravilhoso!
Recomendo muito esta série. Está, com certeza, no meu Top 3 de todas as séries que já vi.