Devemos deixar os nossos filhos desistir das atividades extra curriculares?
Os meus filhos, com 6, 8 e 10 anos, já participaram em várias atividades extracurriculares: natação, karaté, zumba, patinagem, futebol, viola da terra, pintura, coro e piano. Algumas destas atividades foram comuns a todos, enquanto outras se adequaram mais aos interesses individuais de cada um.
Ao longo do tempo, houve desistências, o que ocorreu de forma bastante pacífica cá em casa. Noutras ocasiões, quando os viam desmotivados em relação a certos aspetos, insistimos para que continuassem. O que nos leva a agir de uma forma ou de outra depende da situação.
A Lara, a Maria e o Eduardo já desistiram de algumas atividades sem grandes complicações. Percebemos rapidamente que não se identificavam com a atividade ou que simplesmente não tinham interesse, e, nesses casos, optámos por não prolongar o sofrimento desnecessariamente. Por exemplo, a Lara abandonou a natação logo no início, não só por causa das otites, mas também porque não se adaptou ao local e à professora. Experimentou também zumba, mas rapidamente percebeu que não era a sua praia. A Maria desistiu da viola da terra, pois não havia afinidade com o instrumento nem com o professor. Quanto ao Eduardo, largou o futebol, porque não tinha grande jeito nem vontade para o desporto.
Apesar destas desistências, cada um deles acabou por encontrar atividades que lhes trazem satisfação. A Maria, por exemplo, deixou a natação recentemente, mas está entusiasmada com uma nova atividade, que acreditamos ser uma excelente escolha para ela. Ainda estamos a ver como corre, mas em breve terei novidades sobre isso.
A Lara, por outro lado, está a levar as suas atividades mais a sério, o que afeta a nossa logística familiar. Curiosamente, cá em casa damos muita importância às atividades extracurriculares, pois acreditamos que desempenham um papel essencial na construção da identidade das crianças. Enquanto a escola tende a moldá-las de forma mais uniforme, as atividades extracurriculares são uma oportunidade para se distinguirem, para fazerem algo de que realmente gostam.
É por isso que fazemos alguns sacrifícios para que possam frequentar estas atividades, incentivando-os a desenvolvê-las com dedicação. Mesmo quando enfrentam dificuldades, não permitimos que desistam facilmente, encorajando-os sempre a superá-las. Claro que só insistimos quando percebemos que gostam verdadeiramente da atividade e que os problemas são apenas temporários.
E aí por casa, como lidam com as atividades extracurriculares? Incentivam os vossos filhos a continuar quando querem desistir?