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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 16.04.18

Como eu vejo as minhas filhas

Lara e Maria 7.jpg

 

Dizem que a Lara é parecida comigo e que a Maria é parecida com o pai. Às vezes parece-me que é assim, outras vezes nem por isso.

Vejo muitas coisas minhas na Lara, coisas de que gosto em mim e coisas de que não gosto em mim (sempre em mim). Nela tudo me parece perfeito, mesmo aquilo que, em mim, me faz muita confusão. Nela tudo é bonito, gracioso, especial. Na Maria também.

Olho para elas e só vejo perfeição. Tenho a certeza que todas as mães são assim.

A Maria manda-se para o chão a fazer birra e eu vejo uma performance maravilhosa e uns bons pulmões; a Lara passa as refeições a brincar e a fazer malabarismos na cadeira - e eu sempre a ralhar com ela de cara séria - enquanto penso que a infância é maravilhosa e é tão bom que ela seja alegre e cheia de energia.

Elas brigam pelos brinquedos e eu adoro-as à duas, mesmo que brigue com uma ou com outra.

A Maria pergunta pela Lara quando a vamos buscar à vacina e eu fico comovida por ela sentir a falta da irmã.

A Lara enche-me de beijos e abraços e demora horas a comer.

A Maria ignora-me quando a vou buscar à creche (chega a correr na direção oposta) mas come sozinha, rapidamente, nunca começa sem ter babete e as mangas subidas para não se sujar e é muito independente.

Para mim, são perfeitas as duas, mesmo com as birras, as noites mal dormidas e o cansaço extremo.

Ainda me espanto todos os dias com o facto de serem minhas filhas.