Coisas que só uma mãe de três (ou mais) entende

Os meus filhos trouxeram, não só uma agitação e uma alegria imensa e diária, como também me ensinaram uma série de factos sobre a vida e sobre a convivência em comunidade.

Ora vejamos:

- É possível lavar e arrumar roupa todos os dias sem que os cinco cestos de roupa suja que existem em casa pareçam esvaziar.

- Não há limites para o apetite de três crianças em crescimento.

- Um dos passatempos preferidos dos miúdos é implicar com os irmãos. Nem sequer vale muito a pena contrariar isso. Muitas vezes, é melhor deixar acontecer, como se se tratasse de uma dinâmica essencial para aprender a conviver com pessoas, no geral.

- Não vale a pena alimentar ressentimentos. Os miúdos são capazes de se insultar o dia todo e, à noite, estarem a planear a gestão da casa onde vão viver juntos. Também já têm ideias para abrir uma empresa de restauração em conjunto.

- Às vezes, é preciso ser o vilão e instituir uma ditadura em casa para que as crianças, unidas, se entendam melhor e a tranquilidade reine.

- Os miúdos são uma mão de obra muito jeitosa e barata. Bem motivados, conseguem fazer muitas coisas e ainda se sentem orgulhosos com isso.

- Por mais pequenos que sejam, as crianças são capazes de feitos extraordinários: desde tocar uma peça de Bach até estar em público sem o menor sinal de vergonha ou receio, mesmo sendo tímidos.

- Uma criança de 8 anos pode ser mais organizada e responsável do que muitos adultos.

- Aos 43 anos, voltamos à escola e temos de ler os livros de História e Estudo do Meio outra vez. E até gostamos disso. Sentimos que agora é que estamos a perceber coisas que nunca tínhamos entendido antes. E depois damos por nós a pensar que talvez estudar na idade adulta fosse mais produtivo, deixando as crianças livres para brincar.

- Ter filhos é um investimento maior do que comprar barras de ouro. Melhor nem fazer contas. Mas é, sem dúvida, o melhor investimento de todos.

- Quando estamos com eles, por vezes desejamos um pouco de silêncio, mas, se estamos sozinhos, percebemos que adoramos o ruído de fundo constante que eles provocam.

- Tentar ser uma mãe certinha, que se lembra de tudo – desde pentear todos os filhos todos os dias até enviar dinheiro sempre que é preciso e não esquecer a bata nos dias certos – é um passaporte direto para a casa de saúde. Mais vale assumir logo que vamos falhar em algumas coisas.

- Justiça é um conceito extremamente abstrato. Jamais vamos ter a certeza de que estamos a ser verdadeiramente justos quando se trata de brigas entre filhos.

- A escassez é um excelente ingrediente para abrir o apetite para os alimentos menos apreciados. Basta haver pouco para se tornar desejado.

O que acrescentariam a esta lista?