Carla, a mãe que não celebra o Halloween
Por aqui (entenda-se: nesta casa) não se celebra o Halloween.
Não é algo radical ou uma convicção para a vida. Se os miúdos quiserem muito, um dia, lá terei que "amargar o caramelo". Até lá, não sou eu que os vou estimular a andar de porta em porta, a encher um saco de doces, para depois ter que dar três nós ao cérebro para inventar uma maneira de me ver livre daqueles quilos de açúcar sem traumatizar, muito, os miúdos.
Somos capazes de ir a casa de amigos ou de fazer qualquer coisa cá em casa, comer uns docinhos até, mas andar a pedir doces de porta em porta é que não.
Se pode ser divertido? Pode.
Se é uma parte da infância das crianças de que elas vão sentir falta, que as enriquece culturalmente e que lhes daria muita alegria? Opá não sei. Acho que elas encontram alegria em muitas coisas para além de dezenas de rebuçados.
Ah e tal, tem piada é a coisa em si, andar de porta em porta, ser surpreendido com os doces e tal. Não me sensibilizo muito com esta alegria juvenil. Talvez isto mude.
Para já mantemos uma relação relativamente amistosa com os doces. Elas vão comendo aqui e ali mas não comem em casa, eu não compro e também não as vejo desesperadas por doces quando os veem.
Tenho os copinhos das Fadas do Hall de entrada cheios de chupa-chupas e rebuçados que acumulam dos aniversários dos amiguinhos e elas nem lhes tocam. Vão lá todas as manhãs ver se as fadas já lhes deixaram as moedinhas em troca dos doces e até me parecem bem desiludidas por verem que os copos ainda estão cheios de rebuçados.
Para quem não sabe quem são as Fadas dos Doces podem saber mais sobre esta minha pertinente invenção aqui.
Enfim, pancadas de mãe.