Carla, a cuspir para o ar desde que aprendeu a falar
Um dos meus piores defeitos é ser tagarela. Sou capaz de falar sem parar durante horas. Sobre tudo e sobre nada.
Associada a essa característica tenho outra nada abonatória: o julgamento rápido e fácil. Felizmente tenho trabalhado bastante neste meu traço de personalidade e cada vez julgo menos. A vida tem-me ensinado isso a uma velocidade vertiginosa. Posso não compreender algumas atitudes de algumas pessoas mas, não sendo claramente agressivas ou criminosas, abstenho-me de julgar.
Todavia, ainda sou pessoa para dizer: "Eu nunca faria tal coisa...", "Eu jamais ..." blá, blá, blá".
Ora bem, em assuntos de maternidade já cuspi para o ar dezenas ou centenas de vezes e já levei com o cuspo na testa outras tantas.
Uma das coisas que eu dizia era que não queria nada com cor de rosa, folhos, lacinhos e piroseiras do género. E outra das coisas que detestava era ver uma sala de estar completamente dominada por brinquedos e apetrechos de criança. No máximo deixaria um baú com alguns brinquedos na sala. O resto era para estar apresentável o tempo todo.
Pois bem... Devo dizer que, atualmente, a cor dominante da minha sala é o cor de rosa. E metade das coisas nem tem nada a ver com as minhas filhas. Sou eu (com a concordância do Milton, que normalmente concorda com o que eu escolher, a não ser que eu decida colocar cortinas com desenhos de sapos na sala ou tapetes com escalpes de bodes no quarto) que escolho o cor de rosa de forma automática.
De alguma forma o candeeiro do nosso quarto é cor de rosa, assim como a manta da sala, e o tapete da sala, e as capas dos sofás. Para além do baú dos brinquedos cor de rosa, temos bem no centro da sala uma tenda grande, cor de rosa, com folhos e cortinas de tule.
E estamos todos encantados com isso. :D