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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Dom | 18.03.18

Acho as birras da minha filha maravilhosas!

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Eu não sei se isto acontece com todas as mães mas estou numa fase muito caricata da maternidade.

A Maria, que tem quase 20 meses, entrou na fase das birras há alguns meses. Mesmo antes dos 18 meses ela já fazia belas birras para obter aquilo que quer.

A forma de se expressar é clássica: chora, grita e manda-se para o chão a esbracejar e a espernear.

Faz birras pelos mais diversos motivos: não quer vestir-se, quer comer mais bolachas, quer continuar a brincar ou a ver televisão quando é hora de parar e motivos parecidos.

O que se passa é que eu acho as birras dela adoráveis! Não me chateiam nada, pelo contrário, acho-as amorosas. :) vejo as birras como um sinal de inteligência e crescimento e, embora não alimente as vontades da Maria quando faz birra nem ceda a nenhuma birra, não consigo ficar chateada ou aborrecida quando ela as faz.

No fim de semana fomos a uma loja de desporto procurar roupa para a Maria levar para a escola e ela encantou-se com as bolas. Tirava-as todas do sítio e dava pontapés em algumas. Deixámos-la brincar durante um tempo mas, entretanto, tínhamos que sair da loja e continuar a fazer compras em outros locais. Ela fez birra e gritou imenso pela loja toda até irmos embora. As pessoas deviam estar a pensar que éramos loucos (pelo menos que eu era). A miúda a berrar imenso e eu super calma e até alegre. :)

Não que eu não tentasse entretê-la e desviar-lhe a atenção para outra coisa qualquer mas com a Maria não resulta. Ela não se esquece e fica a berrar durante um tempo sem que a possamos impedir. É normal e nós aceitamos isso com muita calma. Eventualmente, como aconteceu com a Lara, ela vai perceber que as birras não levam a lado nenhum e há-de parar. Até lá ainda teremos dois belos anos de birras pela frente.

Mas o mais caricato é que olho para ela a mandar-se para o chão a chorar e a berrar, tão pequenina, e acho-a um amor. tenho mesmo que fazer um esforço enorme para não ficar ali a sorrir toda feliz e satisfeita. Creio que isso seria demasiado estranho, então contenho-me e limito-me a tira-la dali com calma e alguma dignidade.

Às vezes pergunto-me se as pessoas acharão este comportamento muito estranho, isto de não fazermos grande coisa (a não ser sair do local) quando a Maria faz birras.

Lembro-me, quando era mais nova e antes de ter filhos, de achar um escândalo os pais não reagirem às birras com uns grandes ralhetes e quiçá uns tabefes. Como as coisas mudam! Oh se mudam!