A primeira vez que o Eduardo chorou mesmo a sério
Foi aos dois meses e meio e, quando o ouvi a chorar na sala, fiquei um pouco aflita.
Desde que nasceu nunca o tinha ouvido a chorar de forma tão estridente. Geralmente só mostra desagrado quando tem fome ou quer colo e só chega a choramingar se não for atendido logo (e ainda tem uma tolerância de alguns minutos).
Mas naquele momento estava a chorar a plenos pulmões, aos gritos.
Cheguei à sala e vi-o na espreguiçadeira, vermelhíssimo e aos gritos.
Fiquei um bocado assustada e pensei que ele estivesse com alguma dor repentina ou algo assim. Como o Milton estava com ele perguntei-lhe se ele se tinha magoado de alguma forma.
O Milton disse que não e não me pareceu muito preocupado e nem queria que eu pegasse no Eduardo ao colo, dizendo que ele ia resolver a questão.
Ainda lhe dei uns momentos, mas vendo que o Eduardo não se acalmava, peguei nele ao colo e ele acalmou-se e calou-se imediatamente.
Então o Milton contou-me o que tinha acontecido para o miúdo chorar tanto:
Vejamos se adivinham?
a) A Maria aproximou-se dele e deu-lhe uma dentada no pé
b) Na verdade já estava na hora dele comer e a fome estava a apertar
c) Estava cheio de gases e não conseguia soltá-los
d) O Milton começou a tocar guitarra e a cantar
Pois, parece que para já, o Milton ainda tem que trabalhar mais para transformar este num fã.