A motivação de ontem para correr
E andava eu, ontem, ainda antes das 7h00 da manhã, na corridinha do costume, já naquela volta que não apetece nada fazer, toda moída e cheia de fome (nota mental para nunca mais comer apenas um pêssego antes de correr... pelo menos um iogurte e um pêssego), quando me deparo com dois cães jovens a meio do caminho. Pareceram-me cães de fila, irmãos e perdidos. Tentei contorná-los e tal, mas eles não se deixaram enganar e dirigiram-se a mim todos entusiasmados.
O que vale é que não tenho medo de animais (excepto de baratas e outros insetos igualmente repugnantes, ratos e cobras) e mantive-me relativamente calma enquanto eles saltavam para cima de mim com umas patas enormes, me lambiam as mãos e davam mordidas na brincadeira. O problema é que eles eram muito fortes e, ao saltarem para brincar, tocavam-me na barriga e nos braços com as patas e magoavam mesmo. Já um bocadinho sem saber o que fazer, desatei a correr (na verdade era o que devia estar a fazer) e eles lá vieram atrás de mim. A meio desta corrida, com companhia indesejada, ainda apanhei uns sustos com os cães a atravessarem a estrada com carros a passar, tendo que pedir aos carros que parassem para eles passarem. Enfim...
Assim que os vi entretidos numa curva: pernas para que vos quero... foi acelerar em corrida rua acima. Isso é que foi! Qual cansaço qual quê!
Julgo que os despistei, mas depois fiquei preocupada. Espero que não tenham sido atropelados. Ainda pensei em trazê-los para o quintal e tentar localizar os donos, mas o meu (já bastante traumatizado) gato era capaz de não achar piada a essa situação.
Resultado deste encontro com os cãezinhos: duas grandes arranhadelas na barriga, uma no braço e um buraco na camisola.