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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Dom | 21.06.15

A melhor droga do mundo ou a molécula do amor

na cozinha

 

O domingo de manhã é sempre uma boa ocasião para trazer "à baila mental" coisas menos agradáveis da nossa vidinha simples.

 

Ora vejamos:

 

-É domingo, o que já de si é uma coisa menos boa, porque quer dizer que amanhã já é segunda;

 

- Nesta manhã de domingo em particular, estou a lavar a loiça, de cabelo oleoso e roupa pingada de água e detergente, unhas com verniz lascado e ramelas secas nos olhos;

 

- Durante o fim de semana ele tem que trabalhar mais do que o costume. Na verdade, eu também.

 

- Tenho universos de livros para ler, filmes para ver, coisas que gostava de escrever... O tempo é pouco, o que é uma chatice.

 

- Desde que exagerei em determinadas posições de yoga que tenho uma dor, ridícula mas incomodativa, na zona onde julgo estar a parte superior do meu pulmão direito. Acreditem ou não, acho que o torci.  É ridículo demais não é? É. Eu sei. Devo dizer que o yoga é bom, tem é que ser bem executado o que, claramente, não foi o caso. O professor Renan, que sigo avidamente no Youtube, não tem culpa nenhuma da minha nabice. Ele nunca disse que devíamos torcer-nos para a direita como se quiséssemos desatarraxar o corpo.

 

O que queria mesmo dizer é que estava envolvida nestes pensamentos inteligentes, enquanto lavava a loiça, e a minha filha brincava no chão da cozinha com um dos seus brinquedos favoritos - cesto com molas de estender (marca loja do chinês) - quando sinto a sua mãozita a puxar-me as calças.

 

Então, quando olho para ela, ali a brincar e a puxar-me as calças, e parece que me fui atingida por uma enorme injeção de felicidade pura. O resultado foi sentir-me imediatamente como se fosse uma jovem milionária a passear pelas ruas mais bonitas de Paris, numa tarde de verão.Minto descaradamente. Não será bem assim.

 

Se fosse 10 anos mais jovem, milionária, e estivesse naquele momento a levar com o sol na fronha, pelas ruas de Paris, tenho a certeza que não sentiria um décimo do que senti esta manhã, entre uma pilha de loiça suja e um alguidar de roupa de molho, com o cabelo oleoso e ramelas nos olhos.Para os interessados naquilo que estou a usar, podem obter mais informações aqui.