A maior birra do Eduardo
Ele gritou tanto, mas tanto, que eu já estava a ficar desesperada. Fiquei mesmo sem reação!
O pai, que estava a trabalhar no quarto (e costuma estar de headphones) veio à cozinha ver o que se passava.
Foi, basicamente, isto:
O Eduardo lanchou pão integral e 3 bolachas Maria. Ia eu dar-lhe um iogurte natural quando ele começou a gritar: - Pãoooooooo!
As irmãs estavam a lanchar também e ainda estavam a comer pão. E o Eduardo não pode ver ninguém a comer se ele não estiver a comer, mesmo que já tenha comido imenso.
Estava fora de questão dar-lhe mais pão por isso tentei dar-lhe o iogurte. Não quis. Berrava como um agoniado e desisti de tentar convencê-lo com brinquedos e canções (também não me sentia muito inspirada para cantar, diga-se).
Nisto, corto bocadinhos de maçã e junto ao iogurte, para ver se ele se interessava. Coloco a taça com o iogurte à frente dele com uma colher e ele começa a enfiar as mãos no iogurte para tirar só a maçã.
Tento, então, dar-lhe o iogurte com a maçã. Começa novamente a gritar desalmadamente e a expressar que não quer iogurte, só a maçã.
É impressionante. Ele não fala muito mas com diferentes tons de: "Mãeeeee", "Dá pão!", "Nãooooo" e "AHHHHHHHHH", consigo perceber claramente o que é que ele quer.
De modo que comi eu o iogurte com a maçã e cortei outra maçã para ele.
Finalmente, atendido o seu desejo moderadamente (o que ele queria mesmo era comer 10 pães) lá se acalmou e parou de gritar. Acalmar nem é bem o termo que o rapaz nem estava nervoso. Ele tinha um objetivo e, muito racionalmente, gritou como um maluco até conseguir o que queria.
E foi isto. Mas quem é que disse que só as raparigas é que faziam grandes chinfrins?!