Por vezes, tentamos proporcionar às pessoas que mais amamos aquilo que gostaríamos de ter tido. Não é um raciocínio muito correto, pois nem sempre as pessoas precisam ou querem o mesmo que nós. Ainda assim, e apesar de ter esta ideia na consciência, dou aos meus filhos aquilo que a criança que fui mais desejava: livros, aulas de artes e desporto, experiências diferentes e irmãos. Não lhes compro muitos brinquedos ou coisas em geral e, muito menos, tudo o que me pedem. Na (...)
Se eu soubesse, dir-vos-ia. A verdade é que todos os dias me encontro num sistema de "tentativa e erro", intercalado com um esforço de autocontrolo muitas vezes frustrado. Assim, aquilo que partilho convosco são alguns episódios em que sinto que as coisas correm melhor. São aqueles em que acredito estar a acertar mais e a obter resultados mais positivos, especialmente na formação de valores nos meus filhos. Se estou ou não a acertar, só saberei depois. A situação foi a (...)
Sair de casa a correr e perceber, já à porta do prédio, que um dos miúdos está descalço; constatar que viagens de avião e hotel para 5 não são exatamente o mesmo valor que a mesma viagem para 3 ou mesmo 4; lavar máquinas cheias de roupa praticamente todos os dias; fazer malabarismos nos dias em que cada um deles tem uma atividade extracurricular diferente; patrocinar o sustento de uma família numerosa e tentar ter algum tempo de qualidade com os filhos são apenas alguns dos (...)
Estamos todos preparados para sair de casa, já a chamar o elevador, para levar os miúdos à escola. Como sempre, aguardamos pela Maria. Volto a casa para lhe dizer para se despachar e está ela a pintar as unhas muito depressa. Sai, então, já com as unhas pintadas, mas a precisar que lhe calcemos as sandálias, já que não podia estragar o verniz.
Enquanto estudei, conheci poucos professores extraordinários. Mas, os que conheci, mudaram-me a vida. Podem ler mais sobre isso aqui. Entretanto, desde que tive filhos, que começei a conhecer mais professores extraordinários. Noto-os sobretudo pelas atitudes e palavras dos meus filhos em relação a eles. Na verdade, o que têm em comum é uma (...)
O Eduardo, de 4 anos, estava um pouco aborrecido com o pai, por algum motivo. Nisto, vem a rastejar da sala até à casa de banho, onde se encontrava o pai e diz: "Tu és um cocó." Responde-lhe o pai: "O QUÊ?!!!!" Ao que o Eduardo, responde, muito calmamente: "Não és tu, pai. É outro pai." Pergunta o Milton: "Qual pai?" Diz o Eduardo: "O pai Zombie. Ele não está aqui agora."
Ontem deitámo-nos todos tarde e (nós os adultos) tínhamos a forte intenção de acordar igualmente tarde. Por isso pedimos, assertivamente, às crianças para não nos acordarem e evitarem qualquer barulho de manhã, em especial birras e brigas entre si. O Eduardo, o de quatro anos, deve ter passado algum tempo a pensar na forma mais inocente e criativa de nos acordar de manhã para montarmos a pista que o Pai Natal lhe trouxe. Acordámos com ele na nossa cabeceira a entoar, com a cara (...)
A Lara está sempre a fazer coisas para nos oferecer. No outro dia ofereceu-me um pinguim de papel, uma espécie de origami matrioska de onde iam saindo pinguins de papel mais pequenos. Acho incrível como uma miúda de 8 anos tem a capacidade de nos fazer tão felizes!